* Marcos *
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- Anastácia você não pode sair assim! - grito.
Ela para da meia volta e fica em minha frente.
- Posso e vou, você não manda em mim! - ela fala.
Trinco meu maxilar.
- Se você não vier comigo eu mato o seu irmão! - falo.
- O que? - ela fala - Você não vai fazer isso! - Grita.
- Eu vou se você não vier comigo! - falo
- Que tipo de pessoa você é? - ela grita.
- Ou voce vem, ou o Carlos morre! - falo.
Anastácia dá um tapa na minha cara e eu seguro seu pulso com força.
- Eu odeio você! - Monstro! - ela fala entre os dentes.
- Ah me odeia? - sorrio com sarcasmo - Entra na fila então, porque tem um monte! - falo entre os dentes.
- Tragam ela! - falo saindo de perto dela e ordenando aos meus seguranças que a tragam.
Anastácia olha para mim com ódio em seu olhar, levo ela diretamente para minha casa.
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Anastácia chega e Dona Vera a leva diretamente para seu quarto onde ela ficará agora.
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Vou direto para meu escritório e de lá faço algumas ligações para alguns fornecedores.
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- Senhor! - dona Vera fala chegando ao meu escritório.
- Sim! - falo.
- A dona Anastácia não quer comer nada! - completa.
- Então deixe, quando ela quiser ela come! - falo ríspido.
Ouço a inspiração profunda de dona Vera, mas volto a fazer minhas coisas.
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As horas passam e quando vejo já é noite, vou para meu quarto e tomo um banho frio para ver se acalma meus nervos. Desço para o jantar mas vejo que Anastácia não está na mesa, muito menos foi comer.
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Subo as escadas fervendo de raiva, pois ela quer ser uma criança birrenta. Me aproximo do quarto e vejo que a porta está entre aberta, entro e vejo que está tudo organizado como dona Vera deixou, mas não vejo Anastácia.
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- Anastácia? - a chamo mas não escuto sua voz.
Procuro ela pelo quarto e logo ouço um barulho estranho vindo do banheiro, chego no banheiro e Anastácia está sentada no chão em frente ao vaso sanitário.
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- O que aconteceu? - pergunto.
- Não está vendo, estou vomitando! - ela fala e logo volta a fazer isso, seguro em seus cabelos enquanto ela coloca tudo pra fora.
- Vou ligar pro médico! - falo quando ela termina.
- Eu vou tomar um banho! - ela fala com uma voz cansada.
- Tudo bem, eu te espero! - falo.
Enquanto Anastácia toma banho eu ligo para o Dr. Saulo, tirei umas dúvidas com ele e ele disse que o primeiro trimestre de gravidez algumas mulheres se sentem m*l e que é normal.
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Anastácia sai do banho e aguardo ela sentado na cama, ela está vestindo uma camisola de seda branca e um hobby branco por cima.
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- Falou com ele! - ela fala.
- Sim, e normal! - falo sem tirar os olhos dela.
- O que você está olhando? - ela fala pondo a toalha na frente do seu corpo.
- Eu vou jantar, se quiser comer alguma coisa chame a Vera! - falo saindo do quarto.
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Não posso negar que Anastácia é linda e não é uma mulher de se jogar fora, mas nesse momento eu só preso pela vida dos meus filhos.
Enquanto estou jantando, sinto o seu perfume vindo em direção a mim.
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- Você está tão pálida senhora! - Vera fala preocupada.
- Estou bem! - ela fala.
Anastácia pega algumas frutas para comer, um pouco de arroz integral e frangos grelhados, vejo que ela se cuida também, ela pega um copo com água, limão e gelo e toma em um só gole.
Anastácia m*l termina de comer e passa m*l de novo, corro para segurar seus cabelos enquanto ela coloca tudo que comeu pra fora.
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- Eu não aguento mais! - ela fala enquanto está passando m*l.
- Calma, isso vai passar! - falo e ela outra vez passa m*l.
- Vera pega um copo de água limão e gelo! - peço.
Vera faz o que eu digo. Quando Anastácia para de passar m*l eu a levo para o sofá, ela toma a água e fica melhor.
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- Passou? - pergunto.
- Sim! - ela fala.
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Anastácia pode até ser brava e extremamente difícil, mas ela está à espera dos meus filhos e preciso ajudá-la, sei que esse é um momento difícil pra ela também.
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Os dias vão se passando e Anastácia já entrará nos três meses e meio, mais uns dois meses e saberemos o que são os bebês.
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Ela continua passando m*l, não tanto como antes, mas ainda continua, sei que ela me odeia mas eu preciso manter ela perto de mim, pelos meus filhos.
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