Layla entrou no bar ao ar livre, cheio de tantas pessoas que era fácil se perder no meio da multidão.
Ela caminhou até o balcão e pediu uma bebida.
O atendente do bar a serviu, e ela imediatamente engoliu um copo de uma vez só. Franziu o rosto assim que o gosto desceu pela garganta. Era a primeira vez que ela provava álcool, mas Layla hesitou, pois as lembranças de Mike e Scarlett continuavam surgindo em sua mente.
Ela olhou ao redor do bar e viu mulheres vestidas com roupas perfumadas e reveladoras, conversando animadamente. Todas pareciam se divertir e aproveitar o momento.
No entanto, nenhuma dessas alegrias importava para Layla; ela já se sentia como se estivesse morta. Ela tomou outro gole, respirando pesadamente. Por que a vida era tão c***l com ela?
— Oi, tudo bem? — uma voz rouca e intimidadora soou em seus ouvidos, enquanto ela virava os olhos na direção de onde veio a voz.
— Oi. — ela acenou com uma voz melancólica. Qualquer um que a visse naquele estado pensaria que ela estava prestes a ser executada a qualquer momento.
— Quer uma bebida? — o estranho ofereceu, enquanto Layla o encarava por um longo tempo, estudando seu rosto.
Ele parecia um homem muito alto, com uma postura imponente. Suas feições eram únicas e atraentes, com um lindo par de olhos azuis. Layla se encantou por seus belos olhos no momento em que os viu.
— Não, obrigada. — Layla respondeu secamente, desviando o olhar dele.
— Devo dizer que você parece triste. Não se importa em compartilhar, se importa? — ele falou elegantemente, girando o copo de cerveja enquanto dava goles lentos.
— Não é da sua conta. — Layla resmungou, amaldiçoando-se internamente. Estaria ela parecendo tão desprezível a ponto de um estranho notar isso?
— Mas você realmente parece precisar de um amigo. — ele refletiu, enquanto Layla o encarava sem expressão, grunhindo em sua mente.
— Muito bem, até um estranho pode perceber o quão patética eu pareço agora. Bem, se você quer saber, sou apenas o resultado de um caso que nunca deveria ter acontecido. Não sou nada além de um erro. — Layla disse, engolindo mais um copo.
— Você não é inútil. — ele disse, olhando profundamente nos olhos dela.
— Uhhh.
— Bem, isso se você não quiser ser. — ele afirmou, desviando o olhar dela, enquanto Layla zombava dele.
— Bem, você só está dizendo isso porque não sabe nada sobre mim, então, se quer saber, sou o resultado do meu pai ter traído minha madrasta com minha mãe, que é uma amante.
— Então, isso é uma cruz que seu pai tem que carregar. Você nem sequer havia nascido ou sido concebida quando eles cometeram o ato. — o estranho ponderou, enquanto Layla suspirava pesadamente. Se ao menos Rosalie pudesse ver as coisas dessa forma, nunca foi culpa dela ter nascido.
— Se ao menos eles pudessem ver as coisas assim... Sabe de uma coisa? — Layla perguntou, se virando para ele. — Eu peguei minha irmã, que tem sido tão gentil comigo todos esses anos, dormindo com meu namorado, que também se importava muito comigo. Não tenho certeza se você sabe como isso doi; os maus-tratos da minha madrasta são até melhores do que isso. Você sabe como é ser traído pelas pessoas que ama? — Layla concluiu jogando uma pergunta para ele, que apenas permaneceu quieto.
"Claro, ele nunca foi traído", Layla pensou, voltando à sua bebida.
— Claro que fui. Todos têm seu passado feio, todos nós temos. — ele disse com um sorriso astuto no rosto, observando a garota se embebedando na frente dele. — Você não acha que já está bebendo demais? — ele perguntou, enquanto ela o fuzilava com o olhar, as bochechas já levemente coradas.
— É por isso que vim aqui, para ficar bêbada e me divertir. — Layla respondeu, olhando para ele novamente.
