Cedric - O Shifter

Capítulo 2

Thomas Smith

A minha história parecia que os havia abalado tanto quanto minha presença inusitada.

_Sr. Smith, sua Sophie se parece com nossas mulheres? O senhor as viu enquanto entrava? – perguntou Cedric, um dos membros do conselho.

_Não. Ela se parece mais com o tipo de Jessie e tem os cabelos pretos. – disse olhando a jovem ao lado de Justus.

_É uma das presentes! Estava com você desde bebê? – perguntou surpreso Spieren, o outro conselheiro.

_Sim. A criamos como filha e tem os mesmos direitos que meus outros filhos. Mas o que é uma presente? - quis saber.

_As presentes foram criadas para serem fracas e submissas. Tiveram uma vida sofrida, cheia de abusos de todos os tipos que puder imaginar. – respondeu Jacob.

Com essa resposta não me contive e comecei a chorar, afinal o choro já estava querendo sair a muito tempo. Todos entendiam o que eu estava sentindo. Jessie veio para meu lado e segurou minha mão preocupada

_O que vai acontecer com elas? Quem as levou e por quê? – estou desesperado – Eu preciso da ajuda de vocês. Meus homens não conseguiram nada. Nenhuma pista.

_Se acalme Sr. Thomas – Justus tentou me acalmar e olhou para cada rosto na sala enquanto pegava o telefone – Nós iremos ajudar. Tiffani chame Torin Murphy. Quero-o aqui o mais rápido possível.

Enquanto esperávamos por Torin, chefe da Força Tarefa, Justus e os outros explicavam para mim como funcionava Patrída e a Reserva. Explicava sobre os Shifters e os grupos de ódio que se encontravam no portão, principalmente que tinha muitas pessoas protestando por influência de notícias falsas lançadas na mídia e fiquei curioso. Outra curiosidade foi o casamento de Jessie e Justus, foi-me explicado o significado de companheira e fiquei impressionado e muito feliz com a felicidade dos casais.

Pensar que seus prováveis filhos estavam felizes e casados lhe trazia um pouco de paz ao seu coração cansado.

_Sr. Thomas enquanto o senhor contava sua história... – falava Justus – ...vi alguns dos papeis do envelope. Sei que o senhor também já os viu e provavelmente não entendeu muita coisa. Então merece alguma explicação. Quando estávamos presos éramos chamados por números e quando fomos libertados escolhemos nossos próprios nomes. Aqui provavelmente o senhor encontrará alguns de seus descendentes, mas gostaria de analisar os documentos com mais calma e resolver um assunto de cada vez.

_Claro Sr. South, eu entendo. Só gostaria de conhecê-los e minha esposa também. Sei que não seremos uma família, mas se possível gostaríamos de saber como estão.

_Claro, eu entendo – e foi interrompido pela batida na porta.

– Entre. – pediu Justus.

_Me chamou, Justus. – Torin entrou.

_Sim, temos uma situação delicada e extremamente sigilosa. Este é o Sr. Thomas Smith, ele precisa da nossa ajuda para recuperar suas duas filhas que estão desaparecidas. – Torin me olhava intrigado enquanto ouvia, não entendia o que a Força Tarefa tinha a ver com minhas filhas ou como foram agregados aos shifters – Sei que parece estranho, mas uma da filhas dele é uma presente.

Os olhos de Torin pareciam que ia saltar do rosto de tão espantado que ficou, pelo visto esta seria a primeira vez que isso acontecia.

_Bom... É impressionante, uma filha tem certeza? Desde quando ela está com o senhor? - Torin perguntou impressionado, era claro que ele não acreditava no que o eu estava dizendo e precisava de provas.

_Sei que o senhor não está acreditando. Sabia que isto poderia acontecer por isso trouxe algumas fotos dela, pode ver por si mesmo – disse colocando sobre a mesa várias fotos que deixou todos surpresos.

Nas fotos tinha uma pequena jovem de cabelos pretos abraçada com uma mulher ruiva, minha esposa. Em outra ela estava com meus filhos que eram muito parecidos comigo. Outra com uma moça morena e tinha até uma com um grande cão e uma dela dormindo. Podia se perceber que era muito amada e amava a todos também.

_Certo. - concordou Torin depois de ver as fotos - O que o senhor acha que aconteceu? Tem certeza de que elas não fugiram? Afinal nessa idade elas fazem muito isso e pelo que pude perceber, tem sempre seguranças por perto. Elas podem ter se cansado dessa vida de controle. - disse desconfiado.

_Tenho certeza de que aconteceu alguma coisa com elas. Pouco antes delas sumirem Sophie me ligou perguntando minha opinião sobre um presente para a mãe que estavam comprando. Todas são muito unidas! As meninas nunca, repito nunca mesmo, saíram sem avisar para onde iam. Elas se davam muito bem com os seguranças e sabem que segurança é muito importante. Eles as viram crescer.

Justus estava pensativo, ele entendia a minha preocupação e tentava imaginar uma solução para o problema.

- O senhor permitiria que nossos homens visitassem sua casa? - ele foi tirado dos seus pensamentos por Cedric, um dos conselheiros.

- Isto. Assim nossos homens poderiam pegar o cheiro das meninas aí iríamos ao shopping para ver se achamos alguma pista. - completou o Jadiel.

- Claro, podemos ir assim que quiserem. - concordei.

