Danilo Bernardi
Eu ainda estou na recepção do hospital e falei brevemente com o meu pai por ligação. Contei a ele sobre a Irina ter sido drogadä e também comentei do abortö. Foi uma das piores coisas que eu precisei contar, sendo que ainda nem tinha tantos detalhes.
Depois de falar com ele, uma enfermeira veio me atualizar e soube por ela que a Irina teve, sim, um sangramento repentino, mas não foi em grande quantidade. No meio dos exames, ela teve crises de vômitos e reclamava de dores sem saber bem identificar se era abdominal ou cólicas.
Ela não falava coerentemente.
Eu tentei entrar e fui até a porta do quarto, mas ficar ao lado dela era impossível. Fiquei vendo-a pela brechä enquanto a médica a acompanhava e a movimentação era intensa. Nada fazia sentido na minha cabeça e eu queri
