Luisa
Chegamos a um lugar isolado, cercado por uma densa vegetação que parecia engolir qualquer som. As árvores altas e sombrias se entrelaçavam, formando uma barreira natural que escondia a verdadeira natureza daquele lugar. À primeira vista, com a luz fraca que atravessava as folhagens, poderia ser confundido com um parque esquecido, mas logo que nos aproximamos, o casarão branco, imponente e austero, se revelou entre as sombras, como um espectro iluminado pela pálida luz da lua. Homens armados, vestidos de preto da cabeça aos pés, patrulhavam os arredores da propriedade, movendo-se como sombras sinistras, seus rostos ocultos pela escuridão.
"São todos iguais," penso, com uma amargura crescente que me invade o peito. O desconforto se instala como um nó na garganta, mas o escondo.
Tiag
