A noite caía sobre o morro da Rocinha, envolta em uma penumbra que começava a dominar as ruelas e os becos. No interior da casa de Coringa, Thais suspirou, percebendo que não poderia mais adiar o inevitável.
"Preciso ir embora," ela disse com um misto de relutância e tristeza na voz.
Eduardo sabia que tinha que deixá-la ir. Ele tinha compromissos, precisava dormir na cobertura, pois tinha uma audiência importante na manhã seguinte. No entanto, tomado por um impulso inesperado, ele envolveu a cintura de Thais com seus braços fortes e a puxou para perto.
"Seja minha, Thais," ele disse, sua voz carregada de emoção.
Ele sabia que, normalmente, aquela fala seria um comunicado e não um pedido. Mas, dessa vez, saiu como um pedido sincero, quase suplicante. Ele esperou ansiosamente pela respo