- Torin, monte a equipe e leve os caninos. Ele possuem um olfato mais apurado e podem achar alguma coisa. Assim que tiverem uma pista me avise. Enquanto isso vou estudar os documentos que o Sr. Smith me entregou. - orientou Justus.

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Torin Murphy

Levou pouco tempo para montar a equipe, pois todos estavam em Patrída. Como na noite anterior teve uma festa no bar e como todos beberam a mais os homens humanos da equipe, acharam melhor pernoitar no dormitório masculino, marcando para saíssemos bem cedo pela manhã.

Cedric causou muita estranheza ao querer participar da equipe, surpreendendo a todos. Pois sabiam como o macho canino era arredio quando se tratava de humanos, não que não os suportasse, apenas gostava de ficar afastado. Ele nunca teve interesse em participar da equipe ou mesmo se envolver com as fêmeas seja de Patrída ou da reserva. Nem aceitava compartilhar o que passou quando ficou preso nos laboratórios da Éblis Hadria. Só esperava que ele não lhe causasse problemas.

Distribui a todos as informações sobre a nova missão e o quanto sabíamos sobre as filhas do Sr. Smith.

A viagem até a casa dos Smith foi rápida. Assim que entramos na propriedade do Sr. Thomas o orientei a ligar para casa e saber quem estava presente. E deixei no viva voz para que todos escutassem.

­_Oi Christoffer­, como estão às coisas aí? Quem está na casa? - O Sr. Smith perguntou ao seu chefe de segurança e amigo de longa data pelo que ele me explicou - Estou chegando e os irmãos de Sophie estão comigo. - o ouvi dizer o que deixou a mim e os outros surpresos com estas palavras tamanho a naturalidade que tratava a todos.

_Senhor tudo em ordem. Apenas seus filhos e as namoradas. Quer que peça para saírem? - ele sabia a importância do sigilo. Gostou do profissionalismo do homem!

_Sim. As garotas não sabem de nada, então é melhor manter assim. Peça para os meninos levarem elas para passear e me avise assim que saírem.

O Sr. Smith nos explicou sobre as namoradas dos filhos e pelo que entendi Antony, o mais velho, estava noivo de Anne que namoravam desde o colégio. Também explicou que desconfia que Anne sabe que o noivo esconde algo, mas que tiveram uma longa conversa onde seu filho explicou que o segredo não era apenas dele e sim da família, por isso não poderia contar. Pelo que entendeu ela aceitou sem grandes problemas, pois amava a todos e entendia a situação.

Stefan, o mais novo dos dois, namora Mary a menos de um ano e está não entende o relacionamento que o jovem tem com a família, em especial com Sophie. A tal da Mary não aceita o amor exagerado dos irmãos, até mesmo o de Antony pela irmã e isso já foi motivo de muita discussão entre o casal.

_Pronto senhor. Já saíram. Podem vir. A senhora os está esperando. - informou o chefe de segurança.

Com cautela os carros foram se aproximando da casa. Eu e os outros podíamos ver vários homens fazendo a vigia da área e uma senhora ruiva parada na varanda ao lado de dois homens.

Thomas foi o primeiro a descer, sendo seguido pelos outros. Percebi que ele olhava a esposa com atenção, procurando o menor sinal de medo. Se estivesse na situação dele faria o mesmo. Nem todos se sentiam confortáveis na presença de shifters.

Como de costume quando estávamos em território externo fizemos a formação para a proteção dos machos Shifters presentes os colocando ao centro. Assim que Cedric e Bodgan apareceram percebi que a esposa do Sr. Smith, Karen ficou assustada, pois os machos eram muito altos e musculosos. Está sempre era a primeira impressão que eles causavam nas pessoas que nunca o tinham visto. Ela estava acostumada com a filha e foi uma surpresa vê-los afinal.

_Sejam bem vindos, eu sou Karen. - apresentou-se a eles estendendo a mão.

Ambos olharam para o Sr. Smith constrangidos, mas expliquei a situação embaraçosa.

_Eles estão esperando sua permissão, Sr. Smith. Para os Shifters, interagir com a companheira de outro macho sem a permissão do companheiro é falta de respeito e motivo de briga. - expliquei.

_Oh, perdão. Não queria deixá-los constrangidos. - disse Karen recolhendo a mão.

_Tudo bem rapazes, sem problemas. – Thomas sorriu e achou interessante a situação – Se mais de nossos homens tivessem a mesma consideração que vocês têm com nossas esposas, muitas discussões não existiriam.

_Obrigado, senhora. - disseram ao mesmo tempo, o que provocou um sorriso em Karen. Ela estava abatida e quase não sorria. O menor sorriso era motivo de alegria para o marido que a amava muito.

_Entrem. Meu marido me disse que vocês precisam visitar o quarto das meninas. Por aqui, por favor. - observou os machos olharem o Sr. Smith, novamente antes de seguirem a esposa dele pelas escadas da varanda para entrarem na grande mansão a sua frente.

_ Podem seguir Karen rapazes. Fiquem à vontade em perguntar e mexer no que quiserem, a casa e de vocês. - sorriu divertido o Sr. Smith. Era tudo muito novo para eles.

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Minhas lindas,

Queria muito ler os comentários de vocês sobre o desenvolvimento da história.

Divirtem-se e me de seus corações. Loucas para isso!!!

Beijocasssssssssssssssss...