Reencontro

2100 Palavras
Estar liberta depois de tanto tempo era um prazer, uma satisfação, na minha cabeça a Carla antiga havia morrido deixando espaço apenas para alguém que era a própria definição de frieza. Depois de passar a noite com Dylan me levantei bem cedo durante a manhã, fui lavar meu rosto e fazer o meu skincare, coloquei minhas roupas e o meu casaco de sempre. — Vamos Hector — falei passando pela sala de estar e pela cozinha indo em direção a porta da frente. — Mas e o café da manhã? — Vamos — lancei um olhar que queria dizer que eu não iria repetir mais de uma vez. Fomos até o centro da cidade que não ficava muito longe de mim, durante o tempo todo Hector estava atrás de mim, apesar de fazer diversos serviços ele era alguém devidamente treinado, isso queria saber que ele sabia matar quando era preciso e por isso ele sempre foi um tipo de guarda costas de mim apesar de eu nunca precisar, eu estava na mão de Petri durante todo esse tempo, muito antes de ele me trancar naquele quarto miserável, eu percebi durante aquele tempo que eu já estava presa a muito tempo. Continuei andando pela cidade comprando tudo que meus olhos gostassem. — Vou ao banheiro — falei e andei rapidamente logo em seguida. Hector estava muito ocupado com as sacolas e as caixas em suas mãos, ele não iria conseguir me seguir, abri o meu espelho de bolso e confirmei que ele não havia conseguido me alcançar. Desci uma ladeira até os subúrbios da cidade onde ocorriam as trocas e transações ilegais, entrei em uma das lojas que havia ali. Seu interior fedia a pólvora, indicava que eu estava no lugar certo. — Você é a mulher de quem? — um homem baixo e barrigudo se virou por trás da bancada cheia de armamentos e me encarou de cima a baixo. — Achei que me reconheceria, não se passou tanto tempo. Ele continuou me encarando enquanto eu observava bem as armas que estavam na parede. — Achei que a coelhinha fosse um pouco mais famosa — falei em um tom de ironia. — Carla? — dei um sorriso — O que você faz aqui? Achei que ainda era o coelhinho de estimação do Dylan. Minha expressão no mesmo tempo mudou, ele conseguiu arruinar meu humor com apenas uma frase, ao notar em como eu tinha ficado incomodada ele deu uma leve risada, olhei firme e ele desviou o seu olhar. — O que você quer aqui? — Preciso de uma arma que dê para esconder debaixo do meu vestido e uma faca. — E por que você não pede ao seu dono? — ele nem sequer me olhava para conversar, ele limpava o seu balcão com um pano sujo, esse era o respeito que eu tinha. — Porque ele não vai saber disso — joguei uma pequena bolsa de dinheiro para ele. Seu olhar imediatamente levantou para mim. — Você acha que isso pode me comprar — ele gargalhou abafado, provavelmente devido a quantidade de droga que ele fumava no dia. — Claro que não — desta vez foi minha hora de sorrir enquanto seu rosto estava sério — Isso é só um pequeno agrado. Ele me encarou com uma cara feia. — Eu sei que você não é o seu cachorrinho fiel e eu tenho provas disso, se não quiser que os homens do Dylan venham caçar sua cabeça eu aconselho a você ficar caladinho — falei enquanto minhas mãos passeavam pelas pistolas semi automáticas. Ele fez uma careta mas se obrigou a aceitar, Dylan nunca deixava um traidor sair impune, ainda mais sendo um de seus homens. Peguei uma das armas que estavam ali e uma pequena faca junto com dois coldres para colocar nas coxas com as armas, peguei uma caixa e fui embora da loja, agora era a hora de encontrar aquele pessoa, eu sabia onde era a sua casa mas quando cheguei lá não havia nada além de um terreno vazio, a casa simplesmente tinha subido deixando apenas um monte de destroços. — Isso vai ser um problema — coloquei meus óculos escuros. Voltei para onde Hector estava, ele se desesperou assim que