Capitulo 4 Danone.
Danone narrando .
Corro entre os becos e ainda bem que eu tenho uma boa memória , por se não era capaz de eu me perder aqui , nesse tempo que a gente está́ a frente do morro é a primeira invasão que a gente tem , assim que eu cheguei perto da barreira já comecei a atirar nos filho da püta que tava tentando subir , e essa invasão vai ser mais fodä do que eu pensei que seria porque eles vieram pesadão mas nós está preparado , de longe eu vejo o Magrinho e já́ vou pra perto dele.
Magrinho - aí chefe tem um caveirão vindo
Danone - sobe até a boca e já pega a dinamite.
Magrinho – aí , eu acho melhor pegar a bazuca , aí dá pra atirar de longe .
Danone - cê tem razão , eu vou até a laje que ela tá e cê me dá cobertura.
Magrinho - pode pá.
Ele me deu cobertura e eu fui até a laje que fica um pouco pra cima da barreira e já subi e peguei a bazuca que fica escondida na laje . O antigo dono daqui era um merdä , mas pelo menos eles tinham bons armamentos , de longe eu já vejo o caveirão tentando passar pela barreira e eu pego o rádio avisando pros meninos se afastarem e se protegerem , eu posiciono a bazuca já atiro acertando o caveirão em cheio que explode na hora , eu vejo que não tem mais nenhum caveirão subindo , e coloco a bazuca de lado e pego o meu fuzil e desço da laje a explosão do caveirão atingiu bastante dos deles só que mesmo assim ainda tem muitos que não recuaram , estão tentando subir eu fui atirando nos bota que eu via pela frente e o bagulho tava tenso pra caralh0 quando o meu fuzil acabou a munição eu me escondi um beco pra recarregar e assim que eu recarreguei já saí atirando de novo , depois de mais ou menos umas 2h já tinham menos policiais mas mesmo assim eles não queriam recuar , eu chamei o Prego no rádio e disse que ia subir na laje de novo e pegar a bazuca e atira mais uma vez pra ver se assim acabava logo com isso , e ele disse para mim tomar cuidado , eu sai de onde eu tava e fui pra laje , só que agora eu tô um pouco mais longe , eu pego o meu rádio e chamo o Magrinho pra ver onde ele tá .
Rádio on .
Danone - aí Magrinho tá onde?
Magrinho - tô no beco 5 .
Danone - cê tá mais perto que eu , sobe na Laje e acaba com essa porrä .
Magrinho - já é.
Rádio off.
Eu desligo o rádio e vou de encontro com Magrinho assim que eu tô chegando perto da laje que ele tá eu já escuto a explosão e uma gritaria falando pra recuar . Então eu escuto o meu rádio tocar e quando eu pego para atender eu escuto o Magrinho gritar no rádio pra mim me proteger que tem um bota chegando no beco onde eu tô , só que antes que eu possa responder eu já́ sinto o impacto da bala e caio no chão logo em seguida eu escuto outro disparo mas eu não sinto nada então eu não sei se eu fui atingido ou se foi alguém que atirou no bota , eu sinto uma dor do caralh0 e coloco a mão na barriga onde a bala atingiu eu sinto os meus olhos quererem fechar mas eu não posso , eu preciso me manter acordado e então eu escuto a voz do Magrinho de longe me pedindo pra não fechar os olhos só que a voz dele vai ficando cada vez mais distante e por mais que eu tente eu não consigo manter meus olhos aberto , então eu apago eu não sinto mais nada . Eu não sei se eu morri então se eu só apaguei mesmo , e mesmo não sabendo o que tá rolando na minha mente só vem a Melissa . Eu começo a pensar em tudo que a gente poderia estar vivendo agora desde quando eu a vi pela primeira vez na barreira que eu já senti