04

2207 Palavras
ISADORA NARRANDO — ALGUNS DIAS DEPOIS... O inferno permanecia, só que dessa vez muito pior, porque não dava sinal nenhum de melhora, muito pelo contrário... O maldito do Carlos agora deu de trazer as drogas da rua para dentro de casa, não esperou se quer o corpo da minha mãe esfriar. Fora isso, tá trazendo também qualquer mulher que ele encontra por aí, e bêbado traz pra dormir aqui também. Passei a noite inteira ouvindo ele t*****r com uma mulher na sala, sem medo nenhum de que eu passasse lá e visse alguma coisa, com uma liberdade tão grande que parece que ele mora sozinho. E por incrível que pareça gemia tão alto que foi impossível eu dormir. Quando eu acordei, me troquei e sai do quarto, ele estava lá jogado no chão, uma mulher estava pelada no sofá e vários pinos de pó vazios jogados pela sala. — Isadora: Eu sinto nojo de você, maldita hora que a minha mãe te colocou dentro de casa — Eu gritei bem alto. — Carlos: Cala a p***a dessa boca, não está vendo que eu to dormindo. — Isadora: Seu imundo, porco. Levanta e vai trabalhar seu inútil. — XX: Ai fica quieta menina do c*****o, eu quero dormir. — A mulher que estava com ele reclamou deitada no sofá. Agora pronto, até as vagabundas que ele traz aqui eu vou ter que respeitar? Era só o que me faltava mesmo. — Isadora: Que inferno de vida. — Eu disse voltando para o meu quarto. Isso me revolta de uma forma que não sei explicar, a minha vontade é de quebrar tudo nessa casa, e ainda por cima encher a cara dele de soco. Abri o meu guarda-roupas e comecei a jogar as roupas no chão, realmente estava com muita raiva. Quando joguei a única calça jeans que eu tinha no chão, caiu o troco dos 20,00 reais que o Sr. Antônio tinha me dado quando precisei ir até o hospital. Eu peguei aqueles 6,00 na mão e fiquei pensando no que fazer com aquele dinheiro. Teria que ser algo muito útil e bem pensado. — Isadora: Bingo, já sei! — Disse para mim mesma. Sai de casa correndo e fui até o bazar que tinha algumas ruas abaixo da minha casa, era como se fosse uma papelaria misturado com mil e uma utilidades, porque lá realmente tinha de tudo. — Isadora: Me vê um pedaço de E.V.A preto, um potinho de glitter e um pedaço de elástico por favor. — Eu pedi para a atendente. — XX: Fica 6,75. — Ela disse colocando na sacolinha. — Isadora: Eu posso trazer 0,75 centavos daqui a pouco? — Eu disse segurando as 3 notas de 2,00 na mão. — XX: Depois você me trás, não tem problema não. - Respondeu ela. — Isadora: Muito obrigada. — Eu disse pegando a sacolinha e entregando o dinheiro para ela. Eu voltei correndo para a casa, os dois continuavam dormindo na sala, fingi que nem vi, passei por cima deles, e o cheiro de bebida misturado com sexo já tinha incendiado a sala por completo. Eu fui pro meu quarto tranquei a porta e peguei uma tesoura velha da época da escola que estava no meu armário, sentei no chão e comecei a montar a minha máscara, fiz o recorte e depois eu enfentei ela um pouco com o glitter que tinha comprado. Respirei fundo e levantei já com a máscara no rosto e olhando para o espelho pra ver como ficava em mim. — Isadora: Perfeita, a partir de hoje eu não vou aceitar mais passar por esse tipo de humilhação! — Disse decidida para mim mesma. Liguei o notebook, entrei no tal site que eu tinha deixado o nome anotado em um papel, e conclui o meu cadastro por lá, enviando as fotos conforme eles pediam, de todos os ângulos possíveis e ainda só de calcinha e sutiã. Pelo que vi no informativo já tinha mais de 10 mil meninas inscritas ali. Fiquei até surpresa, e aliás, se todas elas conseguem, porque eu não conseguiria? Garanto que conseguir um dinheiro fazendo isso é mais digno do que aguentar tudo isso aqui. Em instantes recebi um email dizendo que as fotos foram avaliadas e que o meu cadastro tinha sido aprovado, mais eu precisava de uma roupa nova, um sutiã novo, esse aqui estão velho e esgarçado. Lembrei da Vanderléia, uma sacoleira aqui do bairro que vendia calcinha pra minha mãe desde que eu era criança, eu