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1863 Palavras
Casa de Shows, sábado 20:30h Danilo Narrando Clara chega e fico olhando para ela, não consigo desviar o olhar e ela também está me encarando, ela tá maravilhosa com esse vestido, ela se aproxima e eu apenas a admiro, não falo nada até meu irmão sair, fiquei com receio que ela me desce outro fora e ela acabou me surpreendendo. Cara que mulher maluca, eu não esperava de jeito nenhum aquela reação dela, mais eu gostei muito, que beijo bom do c4r4lho, talvez até melhor que o primeiro já que dessa vez ela não foi grossa. Fico paradão pensando e olhando pra ela no open bar, quando vejo um cara se aproximando e fico put0 quando vejo ela saindo com ele, não acredito que ela faria uma s*******m dessa comigo, se ela fizer eu não olho mais na cara dela. Sou interrompido dos meus pensamentos quando Léo vem até mim com um semblante preocupado. Danilo: O que foi? Que cara é essa? Léo: Tô preocupado com a Clara. Danilo: Porquê? Léo: Aquele cara que saiu com ela é o ex dela, eles tinham um relacionamento complicado, não acho que ela foi com ele por v*****e própria, ela tava com uma cara. Danilo: Relaxa, vai ver eles foram se resolver. - falo com um pouco de raiva, não acredito que ela me deixou aqui pra sem uma satisfação pra voltar com o ex. Léo: Não, eu tenho certeza que não, eu vou atrás dela. Danilo: Tá bom, eu vou com você. Léo: Vamos no estacionamento, espero ainda achar eles por lá. Concordei com a cabeça e fomos até o estacionamento, quando cheguei lá não acreditei no que tava vendo, o ódio me consumiu, aquele filho de uma put4 tava espancando ela. Danilo: O que tá acontecendo aqui? Bota ela no meu carro Léo. Léo: Tá bom. - ele vai até ela e a pega no colo, seu vestido branco já estava encharcado de sangue. Rafael: Ninguém vai levar ela daqui, deixem que com minha mulher eu me resolvo. Antes que ele abrisse a boca para falar mais alguma merd4 eu dei um soc0 na cara dele que o fez cair no chão, não esperei ele levantar e dei vários chut3s por todos os lugares do seu corpo, em seguida peguei ele pela camisa e o arrastei até uma barra de ferro e bati várias vezes sua cabeça na mesma até que ele desmaiou, e só parei porque Léo me chamou para levarmos ela embora daqui. Léo: Danilo chega, vamos levar ela daqui para um hospital. Danilo: Ok, vamos - falo e largo ele desmaiado no chão, chego até o carro e pergunto - Vamos levar ela para qual hospital? Clara: Nenhum, e-eu quero minha casa. - fala com um pouco de dificuldade Léo: Você tem que ir pro médico, você tá coberta de sangue. Clara: Eu não vou, me leva pra casa Léo: Se você quer assim então tudo bem, eu só vou lá dentro rapidinho avisar para os convidados que vou ter que me ausentar da festa Clara: Não, eu não quero que você perca todo o seu aniversário por minha causa. Léo: De jeito nenhum que eu vou te deixar só do jeito que você tá. Danilo: Relaxa, vai curtir teu aniversário que eu cuido dela - Léo me olha surpreso - Clara: Não é necessário, eu me viro sozinha. Léo: Ou ele vai ou eu vou, sozinha você não vai ficar. Clara: Tá bom, vai curtir teu aniversário e não se preocupa comigo, eu tô bem Léo: Tô vendo. Ele sai, eu fecho a porta do carro e vamos o caminho todo em silêncio, até que paramos em frente ao prédio e eu a ajudo a descer. Danilo: Você consegue andar? Clara: acho que sim. - ela tenta se levantar mas logo cai, estava muito fraca. Danilo: Eu vou te carregar no colo então. Ela concorda com a cabeça e eu pego ela no colo e vou carregando para dentro do prédio até entrarmos no elevador, quando chegamos ao andar dela ela vai se apoiando em mim que vou a segurando pela cintura. Quando chegamos no apartamento dela eu abro a porta e coloco ela deitada no sofá. Clara: Muito obrigada, você não precisava ter vindo, não queria estragar a sua noite também. Danilo: Não fala isso, pra ser bem sincero, eu só fiquei lá até agora porque você estava me fazendo companhia, não sou muito chegado em festas. Clara: Tá falando sério ou só pra eu me sentir melhor? Danilo: Tô falando a verdade. - ela sorri fraco Clara: Muito obrigado! Você me me ajuda a ir até o banheiro do meu quarto? Eu preciso de um banho pra tirar essa roupa. Danilo: Beleza, vai querer ajuda no banho? - ela me olha um pouco envergonhada - Sem maldade, só quero ajudar. Clara: Eu sei, eu vou querer. Eu levo ela no colo até o quarto, deixo ela sentada na cama e a ajudo a tirar o vestido, ficando só de lingerie. Se fosse em outra ocasião eu estaria de p4u duro, mas só consigo ver as manchas pelo seu corpo e me sobe um ódio enorme por dentro, como um cara faz uma parada dessa com uma mulher, não tem mãe? Clara: Não me olhe assim, por favor! - fala cabisbaixa Danilo: Assim como? Clara: Com pena. Danilo: Não tô com