Capítulo Doze – O Refúgio Que Se Torna Silêncio

988 Palavras

Sophia O chalé parecia respirar comigo. O estalo da lareira não era apenas som: era como um coração pulsando dentro da casa, acompanhando o ritmo acelerado do meu peito. A chuva batia nas janelas com insistência, e eu sentia que cada gota que escorria pelo vidro carregava um pedaço da minha dor. O cheiro de madeira queimada misturava-se ao perfume de Gabriel, criando uma atmosfera íntima, quase mágica. Era como se o mundo lá fora tivesse desaparecido, restando apenas nós dois e aquele refúgio escondido no meio da tempestade. Quando ele me segurou, percebi que o calor não vinha só das chamas. O sofá de couro, gasto pelo tempo, parecia nos acolher, como se tivesse sido feito para testemunhar encontros como o nosso. O toque dele contra a minha pele me lembrava que eu ainda estava viva, m

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