Débora narrando Nada, absolutamente nada nesse mundo vai apagar o desespero que eu senti naquele dia. Um dia inteiro. Uma noite praticamente inteira. Sem dormir. Sem comer. Sem sequer conseguir respirar direito. Eu já não sabia mais o que era descansar, o que era fechar o olho por dois segundos que fosse. Eu tava completamente à flor da pele, estilhaçada, como se o meu corpo inteiro tivesse se quebrado em mil pedaços e cada pedacinho implorasse por uma resposta, por um sinal de vida, por alguma notícia que pudesse me dar um mínimo de tranquilidade. Mas não vinha. Nada vinha. Nada me acalmava. Nada me preenchia. E o silêncio… o silêncio era o que mais doía. Eu perdi a conta de quantas vezes eu liguei pra Mariana. De quantas vezes eu implorei notícias. De quantas vezes eu pedi, chorando,