que ela seria a mulher da minha vida , só que eu acho que o destino não queria a gente junto naquele momento por quê foram tantos desacertos e tantos desencontros mas de uma coisa eu tenho certeza , dela eu não desisto nunca . Nesse tempo que eu saí do alemão e vim pro Cerol sempre que eu tinha o tempo livre , coisa que era rara , eu ia atrás dela mas como eu disse ela assumiu da empresa não atendia mais o telefone e até́ a casa dela parecia que não tinha ninguém e por muitas vezes eu até pensei em entrar dentro da casa pra ver se ela realmente tava lá , mas sempre que eu ia fazer isso o meu rádio ou meu celular tocava falando que tinha algum B.O no morro que eu precisava resolver e eu acabava voltando sem ter a resposta que eu tanto precisava . Eu não sei quanto tempo se passou nem o que aconteceu eu só́ sei que eu escuto várias vozes e sinto as pessoas tocando em mim , mas eu não consigo entender o que tá acontecendo só́ sei que depois de um tempo eu paro de sentir tudo de novo só que aí eu começo a escutar a voz da Melissa me chamando , e pedindo para que eu vá́ a salvar e então eu começo a entrar em desespero chamando por ela e perguntando aonde ela está́ , mas a única coisa que ela faz é me pedir socorro eu começo a gritar cada vez mais alto chamando por ela na esperança de que ela possa me ouvir e me dizer aonde ela está́ , mas eu só escuto ela me pedindo para ir rápido antes que seja tarde demais porque ela não sabe por quanto tempo mais vai conseguir aguentar tanta dor , e então eu me esforço cada vez mais para sair de onde eu tô mesmo não sabendo onde é , e então depois de muito me esforçar eu consigo acordar do que eu pensei ser um pesadelo , mas eu sei que foi real e que ela precisa de mim eu olho em volta e vejo que estou em quarto branco e então vejo a minha mãe e a Nanda do meu lado .
Rute - graças a Deus você̂ acordou .
Danone- preciso sair daqui , eu tenho que ir salvar ela .
Nanda - você̂ não pode sair.
Danone - eu tenho que ir salvar ela .
Eu tento me levanta mais a minha mãe não deixa , e pede pra Nanda ir chamar o médico .
Rute - filho se acalma você̂ acabou de acordar .
Danone - mãe eu tenho que ir , ela precisa de mim .
Rute - ela quem meu amor , a invasão já acabou , você̂ foi atingido e ficou uma semana em coma .
Danone - uma semana ? não, não pode ser , eu tenho que ir .
Eu me levanto e tiro o acesso que está́ no meu braço e então o médico entra no quarto.
Médico - você̂ não pode se levantar , se não eu vou sedá-lo de novo .
Danone - ninguém vai encosta em mim , eu vou sair dessa porrä e vai ser agora.
Nanda - irmão volta pra cama por favor.
Eu nada respondo , só́ saí andado e quando tô̂ perto da porta eu vejo o Prego vindo .
Prego – caralh0 , onde tu vai ?
Danone - eu tô indo salva a Melissa .
Prego - irmão cê tá delirando? Cê nem sabe onde ela tá.
Danone - mais eu sei que ela precisa de mim .
Prego - então vamos atrás dela .
Eu saio com ele da UPA e já entramos no carro que tá parado em frente e vamos saindo do morro e eu vou direto na casa dela espero que ela esteja lá e que esteja bem e que tudo isso tenha sido só́ um sonho .
UMA SEMANA APAGADO, PELO VISTO ELE FOI BEM FERIDO.
PORQUE MELISSA SUMIU TÃO REPENTINAMENTE?
ESSA CONEXÃO DE DANONE E MELISSA É TÃO FORTE ASSIM AO PONTO DELES SE CONECTAREM A DISTANCIA, MESMO ELE EM COMA? OU SERÁ QUE FOI APENAS UM PESADELO?
ESTARIA MESMO MELISSA PRECISANDO SER RESGATADA?
200 COEMNTÁRIOS PARA O PROXIMO CAPITULO