Capítulo 3

1558 Palavras
Giulia Morabito Hoje acordei mais animada que o normal e olha que eu costumo acordar animada todos os dias. Finalmente é o dia da cerimônia de pose do meu irmão, apesar de todas as pessoas chatas que estarão aqui, uma em especial faz o meu dia ser mais alegre. Não vejo a hora de vê-lo, faz tanto tempo que não nos encontramos. — Bom dia, família! — Cumprimento o meu pai e a minha mãe. Dou um beijo no rosto da minha mãe e quando chego no papai, ele me abraça apertado. — Bom dia, filha. — Mamãe se levanta. — Já estou de saída, preciso organizar umas coisas. Ela se aproxima e dá um beijo no meu pai. Eu acho tão linda a relação dos dois. É amor demais! — Ansioso para o dia de hoje, pai? — Puxo conversa enquanto estamos comendo. — Um dia normal como tantos outros. — Lança-me uma piscadela, com um sorriso bonito no rosto. Minha mãe é linda, maravilhosa e perfeita, mas o meu velho, caramba... meu velho é lindo demais! Eles são um casal perfeito! — Pai, você é um gato, sabia? Ele ri. Eu amo esse som. — Tô velho, cheio de rugas e cabelos brancos. Levanto e vou até ele, abraçando-o e beijando a sua bochecha. — Mas para mim, você é o homem mais lindo desse mundo todinho! Ele puxa a cadeira, arrastando-a para o seu lado e bate para que eu me sente. — Eu te amo, minha princesa! — Faz carinho no meu rosto. — Hoje é um dia especial para o seu irmão, eu sei que você é uma filha maravilhosa e que não fará nada de errado, não é mesmo? — Nadinha. — Confirmo. — Ótimo. Se arrume e fique ainda mais linda do que já é, isso se for possível, é claro. — Não está querendo me arranjar um marido, não é pai? — Para que vou te arranjar um marido? Você já tem um e muito em breve estarão casados. — E que marido seria esse? — Um aí, vou contar agora não. — Fala rindo. — Ah pai! Não inventa essa história de me casar com o Théo não. — Me levanto. — Nós somos só amigos, nada além disso. Vou saindo da sala de jantar, mas escuto ele falar: — Melhor ainda, da amizade para o amor é um pulo. Reviro os olhos. Recuso-me a aceitar essa história de casamento com o Théo, eu fujo para as montanhas, para o lugar mais longe possível, mas não me caso com ele. Eu amo o Adler, porque o meu pai não fala de me casar com ele? Tenho certeza que ele sabe do que sinto, até porque nada passa despercebido por ele. Tento esquecer essa história e vou me arrumar, hoje eu preciso ficar maravilhosa para encontrar o homem dos meus sonhos. [...] Todos da família já estão aqui, menos o Adler, acho até que ele não vai aparecer. — Tia. — Me sento ao lado da tia Alice. — Adler não ia vir? — Daqui a pouco ele está aí, ficou de resolver um negócio para o seu pai antes. Sei bem o tipo de negócio que ele está resolvendo. — Ah sim. Pego uma taça de champanhe que o garçom passa servindo. — Giulia, para de ficar atrás do Adler, você vai se meter em encrenca. — Poxa tia, você sabe que eu gosto dele. — Eu sei, minha querida. Mas você precisa entender que não é isso que Adler quer, sem contar que o seu pai nem cogita a ideia de um casamento entre vocês dois. — Meu pai quer me casar com o Théo, mas eu não quero. — Théo é a melhor opção para você. — Ah tia! Ele é um galinha! — E Adler não? — Preciso pelo menos beijar esse homem uma única vez. — Duvido que ele aceite tal coisa. Respeita a nossa família demais. — Mais é só um beijo tia, ele não vai desrespeitar ninguém pode causa disso, até porque, ninguém precisa saber. — Sabe Giulia, olho para você e lembro de quando eu tinha a sua idade, era exatamente assim quando eu era jovem. Já te falei todo o sofrimento que as minhas atitudes impensadas e inconsequentes me trouxeram, não é mesmo? — Você sempre amou o tio Enzo, sabe que esse sentimento não se apaga do dia para a noite. — Sei também que nada que te falar vai mudar o que você quer. Ah Giulia, eu já fui você um dia. — Tia Alice sorri. Meus olhos são direcionados diretamente para o homem que mexe com o meu coração. — Ele é tão lindo! — Suspiro. — Tenho que admitir, Adler é muito