Mia
Aí não... Eu dormi...
Me recuso a abrir os olhos e estar em casa! Me recuso! Viu viver com os olhos fechados daqui pra frente. É isso. Por que felicidade de pobre dura tão pouco??
- Darling?
Essa palavra. Essa única palavra já fez meu dia inteiro valer a pena, abri os olhos até sorrindo.
Quando olhei para o lado ele estava lá, ele ainda estava lá.
- Desculpa te acordar.
— Tudo bem. Bom dia. — Sorri me esticando preguiçosamente. — Estamos na cama?
— Você pegou no sono ai te trouxe no colo. Eu sinceramente fiquei muito surpreso de você dormir depois de duas latas de energético. — Ambos rimos.
— Eu também.
— Bom, temos a manhã juntos. — Sorrindo me puxou para os seus braços fazendo com que eu deitasse no seu peito. — Devíamos planejar nossa lua de mel.
— Devíamos... — Estar entre aqueles músculos me tomava total o raciocínio.
— Pega o notebook. Vamos pesquisar um pouco. — Senti um beijo no topo da minha cabeça.
Assenti levantando e andando até a cômoda, quando olhei por cima do ombro percebi que ele estava me olhando.
— Tá olhando pra minha b***a? — Cerrei os olhos.
— Tô, eu tô sim. — O sínico até riu.
Com o notebook cobrindo meu rosto vermelho voltei para a cama sentando ao seu lado.
— O que quer ver primeiro? — Perguntou abrindo o Google.
— Você disse que queria ir para Malta...
— Mas a lua de mel não é só minha. — Fiquei em silêncio. — Vamos ver um pouco de Malta então.
— O que achou?
— Interessante.
— Que lugar quer ver agora? — Ele estava realmente animado com a ideia.
— Itália?
— Vamos para lá semana que vem lembra?
— Vamos?
— Vamos. — Assentiu rindo. — Vamos para Mônaco. A corrida em Mônaco. O Haz e o James vão com a gente, mas acho que conseguimos ficar um tempo a sós.
— Mônaco... Vai ser incrível. — Devo ter me segurado mais do que nunca para literalmente não bater palminhas.
— Vai sim. — Ele sorriu tocando a minha coxa.
— Maldivas. Podemos ver Maldivas?
— Podemos.
— Gostei. — Sorri vendo as fotos.
— Eu também. — Ele também sorriu pegando minha mão. — Então... Maldivas.
— Maldivas. — Tom aproximou minha mão do rosto a beijando delicadamente.
— Bom. Daqui pra frente é surpresa.
— Não vai me falar nada nadinha?
— Nada nadinha.
— Como vou saber que você não vai me sequestrar e vender meus órgãos?
— Não vai. — Ele me olhou tão sério que por um momento eu realmente fiquei com medo, até respirei aliviada quando ele deu risada provavelmente da minha cara.
— Não teve graça. — Bati nele com o travesseiro.
— Teve sim.
Ele riu afastando o travesseiro e simplesmente ficando em cima de mim. Meus olhos saltaram totalmente enquanto os dele me olhavam... Com desejo.
Meu coração parecia a globeleza no meu peito, eu não conseguia nem piscar.
Tom abaixou um pouco a cabeça beijando o meu pescoço. Seus lábios estavam úmidos e quentes o suficiente para me arrancar o fôlego principalmente com sua respiração batendo no meu pescoço.
Senti sua mão começar a acariciar a minha coxa a apalpando contra o seu quadril.
— Tom...
Ele me soltou ajoelhando entre as minhas pernas tirando a camiseta. Se eu não desmaiei agora eu não desmaio nunca mais! Ele me olhava literalmente como se fosse me devorar. Por dentro eu estava assim:
ELE QUER ME COMER!!!!
— T-Tom.
Ele só voltou a ficar sobre mim dessa vez me beijando fervorosamente com a sua mão explorando o meu corpo.
Digamos que quando eu senti algo duro na minha fazedora de xixi ate hiperventilei.
— Tom. Tom espera. — Dizia colocando as mãos nos seus ombros o empurrando um pouco.
— O que foi? — Ele levantou um pouco para olhar no meu rosto. — Qual o problema Darling?
Qual o problema? É uma boa pergunta. É uma ótima pergunta.
— Eu... Eu... Eu tô com cólica! Aí aí que dor.
— Mesmo? — Ele saiu de cima de mim sentando ao meu lado.
— Mesmo. — Afirmei me sentando com a mão na barriga.
— Ah... Tudo bem... Quer que eu pegue um remédio?
— Não. Acho que se eu ficar deitada quietinha vai passar. — Me deitei em posição fetal olhando para ele com a maior cara de cachorro pidão.
— Ok... Vou tomar um banho.
Ele levantou indo ao banheiro. Respirei aliviada. Mas não podia fazer isso pra sempre. Uma hora ele ia achar estranho a noiva não t*****r com ele. PARA DE SER CAGONA REBECA!
Rolei na cama ficando com a cara no travesseiro. Qual o meu problema? Na minha cabeça eu tinha certeza que se um homem desse falasse "bó fude?" Eu só ia falar "bó!", mas na prática é bem diferente disso.
Devo ter pegado no sono já que quando abri os olhos parecia estar de tarde. Meu celular estava tocando e percebi ser uma ligação do Luca.
— Oi.
— Abre a porta que tô aqui.
A osadia da criança. Revirando os olhos levantei indo até a porta da frente.
— E se eu não estivesse em casa? — Perguntei fechando a porta.
— Você voltava pra me atender. — Não consegui evitar rir de uma pachorra dessa.
— O que tem na sacola?
— Cerveja.
Fomos até a sala nos sentando no chão começando a beber enquanto ele me falava sobre como queria fazer a minha maquiagem no casamento.
— Que foi? Você parece distraída. — Disse dando um gole na cerveja.
— É que... Eu estou tendo uma certa dificuldade pra... Ce sabe.
— Fazer o número 2?
— Não! Pra ter relações com o Tom.
— Como? Com todo respeito se ele me pedisse o cu eu dava. — Ambos rimos.
— É complicado... Toda vez que ele me toca eu entro em pânico.
— Como se fosse a sua primeira vez?
— Basicamente. — Dei de ombros.
Ele ficou me olha do e tirou uma garrafa de cerveja colocando na minha frente.
— Bebe.
— Que? Tudo?
— Tudo! Você está com problema de inibição. Nada melhor pra inibição do que o álcool. Então bebe! — Dizia abrindo a garrafa e esticando na minha direção. — Bebe tudo, veste uma lingerie provocante e escova os dentes pra ele não sentir seu hálito de cachaça.
— Acha que é mesmo uma boa ideia?— Perguntei segurando a garrafa.
— Acho. BEBE LOGO!
Bom... Tempos desesperados pedem medidas desesperadas então comecei a virar de uma vez.