Hanna Acordei mergulhada numa escuridão densa e sufocante. Minha cabeça latejava como se tivesse sido partida ao meio. Um gemido fraco escapou dos meus lábios ressecados enquanto tentava me mover, mas meu corpo parecia feito de chumbo. Minhas mãos, trêmulas, tatearam meu rosto. Algo cobria meus olhos. Tentei puxar a faixa, mas antes que conseguisse, uma mão forte — quente e cuidadosa — envolveu a minha, impedindo com delicadeza. — Tá tudo bem, meu amor. Você tá segura. — A voz era desconhecida, mas estranhamente reconfortante. Meu coração disparou. Eu não sabia quem era, mas havia tanto carinho naquele tom que, instintivamente, meu corpo relaxou. O som rítmico de um monitor cardíaco preencheu o silêncio ao redor. Hospital, concluí com dificuldade. Mas... por quê? As lembranças começar

