Capítulo 03

2304 Palavras
— Quem você pensa que eu sou? — ela berrou. — Uma prostituta?! — Que merda! — ele berrou, com a mão no rosto. — Você está louca?! — irritado por ter levado um tabefe. — Vai se ferrar, seu mauricinho metido a b***a! — ela cuspiu e saiu voada dali. Então era só pra isso que ele a convidou para a festa? Para t*****r com ela? Saiu pela sala recebendo vários olhares e risinhos, porém não deu a mínima e saiu pisando firme, queria chegar logo em casa, pra cair na cama e dormir, que era o que fazia de melhor ao invés de estar ali perdendo tempo. Joshua estava tendo um ataque de raiva na sacada, enquanto os amigos morriam de rir lá embaixo. — Bela transa Josh, fiquei até e******o com o tapa que você levou. — Bailey zombou, lá de baixo. — Calem a boca, seus inúteis. — ele grunhiu. — Essa garota é mais difícil do que eu pensei. — Notamos. — Pedro riu. — E agora Josh, vai continuar na luta? — É claro que eu vou. — o loiro respondeu. — Essa grana, e essa b*******a virgem são minhas! — apontou pra si mesmo. — Gostei de ver. — Pedro assentiu. Joshua fechou os olhos, andando de um lado para outro na pequena sacada. Tinha que pensar em uma forma de se desculpar com Any e fazê-la voltar a confiar nele. ¨¨¨¨ No dia seguinte, Any estava no restaurante. Estava escrevendo algumas anotações que sua tia tinha pedido e aquilo lhe exigia certa concentração. Joshua entrou no restaurante em busca dela, estava com um ramalhete de flores na mão, na tentativa de fazer Any lhe perdoar pelo que houve na noite anterior. Estava se sentindo um o****o com toda aquela besteirada, mas Pedro tinha dito que Any não resistiria e acabaria cedendo. A viu debruçada no balcão, anotando algo e se aproximou. — Any? — ele chamou sua atenção. Ela o encarou, logo fechou a cara. — O que deseja? — ela respondeu educadamente, agindo como garçonete. — Precisamos conversar não acha? — Não, eu não tenho nada pra conversar com você Joshua. — disse seca. — Você foi um tremendo babaca comigo, outro dia. — Eu sei Any, eu vim me desculpar. — mostrou as flores. — Olha o que eu te trouxe. Colhi no jardim da minha casa, são pra você. Ela o encarou, desconfiada. Ele sorria lhe estendendo as flores. — Não vai pegar? — ele mordeu o lábio. Ela assentiu pegando as flores e as abraçando. Estava achando estranho aquele comportamento de Joshua, mas ao mesmo tempo estava gostando muito. — Obrigada, elas são muito bonitas. — ergueu a sobrancelha. — Any... — ele respirou fundo. — Desculpa por ontem. — ele pôs a mão nos bolsos, fazendo cara de coitado. — Você não merecia ser tratada daquele jeito, mas eu estava um pouco bêbado e não me dei conta que estava avançando o sinal. Desculpe mesmo, eu fiquei tão louco por você que eu esqueci que era virgem. Any mordeu o lábio, com um pouco de pena. — Isso é sério? — ela mordeu o lábio e ele assentiu prontamente. — Sim, é claro. — ele pegou a mão dela. — Eu não queria que ficasse um clima chato entre nós, eu gosto mesmo de você e te quero. — beijou a mão dela, fazendo-a sorrir. — E então? Vai me desculpar? — Sim... — ela assentiu. — Mas só se você prometer que não vai fazer mais aquilo. — Eu prometo! — ele levantou a mão direita e fez figa por trás. — Então está perdoado. — ela sorriu alegre. — Beleza. — ele sorriu abertamente e deu um selinho na morena. — Posso passar aqui mais tarde? Quero te levar pra sair. — Pra onde? — Pra um lugar que me agrada. — ele suspirou. — Você vai gostar de conhecer. — Tudo bem, eu saio do trabalho as sete e você pode me buscar na casa da dona Vera. Pode ser? — Mas é claro. — ele assentiu e lhe deu outro beijinho. Vivian que vinha chegando arregalou os olhos ao ver o casal trocando um beijo, aquilo só podia ser brincadeira. Joshua se despediu de Any e foi embora. Vivian se aproximou, completamente perplexa. — Pode me explicar que ceninha patética foi essa? — indagou à irmã. — Ceninha patética? — Any ergueu a sobrancelha. — Qual? — Ainda pergunta? Quem pensa que é pra ficar trocando beijinhos com o Beauchamp no meio do restaurante? Se a tia Miranda visse, seria capaz de te matar. — Que exagero Vivian. — rolou os olhos. — Foi apenas um beijo inocente. — Um beijo inocente... — a imitou e Any a encarou, séria. — Desde quando está dando "beijinhos inocentes" no Joshua? — Desde ontem, quando começamos a ficar. — disse com os olhinhos brilhando. — Olha o que ele me deu! — mostrando as flores. — Ele colheu especialmente pra mim. — sorriu abraçando as flores e as cheirando.  