POV Izze
- O que está acontecendo aqui? - Pergunto ao descer as escadas.
Um pequeno tumulto se forma na sala. Damon, Alec e um visitante que eu não conheço, discutem.
- Bem que você poderia tentar domar o seu...
Alec diz pra mim, mas antes que ele termine de falar, Damon o pega pelo pescoço e o prensa contra a parede.
- Cuidado com o que vai dizer... - Ele ameaça.
Me aproximo dos dois.
- Damon! Solta ele!
Ele hesita um pouco, mas logo solta Alec.
- Alguém pode me explicar o que está acontecendo, por favor? - Novamente peço.
Alec se aproxima de mim.
- Você precisa lembrar. - Ele diz e com um objeto, acende uma runa.
De repente, várias memórias vem a minha cabeça como flash Back.
Eu sou atingida em cheio por cada uma delas e dou alguns passos pra trás, perdendo um pouco do meu equilíbrio.
- Izze... - Aquele estranho, que não é mais estranho fala.
O encaro com felicidade.
- Jace!
Corro para ele e o abraço. Ele me pega em seus braços e me tira do chão me abraçando fortemente.
Após soltar Jace, me viro para Damon, para apresentá-lo, mas ele não está mais lá.
Estranho...
- Ok... Tudo bem, depois eu te apresento ao Salvatore mais velho - Digo a ele que dá de ombros.
- Eu ia te contar... - Alec se aproxima - Mas eu queria que ele chegasse primeiro. Me desculpe.
Sorrio.
- Ele está aqui agora, não está - Brinco.
- A pergunta é, como você veio parar aqui? - Jace entra na conversa.
Sorrio novamente.
- Meu pai viajou muito, segundo, Alec... Fugindo de vocês.
Todos rimos.
Jace se aproxima de mim sutilmente.
- Agora que estou de volta...
- Você está de volta... - Digo me afastando - Mas muita coisa mudou.
Ele franze o cenho e Alec sorri.
- Você não faz ideia de como ela não é mais aquela garotinha, Jace - Alec comenta.
Ele acente.
- A propósito, eu sinto muito pelo seu pai...
- Obrigada.
- No entanto, Izze, acho que precisa saber que era o desejo de nosso pai que esse casamento fosse adiante - Alec diz.
O encaro.
- Não estamos mais na idade média onde os casamentos eram arranjados pelos pais, Alec.
Jace coloca a mão no coração fingindo estar ofendido.
- Nossa... - Ele diz de uma forma exageradamente triste - Pensei que tínhamos uma certa química...
Rio disso.
- Sim, quando tínhamos cincos anos de idade.
Rimos.
[...]
- É bom ter Jace de volta... - Alec comenta enquanto treinamos - Ele é como um irmão pra mim.
Sorrio.
- É bom ter minhas memórias de volta - Digo encarando ele.
Ele ri.
- Eu sinto muito por isso.
Reviro os olhos e volto a prestar atenção no treino.
- No entanto... - Alec volta a falar depois de alguns minutos - Sinto que há algo errado com ele.
Franzo o cenho.
- Alec, vocês não se vêem ha anos, óbvio que ele deve ter mudado.
Ele sorri de modo forçado.
- Não, Izze... Tem algo estranho.. - Ele pensa - A propósito, Damon não voltou.
Paro um pouco.
Ele tem razão. Desde ontem que Damon saiu e não voltou até agora.
- Ele vai aparecer... - Digo tentando convencer mais a mim do que a Alec - Damon não é mais criança. Sabe se cuidar.
[...]
Já está anoitecendo e nada de Damon aparecer.
Tento relaxar e não me preocupar com ele, mas está sendo difícil.
A noite parece não passar, mas mesmo depois da demora, o som resolve aparecer.
Desço as escadas pensando em encontrar Damon no sofá tomando o seu Borboun de cada dia, mas não o encontro.
Procuro por Alec e agora ele também sumiu.
- Maravilha...
- Algum problema? - Jace me assusta.
Estou tão perdida em pensamentos que não percebo a aproximação dele. Sorrio ao me virar para olha-lo.
- Você viu Alec? - Pergunto.
- Não.
Desvio o olhar do seu. Jace um homem de poucas palavras. Nunca imaginei.
- Eu vou procurar por ele - Digo, indo em direção a porta.
- Eu vou com você.
Me viro para ele o impedindo de continuar.
- Melhor não.. - Digo pensando em alguma desculpa - Fica aqui caso ele volte...
Entrego a ele um papel com meu número.
- E se isso acontecer, me liga.
Ele acena que sim com a cabeça e eu saio.
POV Damon
- Damon! Damon!
Reviro os olhos ao escutar a voz de Alec.
- Te encontrei
- O que você quer? - Pergunto.
