Andrew Lancaster O vento fresco de fim de manhã bate contra o meu rosto quando saímos de casa. Estou com meus pais, e tudo já começa estranho. Minha mãe, Donatella, insiste em ficar grudada em mim, como se o tempo tivesse parado na infância e ela pudesse andar de braços dados com o filho dela. Só que eu não sou mais aquele garoto, e a insistência dela me incomoda. Ela se agarra ao meu braço como se tivesse medo de que eu sumisse, elogia a minha aparência, diz que eu estou lindo, que sente falta de conversar comigo, que sente falta do abraço do filho. É aquele jeito todo de grude. Eu tento responder o mínimo possível, frases curtas, neutras, mas ela não colabora. É como se cada palavra dela fosse uma corrente puxando para trás. Quando chegamos ao carro, eu tomo a dianteira. Decido diri

