Caveira narrando
Eu deixei a Débora na casa da mãe dela depois de mais uma noite em que o mundo parecia ter parado ao redor só pra me mostrar o que era sentir. Dormir com ela mexeu comigo de um jeito que eu nem sei explicar, e só quem viveu o que eu vivi entende. Mas eu tinha que seguir. A vida na favela não me dá esse luxo de romantismo. Voltar pro morro era voltar pra realidade, e eu voltei. Botei a Glock na cintura, respirei fundo e fui fazer minha ronda. Percorri o morro inteiro, da parte de cima à parte baixa, observando, ouvindo, sentindo cada detalhe. O olhar atento, o corpo alinhado, o coração bagunçado. O Pescoço já estava ativo na contenção, organizando os esquemas dele, mantendo os vapores nas posições. Deixei o Matteo com a Mariana, como sempre faço quando preciso focar, e f