Vivian negou com a cabeça, nesse mato tinha coelho. ¨¨¨¨ Joshua saiu do restaurante extremamente satisfeito, foi até o telefone público e discou alguns números, logo ouviu a voz sonolenta de Pedro. — Alô! — dizia bocejando. — Pedro. — Joshua dizia com um sorriso. — Nem acredita, fiz as pazes com a feiosa e hoje mesmo vamos sair. — O que? — ele riu. — Eu disse que ia funcionar o lance das flores. Mulher nenhuma resiste a esse monte de mato. — Sim, funcionou. — ele coçou a nuca, olhando ao redor. — Any ficou toda boba com o presente, não pensei que seria tão fácil convencê-la a me perdoar. Com certeza já está apaixonada por mim. — Não se ache tanto. — Pedro grunhiu, enquanto se espreguiçava. — É muito cedo pra ela estar apaixonada. — Pois eu não duvido que esteja. — ele riu. — Any nunca teve ninguém, e agora que está comigo é claro que já deve estar sentindo algo diferente. Não duvido que esteja apaixonada. Precisa ver como ela me olha. Dá pra ver seus olhos brilhando por baixo daqueles óculos gigantes. — pôs a língua pra fora e ouviu a gargalhada de Pedro. — E vai levá-la para o motel? — Está louco? Vou levá-la naquele lugar que a gente sempre vai pra beber e fumar um baseado, vou dizer que é especial pra mim e vou tentar t*****r com a quatro olhos de novo. — Você não desiste hein cara? — riu. — Não mesmo, não vou descansar até ganhar essa grana. — Esse é meu garoto. — assentiu. — Se você conseguir é pra tirar uma foto dela, peladinha. Senão não te pagamos. — Beleza parceiro. — assentiu. — Até mais. — desligou e saiu andando satisfeito. ¨¨¨¨ Às sete da noite foi buscar Any na casa onde ela trabalhava como babá, e logo chegaram ao tal lugar. Era afastado e bem escuro. No começo, Any ficou um pouco assustada, mas logo ele começou a conversar e inventar mentiras, afirmando que o lugar era especial e que sempre ia ali, desde pequeno. Ela se sentiu mais a vontade e logo começaram a conversar. — Josh... — ela dizia enquanto ele a beijava no pescoço. — Você faz o quê da vida hein? — Hã? — ele parou de beija-la e ela o encarou. — É... — ela perguntou. — Você não trabalha não? — Não preciso trabalhar. — ele deu de ombros. — Eu sou rico. — piscou voltando a beija-la. — Mas você não pensa em trabalhar? — disse se afastando um pouco. Ele rolou os olhos. Já estava com vontade de manda-la calar a droga da boca. — Não, eu não penso. Um dia quem sabe. — ele rolou os olhos. — Vem, vamos aproveitar esse tempinho melhor... — a trouxe novamente para mais perto e a beijou. Até que ela beijava bem, pensava que beijá-la seria algo difícil, mas se enganou. — Any... — ele sussurrou enquanto apertava a coxa dela. — Você me enlouquece. — sussurrou, mordendo sua orelha. Ela já estava ficando nervosa de novo, e ele notou. — Não quer ficar comigo de uma forma mais profunda? — ele a encarou e ela se pôs a brincar com os dedos. — Desculpa, mas isso é tudo muito novo pra mim... Eu não sou acostumada a esse tipo de coisa. — Você terá que fazer isso em algum momento. — ele explicou. — E nenhum outro fará como eu. — Josh... Não acha que é muito cedo? — De jeito nenhum gatinha. — ele negou. — O momento é perfeito. — tentou beijá-la no pescoço, mas ela se afastou. — Não... — ela negou com a cabeça. — Me leva pra casa, por favor, Josh. Eu quero ir pra casa. — abraçou o próprio corpo. Ele quase grita, porém se controlou. Droga! Apertou o volante com força, sentindo uma vontade descomunal de pega-la e f********o com aquela inútil a força, e deixa-la toda machucada, para que aprendesse a não rejeita-lo. Mas não podia fazer isso, já tinha se metido em muita confusão e seu pai prometeu que na próxima o expulsaria de casa, não podia arriscar. — Tudo bem Any. — ele respirou fundo. — Vamos embora. Ele ligou o carro e o colocou em movimento.  