bonito, não é à toa que se parece com o meu marido. Nós duas rimos. Observo ele conversar com a nossa família e depois se aproxima de onde eu e tia Alice está. — Alice. — Cumprimenta ela com um beijo na cabeça. — Giulia. — Me dá um simples aceno de cabeça. Fico morrendo de inveja do cumprimento carinhoso que ele direcionou para a minha tia. — Oi Adler. — Abro um sorriso enorme para ele. — Sente-se comigo. — Tia Alice propõe e eu fico animada com essa possibilidade. — Vou tomar um banho e depois eu volto. Assim que ele avisa, dá mais um beijo na minha tia e some do nosso campo de visão. — Tia, eu vou lá nele. Ela arregala os olhos. — Vai aonde, Giulia? Ele foi tomar banho. — Só quero falar com ele. — Giulia, não faça nada que vá se arrepender depois. — Eu não vou, prometo. Abro um sorriso confiante para ela e me levanto. Olho bem para ter certeza de que não tem ninguém me vigiando e subo as escadas, indo em direção ao quarto de visita que tenho certeza que Adler está usando para se ajeitar. Por sorte, a porta não está trancada e eu entro. O barulho do chuveiro me faz ter a certeza de que ele está aqui e essa confirmação eu tenho ao ver o seu terno branco em cima da poltrona. Pego o seu terno e cheiro... Adler tem um cheiro forte, másculo, incrivelmente “sexy”. Deixo seu terno no mesmo lugar e me olho no espelho. Eu não sou uma mulher f**a, porque Adler não me nota? Uma ideia muito louca surge na minha cabeça e fico tentada a arriscar, é tudo ou nada. Tiro a minha roupa, ficando apenas de calcinha e me deito na cama, esperando Adler sair do banheiro. Eu sei, é loucura, mas eu preciso ser louca quando se trata desse homem, não aguento mais ser ignorada por ele. Impossível seminua ele não vai me notar. Quando escuto a porta do banheiro de abrir, o meu coração dispara. Adler para na minha frente com a toalha enrolada na cintura e os olhos arregalados. — Que p***a* é essa, Giulia? Forço o sorriso mais sensual que consigo. — Uma surpresinha para você. — Engatinho até a beirada da cama e tento encostar nele, mas ele se afasta. — Você ficou louca?! — Praticamente grita. Pega o meu vestido que está jogado no chão e joga em cima de mim. — Veste essa m***a* e sai daqui! Ignoro o seu pedido e me levanto, me aproximando dele. — Vai falar que você não me quer? — Passo a mão por seu peitoral incrivelmente definido, mas ele segura os meus pulsos. — Não me faça perder a cabeça com você, Giulia. Em respeito à sua família, estou pedindo com educação, coloca a sua roupa e dê o fora daqui! — Adler, é impossível que você não sinta nada por mim. — Dou um beijo em seu queixo e ele fecha os olhos. — Giulia, não seja tão louca. — Quando ele abre os seus olhos, posso ver que está muito nervoso. Coloco a mão por cima da toalha e fico impressionada com a sua ereção dura. — Viu? Você me quer... porque se fazer de difícil? Ele empurra a minha mão. — Eu sou homem, p***a! — Justifica o fato de estar de p*u* duro para mim. Sorrio, me sentindo vitoriosa por deixá-lo e******o. — Então faz o que o seu corpo está pedindo. — Passo a língua por seu peitoral e empurro-o, fazendo cair sentado na cama. Não dou tempo dele questionar e subo em seu colo, rebolando desavergonhadamente. Eu quero esse homem e vou jogar pesado. Sua mão forte aperta as minhas bochechas. — Eu não vou fazer isso, você ouviu? Não me abrigue a tirá-la de cima de mim e desse quarto à força. O seu pai não vai gostar de saber que a filhinha dele está praticamente pelada, em cima de mim e me implorando para fodê-la. Antes que eu tenha tempo de responder, a porta do quarto é escancarada e um Luigi furioso entra. — Que p***a* é essa Adler? — Exclama. Adler me empurra, tirando-me de cima dele. Quase caio no chão. — Luigi, não é isso que está pensando. — Adler tenta se justificar. Pego o meu vestido e coloco na minha frente, tentando tampar o meu corpo. Não armei tudo isso para que fossemos pego, mas agora é tarde, a confusão está armada e prevejo tempestade.
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