Ele me encara.
- Preciso da sua ajuda...
Franzo o cenho.
- E por que acha que vou ajudar?
Alec sorri.
- Por que, se trata de Izze... E sei bem que você é apaixonado por ela.
Eu poderia arrancar o pescoço dele e ninguém saberia...
Forço um sorriso.
- O que você quer?
- Sei que você não foi muito com a cara de Jace...
Cerro os olhos.
- E?
- E que eu também não fui muito com a cara dele...
O olho sem entender.
- Pensei que vocês eram irmãos... Paraba... Alguma coisa...
Alec revira os olhos.
- Parabatai - Ele me corrige.
Como se eu fosse obrigado a saber o que é isso.
- Sim, somos e é por isso que eu posso dizer com todas as letras que há algo errado com ele.
- E o quê quer que eu faça? - Me aproximo dele - O mate? Estrangule? Torture?
Alec sorri.
- Quero que me ajude.
[...]
Voltamos para a mansão. Encontramos Jace sentado de forma relaxada no sofá bebendo alguma coisa.
Ele nos encara.
- Vocês voltaram! Izze ficará feliz - Ele diz.
Alec sorri.
- Onde ela está?
Ele da de ombros.
- Foi procurar por você...
Ótimo, ela não está aqui...
Em velocidade vampirica, vou até ele e o levanto seu corpo pelo pescoço.
Ele sorri.
- Acho que já passamos por isso...
O encaro.
- Sim, mas dessa vez sei bem com quem estou lhe dando.
- Damon, não o mate... - Alec pede - Por favor...
Respiro fundo e jogo Jace para longe.
- Eu ainda não entendi o que está acontecendo... - Jace diz ao se levantar.
- Eu percebi que tinha algo errado desde quando você pisou os pés nessa casa - Alec fala - Esqueceu da nossa ligação?
- O que você quer aqui, Jace? - Pergunto.
Ele respira fundo.
- Não sei do que estão falando.
Sem paciência, novamente o pego pelo pescoço e o prenso contra a parede.
- Você vai me dizer exatamente o que veio fazer aqui...
POV Izze
Um pouco decepcionada e preocupada por não ter encontrado nem Alec, muito menos, Damon. Volto para a mansão Salvatore.
Assim que chego escuto as vozes deles. Eles parecem estar discutindo.
Corro para a sala e encontro Damon segurando Jace pelo pescoço.
Arregalo os olhos e corro até eles.
- Solta ele, Damon! - Peço.
Dessa vez, Damon não me dá ouvidos e continua com sua atenção voltada para ele.
- O que você pensa que está fazendo? - Grito para Damon - Você tá maluco?
- Ei... Relaxa - Ouço a voz de Alec.
O olho incrédula.
- Você também está nisso?
Alec desvia o olhar.
- Acho que Jace tem algo a te dizer...
Olho para ele sem entender e então Damon o solta.
- DIGA!
Damon está furioso e o seu tom de voz é completamente ameaçador.
- Deixa ele em paz, Damon! - Grito para ele, mas ele me ignora.
- Você vai dizer a verdade, ou então te matarei de uma forma tão c***l que fará até o d***o chorar - Damon diz olhando nos olhos de Jace.
- Eu... - Ele gagueja - Eu... Fui enviado por Klaus para m***r a Izze.
Arregalo os olhos diante daquela confissão.
- O quê? - A surpresa está estampada em meu rosto.
- Eu não tive culpa - Jace tenta argumentar.
Ele se aproxima de mim e tenta segurar minha mão, mas eu me afasto dele.
- Não me toque!
Damon se mete entre mim e Jace e fica de frente a ele ainda com o olhar ameaçador.
- Você tem três segundos para sair daqui, antes que eu arranque seu coração. - Damon ameaça.
Jace me encara, mas eu evito seu olhar e então Damon começa a contar.
- 3...
Estou tentando não deixar minhas lágrimas caírem por causa disso. Jace merece que Damon arranque seu coração e jogue aos cães.
- 2...
De repente, ele desaparece.
Damon da alguns passos e se afasta de mim.
Eu caminho até a porta onde Jace saiu e meus olhos ficam fixos pelo caminho em que ele desapareceu.
- O que aconteceu aqui? - Pergunto completamente perdida.
Alec suspira.
- Jace foi hipnotizado por Klaus para te m***r.
- Como descobriram isso?
- Damon deu uma ajudinha... - Alec brinca.
Sem dizer mais nada, ele sai dali e vai atrás de seu amigo.
Ficamos somente Damon e eu na sala. Ele não diz nada e também evita olhar pra mim.
- Obrigada... - Digo quebrando o silêncio.
Ele apenas sorri e logo desvia o olhar novamente.
