BRUTUS Mano, a volta pro meu morro foi um borrão, o vento batendo na cara enquanto eu acelerava a moto, a Laura agarrada na minha cintura, o peso da treta com o Cauã ainda pulsando no meu peito. Minha cabeça tava um caos, c*****o. O moleque, o Benjamim, com aqueles olhos que pareciam os meus, brincando com os carrinhos na casa do Cauã, tava gravado na minha mente como um filme que não parava de rodar. Era meu? Era do Cauã? Ou a Laura tava me enrolando com aquela história de gravidez pra me manipular? Eu não sabia, mas, p***a, a dúvida tava me comendo vivo. Chegamos no QG, o galpão escondido no fundo do morro, onde a parada é séria. O lugar tava vivo, mesmo de noite, com o cheiro de maconha e cerveja no ar, os vapô contando notas numa mesa e o som de um funk baixo rolando num rádio vel

