Capítulo 101

1987 Palavras

Mariana narrando A água descia pelo corpo dele como se lavasse todos os fantasmas. E eu estava ali. De frente pro homem que sobreviveu à guerra. De frente pro homem que carregava marcas que ninguém mais sabia ler. Mas eu sabia. Eu lia cada linha, cada cicatriz, cada silêncio dele. Ele me abraçava forte, com aquele corpo bruto, com aquele cheiro de urgência e redenção. Me olhava como se eu fosse mais do que uma mulher. Como se eu fosse salvação. — Fica comigo, Mariana. Vem morar aqui. Nesse inferno que eu chamo de casa. Transforma isso num lar. Aquelas palavras ainda ecoavam dentro de mim, mesmo enquanto a água escorria pelos nossos corpos colados. Mesmo enquanto eu sentia o p*u dele pulsando, roçando entre as minhas coxas. Mesmo quando ele me encostou com calma na parede do box e me

Leitura gratuita para novos usuários
Digitalize para baixar o aplicativo
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Escritor
  • chap_listÍndice
  • likeADICIONAR