Hanna
Assim que chegamos em casa, percebi que algo estava errado. Matteo já estava na porta, como se nos esperasse. Minha sogra apertou levemente minha mão antes de se afastar, dando-nos privacidade. A inquietação no ar era palpável.
— Matteo? O que aconteceu? — perguntei, sentindo meu peito se apertar. Eu podia não enxergar, mas a tensão em sua respiração denunciava a gravidade da situação.
Ele segurou minhas mãos com firmeza, um toque forte, porém cuidadoso. Suspirei fundo enquanto aguardava sua resposta.
— Hanna, preciso que me escute com atenção — sua voz soou mais grave do que o habitual, carregada de preocupação. Meu coração disparou.
— O quê? Como assim? — Minha voz saiu mais alta do que eu pretendia.
— Com a vida que levamos, acumulamos alguns inimigos. Hoje, meu pai recebeu
