CAPÍTULO 90 ALINE NARRANDO Assim que eu falei o nome do Carlos, vi o olhar do Cabuloso mudar na hora. A expressão fechou, a mandíbula travada, e eu sabia que ele tinha ficado bolado de verdade. Ele não disse mais nada, só se levantou da banheira de uma vez, a água respingando pelo chão. — Cabuloso… — chamei, mas ele já tava pegando a toalha e se enrolando rápido, como se tivesse com pressa de agir. Me levantei também, enrolei a toalha no corpo e fiquei parada olhando ele ir até o canto do banheiro, onde tava o rádio. Ele pegou o aparelho, apertou o botão e falou firme: — Ô, Tufão… cola aqui em casa agora. Tenho um papo pra trocar contigo. O tom dele não deixava dúvida: não era papo leve. — Cabuloso, por favor… — falei, dando dois passos até ele e tocando no braço dele. — Não faz nad

