n***o narrando Acordei com o barulho do rádio chiando, aquela voz que corta o silêncio da manhã como se fosse sirene. Estendi a mão ainda meio preguiçoso, cocei os olhos e segurei o aparelho perto da boca. Rádio on. — Aí, n***o, tô indo levar a Camila lá na goma dela e já tô de volta, beleza? O Machadinha tá aqui na boca te esperando. — era o Red, voz tranquila, mas sempre ligeira. — Já é, arrombado. Vê se toma cuidado e volta logo, porque se o Machadinha aceitar a proposta que eu vou fazer pra ele, vou precisar de tu. — falei firme, porque sei que quando o assunto é trampo, não tem espaço pra vacilo. — Pode pá, vou só deixar ela lá e já tô voltando. Rádio off. Deixei o rádio de lado e puxei o celular. Quase oito da manhã. O dia já estava quente, o sol batendo forte pelas frestas da

