capítulo 77 Terk

1652 Palavras

📍 TERK — A COLEIRA TEM DONO A fortaleza tava em silêncio. Mas não era paz. Era o tipo de silêncio que grita perigo. Que faz os ratos correrem antes da pisada. Que faz os fiel rezarem de olho aberto. Eu tava na sala do alto. Camiseta preta colada no corpo, cigarro queimando entre os dedos. A fumaça subindo lenta, desenhando caveira no teto. Ney entrou sem bater. Sabia que podia. Se tem um que eu deixo entrar no meu silêncio… é ele. — “Regina tá viva?” — ele perguntou, já sabendo a resposta. Dei um trago. Trinquei o maxilar. Cuspi a fumaça. — “Tá.” — “E vai continuar?” — “Vai.” Ele me olhou com aquele meio sorriso de canto. Quase rindo. Quase temendo. — “Tu é c***l, chefe.” Virei devagar. Cruzei os braços. A cara dura, o olhar gelado. — “c***l seria matar ela agora. Castigo

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