- Está tudo bem? - Pergunto, mas ele não responde - Damon?
Me aproximo dele, mas quando estou chegando perto ele se desequilibra e quase caí, me fazendo correr para segura-lo.
- Damon! O que aconteceu?
Ele não responde, mas seu rosto é de dor.
Começo a ficar preocupada.
- Meu Deus, você tá ardendo em febre!
Guio Damon para seu quarto e com uma certa dificuldade o deito em sua cama.
Escuto ele tossir várias vezes enquanto vou pegar uma bacia com água para ajudá-lo.
- Por favor... - Me sento ao seu lado - Me diz o que está havendo!
Molho uma toalha e começo a passar delicadamente em seu rosto.
- Eu fui mordido... - Ele diz com dificuldade.
Franzo o cenho.
- Como assim?
Damon tosse mais vezes.
- Seu amiguinho, Jace... Ele é um lobisomem...
Penso um pouco.
- Mordidas de lobisomens são mortais aos Vampiros...
Damon sorri.
- Como eu disse, você não é só um rostinho bonito...
- DAMON VOCÊ TA MORRENDO! - Grito ignorando sua brincadeira.
- Eu vou ficar bem...
Coloco minhas mãos em seu rosto e faço ele olhar em meus olhos.
- Me diz que tem uma cura...
Mesmo sem poder mover o rosto, Damon desvia o olhar.
Meu coração para por um instante.
- Não tem cura?
O silêncio de Damon já é minha resposta.
Tento controlar meus sentimentos para não chorar agora mesmo.
[...]
- Eu sinto muito... - Alec diz ao entrar no quarto.
Damon dormiu, mas eu não saio do lado dele.
- Eu soube o que aconteceu - Alec diz quando eu não digo nada - Mas...
- Eu sei onde tem a cura - Do nada escuto a voz de Jace.
Me levanto abruptamente e vou em direção a ele.
- O que você está fazendo aqui?
Meu tom é ameaçador e Jace recua alguns passos.
- Calma! - Alec se mete entre nós - Jace é o único que pode ajudar, Damon...
Tento controlar minha raiva.
- Não confio em você.
- Irmã, me desculpa, mas estamos meio sem opções no momento.
Encaro Alec com um olhar mortal, mas sei que ele tem razão.
Respiro fundo e abro os braços de forma exagerada enquanto falo.
- Então, vamos! Me diga onde está a cura!
Jace respira fundo e parece pensar bem no que vai dizer.
- Klaus tem a cura.
Quando escuto isso, perco completamente o controle da minha raiva e acabo deixando meus poderes fluírem.
Atinjo Jace que cai no chão e começa a gemer de dor. Minha raiva, ódio e frustração são todos lançados nele.
- Você mordeu Damon! - Digo encarando Jace e me aproximando devagar enquanto ele está no chão - Você o deixou pra morrer e agora me diz que a nossa única esperança é exatamente nosso inimigo?
- Bruxinha...?
Paraliso por um momento ao escutar a voz de Damon e então a dor que eu estava fazendo a Jace, desaparece.
Me viro para ele e corro até a cama.
- Ei... Você acordou...
- Eu quero que me prometa uma coisa... - Ele diz com dificuldade.
O olho em entender, então ele continua.
- Me prometa que não vai atrás do Klaus.
Franzo o cenho.
- Você não pode me pedir...
- Por favor, Izze...
Penso um pouco.
O estado de Damon só piora e ele sabe que se eu não for atrás dessa maldita cura ele vai acabar morrendo, mas mesmo assim ele apenas está preocupado com a minha segurança.
Respiro fundo e falo o que ele quer ouvir.
- Eu prometo.
Após convencer Damon a descansar mais um pouco, saio do quarto e vou em direção a cozinha. Eu preciso respirar.
- Você não vai fazer isso, vai? - Alec surge logo atrás de mim.
Encho meu copo de Borboun.
- O que?
Ele sorri.
- Você mentiu para ele quando prometeu que não iria atrás de Klaus.
- Sim, eu menti - Confesso.
POV Izze
- Onde você vai? - Alec pergunta quando me direciono a porta.
Me viro e o encaro. Jace aparece logo depois descendo as escadas.
- Preciso que cuide de Damon até eu voltar... - Digo a Alec e encaro Jace - E você? - Falo a ele - Vem comigo.
Eles não discutem e fazem exatamente o que digo.
Saio da mansão Salvatore e Jace não diz nada até que já estamos andando por alguns minutos.
Ouço ele suspirar.
- Sei que está indo atrás de Klaus... - Ele diz.
- Que bom - Continuo andando - Vou atrás dele até New Orleans se precisar.
Ouço Jace ri.
- Não vai precisar... Klaus está na cidade.
