CAPÍTULO 56 MONIQUE NARRANDO Mais um dia naquele hospital. Eu já nem sabia mais que dia da semana era, quanto tempo fazia que minha mãe tinha sido internada… só sabia que o tempo tava passando devagar demais, e meu corpo começava a sentir. O Tubarão saiu logo cedo, foi resolver umas paradas no morro, mas me deixou ali com tudo: dinheiro, água, lanchinho e beijo na testa. Disse que voltava mais tarde. E eu fiquei. Porque por mais que doa, por mais que canse… é minha mãe ali naquela cama e eu não saio do lado dela pra nada. Ela não melhorou. Mas também não piorou. E isso, nesse tipo de situação, já é um alívio. O “estável” virou meu novo conforto. Eu tava na recepção agora, sentada naquela poltrona dura, com a cabeça doendo, o estômago embrulhado e o olho ardendo de tanto forçar pra fica

