Dinah
Quando o coração escolhe; ah, quando o coração escolhe, não tem santo que dê jeito, não tem nada que seja considerado impossível, não tem. E o coração dele escolheu.
Entro no quarto de Aaron, acendo a luz e coloco minhas mãos na cintura.
— Onde está a chave do meu carro? — levo o meu dedo indicador aos meus lábios, olhando todos os cantos.
Procuro debaixo dos travesseiros, dentro das gavetinhas das mesinhas de cabeceira e nada.
Olho dentro do roupeiro e depois nas gavetas do banheiro.
Estou num misto de sentimentos: primeiro, p**a da vida por ele ter dado o tal soviético na chave do meu carro e feliz por ver o menino que, até então, foi moldado para ser um racista ao extremo se encantar pela jovem cuja cor da pele os Wolfgang repudia.
Paro e penso alto.
_ Esperança, Wolfgang,
