— “Vem.” A voz da Natália veio firme, com um sorrisinho maroto pendurado no canto da boca. Olhei pra ela sem entender. — “Vem pra onde?” — “Te levar numa lojinha aqui do morro. Tem umas coisa que tu precisa conhecer. Roupa, brinquedinho, umas ousadias…” Eu arregalei os olhos. — “Brinquedo?!” — “É. Brinquedo de gente grande, né, mulher.” — ela riu. — “Tu acha que prazer é só beijo e respiração acelerada? Tem mundo aí dentro de ti que tá só esperando o fósforo.” — “Mas… o Nilo não sabe que eu vou sair.” Natália bufou uma risada curta. — “Tu acha mesmo que esses urubus armados na esquina não vão avisar ele? Amara, os vapor tão na tua cola até quando tu vai no banheiro. E Nilo sabe que tu tá comigo.” Ela piscou. — “Então vambora. Se ele perguntar, eu mesma dou o recado: hoje tu vai