O olho incrédula e não sei bem se confio na palavra dele, mas resolvo arriscar.
- Me leve até lá.
Chegamos a uma grande casa.
- Pelo menos ele tem bom gosto - Digo me aproximando.
Bato na porta algumas vezes até que alguém abre. Olho para a pessoa um tanto surpresa.
- Elena? - Pergunto com o cenho franzido.
Ela ri.
- Ah, não, não querida... Tente de novo...
Hum...
- Katherine Pierce.
Ela sorri.
- Eu já ouvi falar de você... - Digo - A vampira v***a que só ama a si mesma.
Ela ri e finge pensar.
- Que estranho... - Ela diz colocando o dedo indicador em seu queixo - As pessoas costumam falar m*l de mim...
Reviro os olhos.
- Onde Klaus está?
Katherine desfaz o sorriso.
- E quem é você exatamente?
- Izze...? - Ouço uma voz famíliar vir de trás da Katherine.
Sem esperar por convite. Entro na casa e vou de encontro ao dono daquela voz.
- Klaus...
Ele sorri.
- A que devo a honra dessa visita um tanto ilustre?
Ele me encara, mas eu não desvio o olhar.
- Preciso...
- Não veio atrás de Stefan, veio? - Ele pergunta me interrompendo.
Respiro fundo tentando não avançar em cima daquele híbrido.
- Você mandou Jace para me m***r.
- E ele fez um péssimo trabalho, aparentemente.
O encaro.
- O fato é que ele deixou uma pequena lembrancinha lá na mansão Salvatore... - Klaus vira pra mim, prestando atenção em minhas palavras - Ele mordeu Damon... E eu...
- E você veio até aqui para pedir que eu lhe entregue a cura... Suponho - Novamente Klaus me interrompe.
Aceno que sim com a cabeça.
Ele se senta no sofá despreocupado.
- E por que eu faria isso?
Minha raiva cresce.
- Tenho certeza que em você não existe nada que possa ser relacionado a algum tipo de sentimento... Muito menos bondade...
Klaus sorri, parece que eu acabei de elogia-lo.
- No entanto, sei bem que mesmo depois de Stefan ter passado esse tempo com um ser como você, ele não esqueceu do seu irmão... - Ando pela sala - Se Stefan souber que Damon está a beira da morte, ele com certeza irá voltar pra casa e você pode esquecer qualquer plano maligno que tenha com ele.
Klaus pensa um pouco.
- Hum... - Ele desvia o olhar - Não é o bastante.
De repente, ele se levanta e em velocidade vampirica vem até a mim forçando meu pescoço para que eu o olhe nos olhos.
- Izabella... - Ele diz meu nome e analisa meu rosto cuidadosamente - A garota que conseguiu o amor dos dois Salvatores...
Franzo o cenho, mas não digo nada.
- O que eles viram em você? - Klaus faz uma pergunta retórica - Adoraria saber...
Ainda forçando meu pescoço, ele aproxima seu rosto do meu e tenta encostar nossos lábios.
Eu estou prestes a usar meus poderes nele, quando somos interrompidos.
- Irmão! O que estás fazendo?
Klaus sorri e se afasta de mim. Olho perto das escadas e vejo um homem, acho que um pouco mais velho do que Klaus. Ele veste um terno preto e sua postura é impecável.
- Elijah.
- Quem é essa jovem? - Elijah pergunta.
- Ninguém importante.. - Klaus da de ombros e se senta novamente no sofá - E também ela já está de saída.
O que?
Me aproximo de Klaus.
- Não! - Aumento meu tom de voz - Eu não saio daqui sem a maldita cura!
Klaus sorri.
- Eu admiraria sua coragem se não fosse uma completa estupidez.
Meus olhos se enchem de lágrimas.
- Klaus... - Me ajoelho perante ele - Por favor... Eu faço qualquer coisa...
Klaus nem presta atenção em mim. Ele parece pensar em algo bem distante, até que de repente, volta a si.
- Talvez seja por que você é humana... - Ele diz do nada.
Franzo o cenho.
- O que?
Ele sorri ao olhar pra mim.
- Está mesmo disposta a qualquer coisa? - Ele pergunta.
- Sim...
Klaus dá um sorriso de lado.
- Beba isso - Ele me entrega um copo com sangue.
Olho para ele sem entender.
- O que vai fazer com a garota, Niklaus? - Elijah se aproxima do irmão.
- Fique quieto, Elijah... Se não gostar, a porta está aberta.
Elijah se enrijece, mas permanece no lugar.
Klaus volta sua atenção para mim.
- Apenas beba.
Mesmo incerta, pego o copo e começo a beber o sangue que está ali.
Grr que gosto horrível...
Quando acabo. Klaus de repente vem até a mim e quebra meu pescoço.