me viu, por último fui em uma loja e comprei dois celulares, depois das compras voltamos para casa. Dylan não estava em casa, subi para o quarto e fui pegar o celular reserva, ele seria usado apenas para falar com Taylor, quando já era tarde da noite fui até onde estava a boate, reconheci alguns rostos e outros não. —- Olha só quem voltou — Sara saiu do camarim. — Claro, eu sempre terei o meu lugar — dei um sorriso. — Não se anime muito, alguém teve que substituir você enquanto não estava aqui — suas mãos imundas passaram no meu caso, eu poderia quebrar o seu braço mas atualmente ele era a favorita, eu apenas me meteria em problemas se chegasse a fazer algo como isso. Fui para a frente da boate, o lugar era o mesmo mas agora estava muito mais cheio que antes — aparentemente os negócios estavam bem mesmo sem a minha presença — isso na verdade era bom, seria um problema gerenciar um negócio que não ia bem. Fui até a sala em que Dylan costumava ficar, estava completamente vazia mas não abandonada, apenas não era usada frequentemente, joguei todas as coisas que estavam na mesa para o chão e me sentei na poltrona, como a favorita dele eu apenas podia me sentar em seu colo enquanto ele estava aqui, mas agora não seria mais assim. Depois de alguns minutos me levantei e fui para a área vip e me sentei onde ele sempre ficava observando do seu ponto de vista, olhando ao redor mão pude ver ninguém parecido com Taylor mas era apenas questão de tempo até ele aparecer, as notícias corriam rápido e em pouco tempo as pessoas iriam saber que eu estava livre e agora chefiava a boate. Passei a noite apenas observando, eu ainda seria apresentada como a gerente da boate então não havia nada que eu pudesse fazer por enquanto. No dia seguinte Dylan me apresentou oficialmente agora com um novo cargo, algumas não estavam entendendo porque sequer sabiam que eu era mas logo começaram a entender, durante meu tempo fora Sara fez questão de ser tratada como a favorita, sempre que eu passava nos corredores elas falavam de como eles ficavam bem juntos e de como eles sempre ouviam os dois transando na sala que agora eu estou mas nada disso me abatia, Dylan não era o mesmo para mim e eu não era a mesma para ele, éramos como completos estranhos agora. Cerca de três dias depois eu notei um movimento diferente, primeiro entraram alguns homens, cerca de três e sentaram em uma mesma mesa, em seguida entrou um loiro que assim que entrou começou a olhar ao redor, quando seus olhos se encontram com os meus ele deu um sorriso de lado e subiu até onde eu estava sentando-se na minha frente. — Eu podia jurar de já ter acontecido algo assim antes — falei sarcástica. — Acho que sim. — Achei que nunca viria, não acha que demorou um pouco demais? —- Bom — ele falou se ajeitando na cadeira — Digamos que eu estava resolvendo algumas coisas. — E como estão as coisas? — peguei um cigarro do meu bolso e ele acendeu com o seu isqueiro. — Uma loucura e você? — Igualmente — eu disse soltando a fumaça com cheiro de menta. — Passei na sua casa mas estava completamente destruída e agora você também tem seguranças… — Acho que aqui não é o melhor lugar. — Não se preocupe — me levantei e andei um pouco, olhei para trás e balancei a cabeça para que ele me seguisse. Descemos as escadas e passamos pela porta dos fundos de acesso restrito onde dava no meu escritório, sentei-me na cadeira. — Fiquei sabendo que agora você é a dona desse lugar — falou ele olhando bem ao redor. — É assim que as coisas são agora, passar alguns anos sendo mantida em cativeiro muda um pouco as pessoas. — Penso o mesmo — ele se encostou na minha mesa. Passei algum tempo em silêncio enquanto ele me encarava, seu olhar não se desviava nem por um segundo de mim, joguei o cigarro no chão e pisei, em seguida fui