Logo chegaram a casa de Any. — Josh? — ela o chamou. — Espero que não tenha ficado chateado comigo. — Não entendo por que você não quer ficar comigo. — disse seco. — Não é que eu não o queira. — ela mordeu o lábio. — Eu só tenho medo, não estou acostumada com nada disso, ficar com um cara já é algo supernovo pra mim, eu preciso de tempo pra me acostumar com essa nossa relação. — Um tempo? — ele disse, um pouco espantado. — Vai demorar muito? — O que? — ela perguntou confusa. Ele praguejou-se. Tinha dado outro fora. — Não é que... Eu não sei se aguento esperar muito, eu estou muito afim de ficar com você Any. Não pode me fazer esperar tanto. — disse choroso. Any sorriu, alegre. Não acreditava que por fim estava se envolvendo com um cara, logo ela, que pensou que ficaria sozinha pra sempre. — Eu não vou demorar muito... — deu um selinho demorado. — Mas também não posso me deitar com você tão rápido. É uma questão de lógica. — sorriu de canto. — Ok, eu vou esperar você se decidir. — ele deu um sorrisinho falso. — Obrigada. — se despediu dele e saiu do carro, entrando em sua casa. — Merda... — o loiro grunhiu, irritado. — E agora? Como eu vou fazer pra comer essa feiosa? — deu um murro no volante e saiu dali. ¨¨¨¨ No dia seguinte, ele e os amigos estavam em um café. — O que? — Pedro indagou perplexo ao ouvir Joshua dizer que precisava de mais tempo. — É alguma espécie de piada? — Não Pedro. — ele rolou os olhos. — Você não tem noção de como está difícil comer essa garota. — bufou. — Ela é cheia de frescurinhas, não é como as putas que nós estamos acostumados. Falo muito sério, ela é dura na queda! — Isso é um problema seu Beauchamp. — ele rebateu. — Um problema meu, que pode virar problema seu, e problema seu. — apontou Bailey. — Acha mesmo que ela vai t*****r com você em uma semana? É claro que não. Precisamos de mais tempo, se eu não conseguir em três semanas, juro pela alma da minha mãe que passo a bola pra você. — ele beijou a ponta dos dedos como forma de promessa. Os outros dois se entreolharam. — Por mim está tranquilo. — Bailey deu de ombros. — Mas três semanas é muito tempo, vai demorar muito. — Pedro disse pensativo. — Não sei se estou a fim de esperar tanto tempo Josh, vai acabar perdendo a graça. — ele bufou. — Não tem outro jeito Pedro, ou é isso ou jamais terá um ganhador. Any não é fácil mesmo. — Droga. — o outro rolou os olhos, enfadado. — Ok Beauchamp, você tem mais duas semanas, mas se não conseguir já era, perdeu a grana. — Não vou perder a grana Sampaio. Fica tranquilo. — piscou tomando um gole de seu cappuccino. ¨¨¨¨ Os dias foram se passando, e Joshua tentava ganhar a confiança de Any de todas as formas, e estava funcionando. Ela já se sentia bem mais aberta para conversar sobre certas coisas e trocar beijos sem se sentir acuada. — Está entregue gatinha. — ele respondeu, assim que chegaram à frente da casa dela. — Obrigada por ter me trazido em casa. — ela sorriu, subindo os três degraus antes de entrar na varanda. — De nada. — ele a puxou outra vez para si e a beijou com sensualidade e vontade. Não sabia o motivo de ficar e******o sempre que beijava Any, não sabia explicar isso, ele apenas sentia e ninguém precisava saber. E sem contar que já estava perdendo a paciência, já estava completando duas semanas que estava ficando com a mostrenga e até agora não tinha conseguido t*****r com ela. Desceu os beijos para o pescoço em mais uma tentativa inútil de deixa-la com a i********e molhada, mas parecia que a feiosa era de ferro. Não demorou e ela o interrompeu delicadamente. — Acho que é melhor eu entrar. — disse arrumando os óculos. — Se a minha tia me ver aqui fora ela vai me dar uma bronca. — mordeu o lábio. — Claro... — ele rolou os olhos, impacientemente.
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