Eram exatamente uma hora da tarde, quando o sr. Lowell passou pela recepção vestido em um terno azul prussiano, impecavelmente ajustado ao corpo. Nunca fui amante de homens de terno, a maioria dos que via eram da igreja que a tia Roberta frequentava. Talvez por isso todo homem de terno pra mim era sinônimo de pastor evangélico. Volta e meia também esbarrava pela avenida paulista com alguns de paletó e gravata, esses então, pareciam ainda mais estranhos, estressados e amassados. Prontamente me levantei, mas ele nem se quer olhou em minha direção, passando como um furacão pela recepção, com dois seguranças ao seu lado. Corri o máximo que consegui sobre os saltos. Apesar da dor, já estava pegando o traquejo dos passos. Quando cheguei a calçada, os meus batimentos cardíacos

