CAPÍTULO 73 MONIQUE NARRANDO O hospital era o mesmo de sempre. Frio, com cheiro de desinfetante e gente passando pra lá e pra cá com cara cansada. Mas, pra mim… cada canto dali tinha peso. Tinha dor, tinha esperança. Tinha minha mãe. Já fazia uns dias que ela tava internada. No começo, foi só desespero… eu não sabia nem por onde começar, não tinha cabeça pra nada. Só conseguia pensar se ela ia sair dali com vida. Mas hoje… hoje tinha uma pontinha de esperança. Ela tinha dado uma melhorada. O médico falou que iam tentar tirar os tubos, ver se ela reagia bem. E eu tava ali, no corredor, de um lado pro outro, ansiosa, com o estômago embrulhado. Já era hora do almoço, mas quem disse que eu conseguia comer? Nem fome eu sentia. Só queria uma notícia. Só queria ouvir “ela tá bem, filha”. Sen

