Dante Baldoni A noite chega, mas diferente de muitos, eu não descanso. Estou no escritório do meu apartamento, com a cidade inteira dominada pela noite e luzes vibrantes. Já é bem tarde, mas, ainda assim, eu não paro e a minha mente está me deixando maluco. Ária. O nome dela ecoa dentro da minha cabeça como um sussurro constante e perturbador. Fecho os olhos, me inclino na cadeira de couro e massageio as têmporas, tentando afastar a imagem dela. Mas é inútil. Ela surge na minha mente com aquela postura tímida, às vezes quase assustada, mas que carrega um toque ousado e provocante, na beleza natural e nos olhos que tentam esconder o que ela sente. Infernö... Isso nunca aconteceu antes. Que porrä. Não é apenas desejo, não é apenas o fato de ela ser absurdamente bonita e delicada. Ela

