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3459 Palavras

Luisa A sentença se aproxima, o nó na garganta apertando a cada batida do meu coração. O vestido branco, pendurado no cabide como um sudário, me encara com uma crueldade silenciosa. Cada vez que o vejo, uma onda de desespero e resignação me atinge, como se o ar fosse sugado dos meus pulmões. "Nem me jogar pela janela eu posso", penso, um riso amargo ecoando em minha mente. A ideia de escapar, de fugir desse pesadelo, é uma miragem tentadora, mas impossível. As barras de ferro nas janelas são um lembrete constante da minha prisão. "Meus pais... como vou explicar isso a eles? Como vou dizer que estou me casando com o homem que destruiu nossa família? Não posso pedir ajuda... aquela coisa já destruiu vidas antes... com certeza não seria diferente comigo..." O pensamento de meus pais, indef

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