Capítulo 08

1075 Palavras
Regan parou em frente a uma empresa alta e grande. De acordo com o que Aurora havia contado a Layla, a empresa Raleigh tinha filiais em várias partes do mundo, mas a sede ficava bem aqui em Nova York. — Aqui estamos, pequena. — disse Regan, enquanto Layla olhava para a empresa. — Obrigada por tudo. — Layla agradeceu ao sair do carro. — De nada. Aproveite seu primeiro dia de trabalho. — ele acenou enquanto Layla fechava a porta. — Eu vou, tchau. — ela acenou enquanto o via se afastar. Regan já havia explicado tudo o que ela precisava saber durante o trajeto até ali. Ela fora designada como secretária. Segundo ele, ela teve muita sorte por conseguir o emprego. — Certo. — Layla respirou fundo e olhou para si mesma. — Lá vou eu. — sussurrou para si mesma enquanto se dirigia para a entrada da empresa. Ao entrar, ela encontrou uma mulher de cabelos loiros e lisos na recepção, ao lado de outra funcionária que estava ao telefone. — Oi. — Layla murmurou nervosa. — Oi, como posso ajudar? — a funcionária perguntou de maneira educada. — Eu sou Layla Marko… — Layla Markos, certo? — ela interrompeu com uma pergunta, enquanto Layla balançava a cabeça lentamente. — Sim. — Layla murmurou. — Você deve ser a nova secretária? — ela perguntou. — Sim, sou eu. — Me acompanhe, por favor. — ela pediu com um sorriso, saindo da mesa de recepção enquanto Layla a seguia de perto em direção ao elevador. — Você está atrasada. — ela comentou enquanto entravam no elevador, e a mulher pressionou o botão com o número 29. — Eu… eu… — Layla gaguejou, tentando encontrar uma desculpa razoável. — Não se preocupe, não é nada demais. — ela respondeu doce. — Apenas se certifique de ser pontual a partir de agora, e tenho certeza de que o Sr. Alden pode ser mais compreensivo, já que é seu primeiro dia. — disse ela, e Layla só conseguiu acenar com a cabeça. — O Sr. Xander vai te mostrar tudo o que você precisa saber, então você está em boas mãos. — ela disse. — E também, há regras básicas que você precisa seguir. Não terei tempo para te explicar tudo, mas vou te passar o básico. — ela afirmou, enquanto Layla indicava que estava ouvindo. — Você vai trabalhar como secretária do presidente, e são apenas duas coisas que eu posso te dizer. Primeira, nunca olhe nos olhos dele. — ela advertiu com uma voz fria, fazendo Layla estremecer. Bem, ela não veio ali para ficar olhando para as pessoas, mas para trabalhar. Ela conseguiria se sair bem. — E, por último, mantenha uma boa distância. Em conclusão, não se desentenda com ele, se quiser durar muito tempo aqui… — o elevador fez um som de “ding”, indicando que tinham chegado ao seu destino. Saindo do elevador, Layla seguiu atrás da mulher enquanto ela a conduzia pelos corredores. Pelo que Layla concluiu, fosse quem fosse o presidente, ela precisava evitá-lo. Pela maneira como a funcionária falava, parecia que ele era altamente temido. — Com licença. — Layla começou, curiosa para fazer uma pergunta. — Sim, alguma pergunta? — Hum, o que você quis dizer com “se eu quiser durar muito tempo aqui”? Isso é meio confuso. — Layla riu sem jeito. A mulher parou de repente, e Layla fez o mesmo. Ela se virou para encarar Layla com uma expressão sombria no rosto. — É simples, é porque nenhuma das secretárias que trabalharam com o presidente durou mais de um mês, o máximo foi um mês e uma semana. — ela explicou, e Layla engoliu em seco. — Mas p… por quê? — Layla gaguejou. — Porque elas cometeram erros. — ela respondeu, virando-se e continuando seu caminho. — Que tipo de erros? Eu gostaria de conhecê-los, para poder evitá-los no futuro. — Layla pediu. A última coisa que ela queria era perder esse emprego. O salário era muito bom, e ela não queria que Regan tivesse o trabalho de encontrar outro emprego para ela. — Primeiro de tudo, ele odeia atrasos. Segundo, o presidente é facilmente paranoico, então qualquer pequeno erro e você está fora. — ela respondeu, e Layla acabou rindo de nervoso. — E meu nome é Bertha. — ela se apresentou. — Chegamos. — Bertha anunciou, parando em frente a uma porta. — Este é o seu escritório. — informou, abrindo a porta enquanto ambas entravam. — E o escritório do presidente fica à direita. — ela informou, enquanto Layla anotava tudo com cuidado. — Obrigada — murmurou Layla. — O Sr. Xander estará aqui a qualquer momento para te orientar, já que você começa a trabalhar imediatamente. A última secretária acabou de ser demitida, então confie em mim, um monte de trabalho te espera. — disse Bertha, enquanto Layla sorria. — Eu posso lidar com isso. — disse Layla suavemente. — Tenho certeza de que sim. — Parece que você teme muito o presidente. — Layla comentou. Pela forma como ela falava, era fácil perceber isso. — Todos têm medo dele. — respondeu Bertha, e quase imediatamente a porta se abriu e dois homens entraram. Bertha imediatamente inclinou um pouco a cabeça ao vê-los, mas Layla se encontrou apenas olhando. Dois homens incrivelmente atraentes. O homem de terno marrom, com cabelo e olhos marrons, era excepcionalmente charmoso e parecia gentil. Mas o homem ao seu lado exalava uma aura de dominância e tinha um ar perigoso, parecia um tipo de bad boy, aquele de quem a maioria dos pais avisaria para se manter afastado. Ela olhou involuntariamente para seus olhos e congelou ao ver seus olhos azuis gélidos, que a encaravam diretamente e de forma ameaçadora. Bertha continuava puxando a camisa de Layla, tentando fazê-la desviar o olhar, mas Layla não conseguia. Seus olhos azuis gélidos pareciam tão familiares, muito familiares, e se sua memória não estivesse falhando, seu rosto também era conhecido. Então, ela percebeu quem ele era: era o homem daquela noite, o pai de seu filho. Layla queria gritar, mas nenhuma palavra saiu de sua boca. Ela sentiu o olhar intenso sobre ela enquanto ele cerrava os punhos, parecendo que iria atacá-la. Então, ele rugiu de raiva, um rugido que fez Layla e Bertha estremecerem de medo, e então sua voz ecoou pela sala. — O que diabos você está fazendo aqui!!!?
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