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991 Palavras
Daniel Eu posso até ter sido meio i****a quando tratei a Helena m*l por um ciúmes e também receio de perder a minha loirinha. Eu posso não demonstrar tanto que amo ela, mas tenho meus motivos. Helena vêm de uma classe totalmente diferente da minha. Nos conhecemos quando fui decidir vender minha mercadoria pelas ruas nobres do Rio, pra ver se ganhava mais lucro, mas não rendeu tanto assim. Mas ganhei um lucro maior ainda, a Helena. Ela toda linda saindo da escola e rindo com um bando de suas amigas. Eu que estava vendendo a minha mercadoria, pensei logo que nunca teria chances com uma loira como aquela que passava. Continuei andando reto até ela me chamar e eu ter que me virar em sua direção. Ela abriu um lindo e enorme sorriso como o de todos os dias sinceros que me concede. E disse que queria comprar um dos meus doces. Umas de suas amigas questionaram ela. Ela como doce e gentil Helena que é, ignorou todas elas e comprou quase uns vinte doces. Ela sussurrou um "obrigada" e "gostei de te ver". Isso antes de ela voltar a andar com suas amigas em rumo não sei onde e eu ficar paralisado com aquela menina. Voltei pra casa com pouco lucro pelo dia, mas com o lucro da loira que me deixou alegre. Decidi voltar no dia seguinte e passar na mesma rua e mesmo horário como quem não quisesse nada. E assim foi durante duas semana e com Helena sempre me recebendo com um sorriso doce e comprando meus doces. Até que ela mesma tomou a coragem de pedir pra eu levar a mesma em casa. Fiquei meio com um pé atrás, mas me esforcei. Ficamos rindo e conversando assuntos aleatórios e sobre a nossa vida pessoal até chegarmos ao portão da sua casa. Daniel Tinha percebido que a menina morava muito bem, e claro que bem melhor do que eu podia a proporcionar um dia. Trocamos nossos números e nos despedimos como "conhecidos". Assim que cheguei em casa, já disparei mensagens com a Helena que me respondia nem um segundo a mais e nem a menos. Era de imediato. Passamos também a fazer ligações, e eu adorava escutar sua voz doce com animação em cada palavra que dizia. E eu já imaginava o seu rostinho sorrindo pra mim e sorria feito bobo, sem ao menos precisar olhar ela. Ai foi quando percebi que tinha me amarrado por completo na da garota. Ia buscar ela na escola todos os dias. Até seu pai descobrir e não querer que eu, um preto e favelado namorasse a sua filha. Helena quis ficar ao meu lado o tempo todo e mesmo que eu concordasse com o seu pai, principalmente por ela ser de menor e eu já bem grande. Ela tinha 17, mas eu já tinha quase 21. Não tinha nada a oferecer ao nível que ela vivia, e mesmo assim, disse que lutaria ao meu lado. E ela sempre continuou me dando um p**a apoio. E estamos ao rumo de quase 3 anos de namoro. Desde o dia exato em que a pedi em namoro, de um jeito simples, mas com a maior sinceridade, envolvendo amor. Ainda me sinto incomodado por não poder a dar todo um luxo. Agora então, com um filho, não quero que ele passe necessidade alguma. Quero dar o melhor pra minha família. E hoje vejo que se eu não aceitar esse emprego, vai acontecer o que eu mais temo nessa vida. E quero melhorar isso, mesmo não sendo com a melhor válvula de escape. Posso não saber que dia eu não vou mais voltar pra casa e ver meus filho e minha mulher em casa. Mas posso ter a certeza que não irão passar privações. Daniel Vou pra cozinha onde minha loira tá fazendo a janta. Fico atrás dela e a abraço, enchendo de beijos pelo seu rosto. As vezes eu sou bem filho da p**a, até tento evitar isso. Helena entende o meu lado e fica na maior paciência comigo. Sabe que tenho meus problemas e acabo descontando em tudo e todos quando bate o limite. Dn:Fazendo o quê? - solto ela, que mexe mais uma vez a panela. Lena:Carré. Dn:Precisamos conversar - me sento na mesa. Lena:Lá vem. O que foi dessa vez? - fala sem me olhar. Dn:Conversamos na hora de deitar. Vamos jantar primeiro. Lena:Tá - resmunga e continua de olho no fogo. Me levanto e arrumo a mesa pra ajudar. Coloco os pratos, talheres e copos arrumados na mesa quadrada e pequena. Pego o restante da coca e sirvo. Não demora pra Helena colocar a comida nos pratos e sentar pra comer. Comemos juntos e em silêncio. Não gosto muito de falar enquanto como. Pode parecer arrogante da minha parte, mas acho que é um momento de concentração pra aproveitar cada garfada da comida. Terminamos de comer e vou lavar a louça. Quando termino, vou pro quarto onde a Helena já tá sentada me esperando. Encosto na porta e ela me olha com aquela carinha de inocência. Ela bate na cama em forma de me chamar e caminho até ela. Sento na cama ao seu lado e fico olhando seu olhinhos verdes. Lena:Sem enrolações, vai direto ao ponto, Daniel. Dn:Vou ganhar carinho de boa noite? - faço cara de cachorrinho. Lena:Desembucha, Daniel. Dn:Você tá muito séria, loirinha - brinco. Lena:Daniel!- bate na minha coxa. Dn:Tá bom - resmungo - Hq já tinha me oferecido uma vaguinha com ele na boca... Lena:Você não aceitou, né? Dn:Continuando... Eu não aceitei. Nunca precisei me botar no errado pra conquistar o que eu quero, mas agora com essa criança... Lena:Você não vai entrar, Daniel. Eu ainda tenho sete cartões com limite absurdo por cinco meses. Do que mais precisa? Quer que eu também trabalhe? Eu trabalho, tem problema não. Dn:Helena, me escuta uma vez na vida sem me questionar. Lena:Daniel... - abaixa a cabeça.
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