CAPÍTULO 87 ALINE NARRANDO Desde que ele me puxou no camarote, já tava claro onde essa noite ia parar. O jeito que o Cabuloso me olhava… pesado, firme, como se já tivesse decidido o que ia fazer comigo. E eu, mesmo tentando bancar a difícil, sabia que ia me render. A moto até a casa dele foi pura tortura. O vento batendo no meu rosto, meu corpo grudado nas costas dele, o cheiro da pele misturado com perfume e pólvora… cada curva que ele fazia eu apertava mais, sentia o volume dele firme contra mim e o calor subindo. Assim que a porta da casa fechou, ele me virou e me prensou na parede. A boca dele veio quente, urgente, e a mão já subindo pela minha coxa. — Tá vendo o que tu fez comigo? — ele rosnou no meu ouvido, empurrando o corpo contra o meu. Eu mordi o lábio, provocando. — E se