pena de você, eu tô com ódio dele, não se faz isso com uma mulher, se eu ver ele de novo vai ser triste pra ele Clara: Não quero que faça nada com ele. Danilo: Como você ainda defende ele? Clara: Eu não tô nem aí pra ele, mas você n******e se meter em confusão, senão vai voltar pra cadeia, por favor Danilo: Não se preocupe comigo. Clara: Ok né, me ajuda a ir até o banheiro. Danilo: Tá bom. Pego ela no colo e levo até o box do banheiro, ligo o chuveiro no quente e passo o sabonete devagar por todo o seu corpo que mesmo com as manchas roxas é lindo, entrego o sabão a ela e me viro para que ela passe nas suas partes íntimas, em seguida ligo o chuveiro e ajudo ela a tirar o sabão do corpo, novamente me viro para que ela tire a lingerie e ela pega a toalha no meu ombro, deixo ela na cama e pego um vestido com um pano bem macio para ela vestir e uma calcinha. Deixo ela se vestindo e vou até a cozinha preparar alguma coisa pra ela comer, olho tudo e resolvo fazer panquecas com uma vitamina de banana. Quando termino levo até o quarto e vejo ela deitada na cama procurando um filme para assistir na Netflix. Clara: Obrigada! Parece estar uma delícia, mas eu estou sem fome. Danilo: Mais você tem que comer, nem que seja só um pouco Clara: Tá bom, senta aqui e me ajuda a comer. Danilo: Tá bom Fica um silêncio por um bom tempo, até que resolvo fazer uma pergunta e vejo que ela fica bem incomodada Danilo: Como era o seu relacionamento com aquele cara? Fique a v*****e para não responder, se te incomoda falar a respeito. Clara: Realmente me incomoda falar, porque me vêem lembranças muito dolorosas na minha cabeça. Mas depois de hoje você merece saber. Danilo: Tô ouvindo. Clara: Eu conheci o Rafael a quase 4 anos, mas nós aproximamos quando eu fiz 23 anos, fomos nos tornando amigos, depois fomos colorindo a amizade e tudo ia perfeito, ele era carinhoso, atencioso, romântico, muito cuidadoso, me levava flores, fazia surpresas, era tudo um sonho, sabe? No meu aniversário de 24 anos ele me fez uma baita surpresa e me pediu em namoro, eu aceitei, até aí ia tudo bem. - ela respirou fundo e continuou - Mas esse sonho virou um pesadelo depois que fizemos 5 meses juntos e resolvemos morar juntos, aí tudo mudou, ele começou a ser grosso, me tratava super m*l, me agredia por nada, já chegou a me estuprar, me traia com outras e nem fazia questão de me esconder e se eu cobrasse ele me batia, parei no hospital duas vezes por causa das suas agressões, na última eu estava grávida - as lágrimas começaram a rolar sobre seu rosto - Eu descobri da gravidez dois meses antes de perder o meu bebê e contei pra ele, na hora ele ficou muito feliz e jurou não me bater mais, até esse dia estava tudo bem mais ele chegou em casa bêbado e nós dois discutimos, por besteira ele começou a me bater, ele me bateu tanto que eu parei no hospital e lá eles né disseram que o bebê não tinha sobrevivido, ali meu mundo desabou, eu só conseguia chorar, quando eu tive alta esperei ele sair de casa, arrumei minhas malas e fui voltei pra minha casa, dei ordens para não deixarem ele subir e desde então eu não tinha mais visto ele até hoje. Danilo: Caramba, eu sinto muito. - falei e enxuguei suas lágrimas - Agora eu entendi sua reação aquele dia. Clara: Eu até já fiquei com outros caras, mais não passou de um beijo, eu não consigo sabe, tenho medo de viver tudo aquilo de novo e eu travo. Com você eu sinto uma coisa que eu não consigo explicar. Danilo: Tá gostando de mim? - ela fica logo vermelha Clara: Não, não é isso, como eu já falei, não sei explicar só sei que é uma sensação muito boa, e tive medo por isso reagi daquela forma. Danilo: Eu entendi o que você quis dizer, eu só estou tirando com sua cara, eu senti a mesma coisa. - ela abaixa a cabeça envergonhada e eu logo levanto colocando o seu cabelo de trás da orelha - não precisa ter vergonha, também não sei ao certo o que sinto, mais sinto, e agora sei que é recíproco. Clara: Mas eu não sei se consigo levar isso a diante, e acho melhor a gente se afastar, não sei do que Rafael é capaz de nos ver juntos, tenho medo que ele faça alguma coisa com você, ele é louco. Danilo: Não se preocupe comigo, a partir de hoje eu vou cuidar para que ele fique longe de você e não nós atrapalhe. Clara: Mas eu - a interrompi e continuei falando Danilo: Nos vamos com calma, no seu tempo, e se não der certo nos seguimos apenas como amigos, mais me dê uma oportunidade de te mostrar que nem todos são iguais. Clara: Tá bom, então vamos com calma. Não consigo segurar a empolgação por ela ter aceitado, pego em sua nuca e a beijo lentamente passando a outra mão pela sua coxa e subindo até sua cintura, sinto o clima esquentando e a carrego para o quarto.
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