capítulo 60

1056 Palavras

🩸 TERK — A NOVA COLEIRA A Regina não disse mais nada. Ficou ali, muda. O peito subia e descia como se cada respiro fosse puxado com alicate. Mas a voz… sumiu. E eu reconheço o silêncio. Não aquele que vem de paz. Mas o que vem de quebra. De fim. Fui até o canto do quarto, peguei a coberta e joguei por cima do corpo dela com desprezo, como quem cobre um lixo que não quer mais ver. — “Te cobre,” — falei seco. — “Tá me dando enjoo.” Ela agarrou o pano como se fosse salvação. Mas não era. Nunca foi. Eu virei de costas, acendi outro cigarro e falei sem pressa, olhando pro nada: — “Você achou que tinha chegado no fundo do poço. Mas ainda tinha porão.” Traguei. Dei um passo devagar. Outro. — “A partir de hoje, tu trabalha pra mim.” Ela levantou o rosto, confusa. Não com coragem —

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