vou pedir pra ela deixar eu comprar um conjunto de calcinha e sutiã novos e pagar aos poucos, conforme eu for conseguindo uns trocados, estou bem confiante que vai dar certo. Sai de casa novamente e subi até a rua dela, bati três vezes no portão de aluminio e gritei. — Isadora: Vanderléia!! - Chamei ela gritando. — Vanessa: Já vou. — Ela gritou lá de dentro. Escutei o barulho do chinelo arrastando no chão e o portão abriu, fazendo mais barulho ainda. — Vanessa: E ai, como você está? Fiquei sabendo da sua mãe, sinto muito viu. — Isadora: Estou indo como posso. Mas então você ainda vende calcinha e sutiã? — Vanessa: Vendo sim, entra ai. — Ela disse dando um espaço maior no portão para mim passar. Eu entrei e me sentei numa cadeira na cozinha e fiquei esperando ela pegar as sacolas. — Vanessa: Que tamanho você usa querida? — Ela disse colocando as sacolas em cima da mesa. Eram várias e todas enormes. — Isadora: Acho que tamanho M né. — Eu disse e ela olhou pro meu corpo. — Vanessa: Também acho. Ela começou a tirar várias opções da sacola, uma mais linda que a outra, mas tudo muito caro. Eu escolhi um conjunto azul bebê, um conjunto preto brilhante e duas camisolas curtinhas combinando com os conjuntos. Fiquei completamente apaixonada — Isadora: Quanto fica essas coisas? - Perguntei pra ela já com medo da resposta. — Vanessa: Fica de R$435,00. - Respondeu ela como quem estava curiosa para saber qual seria a forma de pagamento. — Isadora: Eu posso te pagar de duas vezes? — Vanessa: O n**a eu bem que queria, mas sabe o que é, ta todo mundo sabendo que até fome você está passando, como vai pagar esse valor? - Perguntou ela meio desconfiada. — Isadora: Eu juro que eu vou te pagar, eu preciso muito disso aqui. - Respondi pra ela tentando convencê-la de me vender fiado. — Vanessa: Você não está se prostituindo não né? - Perguntou ela com um ar de preocupada. — Isadora: Não, é só um cara legal que eu conheci. Preciso estar bonita pra ele, aliás é o único com quem eu posso contar no momento. — Vanessa: Então pode levar, mais eu preciso desse dinheiro, não dá trás comigo não em, estou confiando em você. — Isadora: Pode confiar em mim. Eu vou pagar, fica tranquila. - Respondi ela já pegando as peças e colocando na sacolinha. Eu levantei para ir embora, agradeci ela mais uma vez e voltei pra casa, escondi a sacola no fundo do meu guarda roupa e quando olhei já era quase o hórario do almoço. Pude perceber pela minha barriga roncando de fome. Fui até o bar do Sr. Antônio almoçar e sentei no balcão. Eu já nem precisava mais pedir, ele meio que se acostumou e sempre guarda um pouco de comida pra mim. — Sr. Antônio: Como você está menina? — Ele disse colocando um prato de comida no balcão. — Isadora: Cansada e triste porém seguindo a minha vida, porque ela não vai parar né, mas agora o Carlos deu de ficar levando mulher lá pra casa. — Sr Antonio: Meu Deus do céu minha filha, será que ninguem vai fazer nada com esse cara, estão dizendo por ai que ele está com uma grande dívida de droga, você ficou sabendo? - Perguntou ele indignado. — Isadora: Por mim que morra, não vai me fazer falta nenhuma. Na verdade vai ser um alívio total se eu conseguir me livrar dele assim. - Respondi ele com a boca cheia de comida. — Sr Antonio: Se ele continuar do jeito que está, não vai demorar muito não viu filha, você vai ter mais um velório pra fazer. — Isadora: Eu? Magina, não tô tendo dinheiro nem pra mim direito, se depender de mim eu deixo ele ser enterrado como indigente. Se ver ele morto caído eu passo por cima e finjo que não vi. Eu fiquei ali conversando com o Sr. Antônio por horas, ajudei ele a lavar a louça do bar, lavei o chão e vi quando Carlos saiu com a tal mulher do outro lado da rua. De mãos dadas e tudo, como se fosse gente decente. Agora ele vai passar a noite inteira se drogando e só volta pela manhã. Eu me despedi do Sr. Antônio, voltei pra casa e dei uma geral na bagunça e na sujeira que estava lá, que aquele imundo faz questão de deixar. Eu queria conseguir