📕 NARRADO POR NILO TAVARES ⏱ Logo depois. Subindo com a mochila. Subi. Devagar, mas com passo firme. Cada degrau era mais pesado que o outro. A base fervia lá embaixo, mas o mundo parecia ter calado pra escutar esse momento. A mochila pesava no ombro. Não pelo peso das coisas dentro. Mas pelo que aquilo significava. Entrega. Cuidado. Palavra que não combina comigo. Empurrei a porta com o ombro. A trava soltou com um estalo abafado. O silêncio ali dentro era mais barulhento que qualquer rajada. E foi quando vi. Ela. Deitada no chão. Com o Ragnar colado nela. Cabeça encostada no peito dela, o corpo todo espichado como se fosse extensão da presença dela. A p***a do cachorro que não confia em ninguém — nem nos meus homens — tava ali, roncando baixo, como se aquela menina fosse