andando em sua direção e fiquei de frente para ele, segurei seu queixo e uni nossas bocas com um beijo, não deixei de usar bem a minha língua, ele segurou firme minha cintura em resposta e levantou o meu vestido me tocando. — Não tenha pressa querido. Por acaso estava com saudades? — eu falo entre os beijo junto com um sorriso malicioso. — Você não tem ideia — ele me colocou encostada na mesa e me penetrou lentamente. Nosso sexo foi violento e cheio de sede, sede de nós dois, dos nossos corpor juntos e daquela sensação de prazes que nos invadia, suas estocadas eram fortes e faziam a minha mente ficar completamente em branco mas eu não me permetia ficar submissa dessa forma com ele. — Achei que quisesse conversar — ele falou enquanto me penetrava cada vez mais forte. Senti meu sangue ferver e subir lentamente para a minha cabeça, agarrei a gola da sua camisa social e o joguei na minha cadeira, caminhei lentamente e por um breve momento memórias surgiram na minha casa — eu sabia já ter feito aquilo uma vez — mas esvaziei a minha mente, o meu foco era o que estava na minha frente naquele momento. Sentei em seu colo beijando o seu corpo e enquanto isso passeava minhas mãos e alisava por entre as suas pernas, ele segurava sua voz enquanto mordia o seu lábio inferior,fiz questão de olhar bem o seu rosto enquanto sorria. — Não pense que venceu — sua voz quase não saía da sua boca de tamanho prazer. — Claro que não, eu ainda não terminei aqui — me posicionei bem e comecei a sentar lentamente fazendo diversos movimentos. Sua expressão se tornava cada vez mais maliciosa, eu nasci para isso, para controlar um homem. — Baixe a sua cabeça — ele constantemente tentava ficar olhando a minha expressão mas eu segurei seu cabelo com uma das mãos forçando ele a olhar para baixo — Veja bem. Em pouco tempo nós chegamos ao nosso clímax e rapidamente ele pegou as suas roupas. — Achei que iria querer mais — acendi mais um cigarro enquanto estava apenas de calcinha e sutiã. — Vão estranhar se eu passar tempo demais. Levantei-me da cadeira e peguei uma caneta e um papel, ele esperou eu terminar de escrever. —- Aqui — entreguei para ele — Compre um celular novo e use exclusivamente para falar com esse número — ele acenou a cabeça e foi embora. Vesti as minhas roupas e fui embora para casa, Dylan ainda não havia chegado, essa provavelmente seria a minha nova rotina, eu sabia que ele estava trabalhando bastante mas não achava que fosse dessa forma. Tomei um banho relaxante e me deitei na cama e fiquei pensando. Eu queria um quarto apenas para mim, terei um pouco mais de privacidade apesar de me afastar ainda mais de Dylan mas ele está tão ocupado que certamente não iria se importar. Enquanto eu estava dormindo senti um peso cair na cama, me virei e Dylan estava sangrando. — Dylan! — olhei em seus olhos, suas pupilas estavam dilatadas e sua cabeça escorria muito sangue. Desci correndo e gritei no meio da sala para que chamasse o médico, rapidamente Daniel chegou e o examinou levando ele até o hospital e eu o acompanhei. Rapidamente ele foi encaminhado para a sala vip e precisou de uma operação de emergência, eu tive que ficar esperando do lado de fora. Eu não estava nervosa nem afobada mas eu ainda sentia uma certa ansiedade em meu peito até que de repente eu senti o meu segundo celular vibrar, só poderia ser uma pessoa. — Taylor? — falei baixo para não haver risco de ninguém me escutar. — Está apenas começando — ele falou — A máfia está começando a atacar Dylan e os seus, ele deve ter levado um tiro na cabeça, não vai demorar muito até que ele descubra quem foi. Respirei fundo. — Certo, vamos para a fase 2 do plano — falei e em seguida desliguei o celular quando alguém havia se aproximado.
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