fingir que não estou vendo, mas eu realmente preciso ter tudo limpo para conseguir ficar em paz. Tomei um banho, lavei os meus cabelos, fui para o meu quarto, experimentei o conjunto preto com brilho, coloquei a camisola por cima, quase ia me esquecendo de colocar a máscara. E só depois liguei o notebook. Fiquei alguns segundos online apenas observando o que acontecia ali no site e de repente a primeira chamada tocou , eu me arrumei, sentei um pouco mais perto do computador e aceitei a chamada. Era um velho, poucos cabelos na cabeça, estava já sem roupa, o que me causou um certo nojo, seu nome estava como IvanRJ. {Chamada On} — IvanRJ: Olá Isagatinha123. m*l te vi e já estou cheio de t***o. — Ele disse pela chamada de vídeo, acariciando aquela coisa murcha, que parecia que não ia subir de jeito nenhum. — Isagatinha123: Olá. — Eu disse meia sem jeito, na realidade eu não sabia o que tinha que fazer. — IvanRJ: Você tem um corpinho muito lindo, por quanto você tiraria essa camisola? — Ele me perguntou e eu engoli seco, afinal eu sabia que correria esse risco. — Isagatinha123: Por 100,00. — IvanRj: Então pode tirar, eu vou incluir aqui na sua conta. — Ele disse e em seguida chegou a notificação do site que tinha entrado dinheiro na conta. Eu tirei meia sem jeito e com vergonha. +R$100,00. — IvanRj: É a sua primeira vez não é? Posso ver que você está com vergonha. — Ele perguntou, e continuava mechendo naquela coisa nojenta dele. — Isagatinha123: Sim, minha primeira vez. — IvanRj: E essa gostosinha, já transou? - Perguntou ele. — Isagatinha123: Não. — IvanRj: Poderia se tocar para mim ? — Ele perguntou enquanto se tocava cada vez mais nas partes íntimas. — Isagatinha123: Se tocar como? — IvanRj: Pelo jeito você não sabe de nada, quantos anos você tem? — Isagatinha123: 22. — IvanRj: Aceita se encontrar pessoalmente, eu ia amar f***r com a essa bucetinha pela primeira vez. Seria uma honra. — Isagatinha123: Claro que não, você está passando dos limites, eu vou desligar. — IvanRj: Eu paguei pra ver você e você está pensando o que? Que está brincando de médico, você é uma p**a e precisa obedecer as minhas ordens. — Ele disse com a a voz alterada e eu engoli seco porque se eu topei fazer isso eu tinha que saber que era arriscado eles me pediram tudo. — Isagatinha123: O que você quer que eu faça? — Eu disse deixando de lado o orgulho porque eu preciso do dinheiro. — IvanRj: Primeiro você tira a calcinha e o sutiã, depois você abre as pernas, com uma mão você passa mão pela sua b****a e a outra você aperta os s***s. — Ele disse com um sorriso safado. Ele viu que eu continuei sem fazer nada, e continuou falando: — IvanRj: Eu pago mais 100 pra você tirar então. — Ele disse e em seguida subiu a notificação do dinheiro na conta. +R$100,00 — Isagatinha123: Assim? — Eu disse fazendo do jeito que ele falou. — IvanRj: Desse jeitinho mesmo, isso continua. — Ele disse se masturbando e em questões de segundos ele gozou. — IvanRj: Você é maravilhosa, obrigada pela atenção. E espero te encontrar aqui mais vezes. — Ele disse e desligou. Quando fui olhar na parte onde dizia sobre as informações do cliente, lá estava dizendo que ele é inofensivo, e que a única coisa que ele gosta é ver as meninas e até meninos se masturbando. Eu fiquei parada, olhando para a tela do notebook tentando acreditar no que tinha acontecido. Eu me sentia suja, mais a minha alma estava lavada. Em menos de 30 minutos eu consegui 200,00 reais. Desliguei o notebook e escondi junto com as roupas. Tirei toda aquela lingerie, guardei dentro da sacolinha de novo, me troquei e deitei na cama para tirar um cochilo. Gente e agora? O que vocês acharam desse capítulo? O que vocês acham que vai acontecer? Vocês já me seguem no i********:? Ainda não? Poxa, então corre lá e me sigam Aut.GabiReis Adicionem o meu livro na biblioteca clicando no ❤
Leitura gratuita para novos usuários
Digitalize para baixar o aplicativo
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Escritor
  • chap_listÍndice
  • likeADICIONAR