Aaron Na noite passada, o sono me escapou como areia entre os dedos. A imagem da menina não saía da minha mente, e a sede que sentia era a falta do beijo que quase trocamos. Levantei-me, buscando um banho para aliviar o calor que queimava meu corpo, como se eu fosse um adolescente em plena puberdade ou um jovem apaixonado pela primeira namorada. Meu pai sempre dizia: “Se uma mulher não sair dos seus pensamentos ao dormir, prepare-se, você está encrencado.” E aqui estou eu, preso não só na hora de me deitar, mas também ao acordar. Enquanto meu primo acelera o carro pela estrada, o vento entra pela janela aberta e uma canção sertaneja toca no rádio, herança por parte materna. Por trás das lentes escuras dos meus óculos, meus olhos, consumidos pelo desejo, ansiam por "tocar" a pele cor de