Algo a atingiu no momento em que mencionou "diversão". Ela estudou o estranho ao seu lado, com quem estava conversando. Ele era muito bonito, até mais do que seu suposto namorado Mike. Entre todos os homens bonitos que Layla conheceu em sua vida, este se destacou. E ele seria o melhor candidato que ela precisava; ela precisava se vingar de Mike e Scarlett pelo que fizeram com ela.
Os olhos azuis daquele homem diziam tudo. Ela nem sabia o nome dele ou de onde ele vinha, pois nunca tinha visto essa pessoa em Seattle antes.
— Ei, qual é o seu nome e de onde você é? — Layla perguntou, tentando saber mais sobre o homem misterioso.
— Eu não moro aqui. Vim para uma viagem de negócios. — respondeu ele, curto, enquanto olhava para Layla, enviando calafrios pela espinha dela.
— E o nome?
— Você não precisa saber meu nome, precisa? — ele questionou indistintamente, aproximando-se de Layla, a fazendo engolir em desconforto.
— Então vou te chamar de Sr. Olhos azuis, que tal? — propôs Layla, enquanto o homem estranho assentia em aprovação.
— Ok, apresentações feitas. Agora vamos direto ao ponto: quer t*****r? — Layla inquiriu.
— Claro. — o homem respondeu sem demora, com um lampejo de malícia nos olhos.
Layla engoliu em seco; ela nunca esperava que ele concordasse tão rapidamente, mas já tinha se aventurado por esse caminho e não havia como voltar atrás.
Como o Sr. Olhos azuis não era de Seattle, isso tornava as coisas muito mais fáceis. Depois de hoje à noite, eles seguiriam caminhos separados e esqueceriam que algo aconteceu entre eles.
— Bom, vamos reservar um quarto, mas, saiba que é a minha primeira vez e eu não tenho experiência. — Layla informou de antemão, já que ouviu dizer que a primeira vez geralmente era dolorosa.
As pupilas do homem se contraíram quando um calor o atingiu, o tomando por completo.
— Venha aqui. — ele ordenou, a voz já um pouco rouca.
O coração de Layla estava em pânico, mas ela precisava ser corajosa e terminar logo com isso. Ela se aproximou dele com uma expressão animada, levantou o queixo dele suavemente e colocou um beijo leve em seus lábios, divertindo o homem.
"Que garota corajosa", ele pensou.
— Seus lábios são muito macios e eu adoro seus olhos. — Ela sussurrou.
...
...
...
Layla respirava pesadamente enquanto o homem a carregava delicadamente para a cama. Ele a colocou suavemente na cama e se deitou ao lado dela.
Ela podia sentir a respiração dele sobre ela e tinha cheiro de álcool; ambos estavam bêbados.
Eles se encararam e Layla ficou fascinada pelo olhar dele, sentindo como se estivesse derretendo nos braços dele.
A luz fraca do luar permitia que ela visse um pouco seu rosto, que exalava fome, fome s****l. Ele passou as mãos grossas pelo corpo dela, arrancando gemidos suaves e sensuais dela. Seus olhos penetraram nos dela e ela viu que ele claramente a desejava, o desejo de dominá-la.
Layla não queria se entregar a ele; ela não deveria estar fazendo isso. Ele era um completo estranho e também emanava uma aura perigosa.
Ela não queria perder sua virgindade com alguém cujo nome nem sequer sabia, mas quanto mais ela tentava resistir, mais caía nos encantos dele.
Uma eletricidade parecia passar por seu corpo, enviando um choque direto às suas já molhadas dobras, enquanto ele passava as mãos por seu corpo.
A onda de intenso prazer a inundou e logo eles começaram a se beijar ferozmente.
Ele puxou o vestido dela com rapidez e ela ofegou em antecipação ao que estava por vir.
Layla ofegou profundamente enquanto dor e prazer se misturavam e penetravam sua alma.
Era uma sensação incrível que a fazia se perder na miríade de emoções que rodopiavam por ela. A cada segundo que passava, a dor diminuía e o prazer era tão intenso que ela achava que iria desmaiar.