⚖️ Capítulo V ⚖️

1881 Palavras
TALITA MARQUES; Respiro com dificuldade, após fugir do ambulatório. Assumo que deveria ter procurado ele assim que soube da gravidez, mas o medo que ele rejeitasse meu filho foi ainda maior. Marcos é tudo para mim, e imaginar por um instante, meu filho implorando atenção de alguém, simplesmente por ter o mesmo sangue, me quebra como um cristal, porque conheço na pele, o que é implora por carinho, porém, a única pessoa que me dava, nem era realmente meu parente. Lembro de mandar um email para seu escritório, que nunca foi respondido, e está foi minha única tentativa. Quando soube que estava grávida, tive o pânico inicial, e depois tudo que vinha a minha mente era o meu bebê, e fiz dele o centro do meu mundo, e pronto. Gastón, aquele maldito parecia tão perfeito, que deveria ter desconfiado. Conheci ele através de uma amiga, e com muita insistência sua, aceitei iniciamos esse relacionamento. Ele tentou aproximasse do Marcos, e meu filho sempre teve uma opinião bem forte, e não deixou brechas. — fui irresponsável! — deixo meu rosto desmoronar sobre minhas mãos, cheia de angústia. Acho que seu interesse no meu filho início a uns três meses, quando Marcos deslocou o pé, e precisou ficar em casa. " — uma semana em casa mãe. — meu filho reclama indignado, por ter que faltar aula. — é o tempo de recuperação. — sorri do seu drama, e beijei seus cabelos. — o Gaston trouxe uns livros pra você. — aponto os livros sobre a escrivaninha. — ao menos ele tem bom gosto. — implicou como sempre. — porque não gosta dele?! — questiono deitando ao seu lado. — não é que não goste, apenas não tenho interesse na companhia, ou existência dele. — declarou dando de ombros, aperto seu nariz arrebitado. — talvez ele seja uma pessoa legal, quando não está tentando fazer casar com ele. — tudo bem filho. — declaro, respeitando sua opinião." Nunca forçei amizade entre eles, e nem permite que Gaston inpusese sua presença a ele, como participante da família. " — p***a Talita! Odeio isso. — reclamou me vendo vesti-se. — quero dormir com você. — tenho que ir. — aviso dando um selinho, e pegando minha bolsa. — boa noite. — desejei ao loiro, antes de sair." Ele odiava o fato de não poder ter liberdade para visitar minha casa, ou dormimos juntos, mas nunca senti desejo de tê-lo tendo essa i********e junto a minha casa, e consequente meu filho, até que tudo mudou. " — mãe, olha só isso?! — meu filho mostrou empolgado, um gibi antigo, do capitão América. — é original da primeira edição. — que legal filho, só irei tomar banho, e venho ler com você. — aviso retirando o tênis. — como conseguiu?! — Gaston que trouxe. — deu de ombros, folheando as páginas. — ele disse que tem mais alguns, que a dona Margarida havia guardado. — não sabia que ele tinha vindo aqui. — comento, sentando-se ao lado do meu bebê. — veio ver como eu estava, e trazer esses gibis. — deu um pequeno sorriso. — ele não parece ser tão babaca. — filho! — reprendendo rindo por seu palavrão. — desculpa. — beijou meu rosto, me abraçando. — pode trazer ele mais vezes, se quiser. — tá bom filho. — sorri levantando. — volto já." Confesso que gostei, de saber que estavam se dando bem. Já estava a quase três anos juntos, e talvez mesmo com privações, eles estavam construindo algum laço de amizade, o que seria importante. " — mãe, você acha que tomei banho direito?! — enrolado a toalha, mostrou atrás das orelhas. — claro amor. — cheirei meu bebê, abraçando seu corpo. — porque? — Gaston perguntou se eu precisava de ajuda com o banho. — travei no lugar com essa história. — como assim? — incentivo tentando ficar calma. — não sei. — deu de ombros, começando a se secar para vesti-se. Fiquei com aquela história na cabeça, e no mesmo dia, falei com Gaston, porque não sei ficar em silêncio, se algo me incomoda. — desculpa amor. É que sei que você é bastante ocupada, e o Marcos já está ficando grandinho, e tem que aprender a lavar as partes íntimas, e entender que algumas coisas são normais, e nada melhor que um igual para ensina-lo. — explica-se, e levanto irritada. — quem disse que ele não sabe?! Sei cuidar do meu filho Gaston, ensinei a bastante tempo Marcos fazer sua higiene íntima. Sou enfermeira, e tenho propriedade sobre esse assunto. — declaro sem esconder meu descontentamento com sua invasão. — desculpa vida, só quis ajudá-la. — baixou o rosto constrangido, e pensei se fui muito dura, porém, não regredi. — só não metasse mais na criação do meu filho. — exige, e ele me encarou com certa irritação. — não entendo esse nosso relacionamento Talita, parece que não deseja evoluir. — reclama levantando-se. — quantas vezes já pedi você em casamento?! Dez, vinte vezes? Foram tantas vezes, que já me acostumei a recusar. Não sinto vontade de casar, e morar com ele. — nosso relacionamento, não envolve a criação do meu filho." Aquela conversa ficou na minha cabeça a todo instante, e até conversei com uma amiga, e ela disse que estava sendo muito severa, porque Gaston estava apenas querendo participar da nossa vida, porém, quando os dias passaram, percebi que não estava certo. " — o que acontece amor? — me preocupo, ao entrar no quarto, e ver o olhar contrariado do meu filho. — hoje estava conversando com Tadeu, e seu namorado falou um monte de coisa, intimidando meu amigo. — confessou, me fazendo assustasse. — pode me contar exatamente o que aconteceu?! — tento saber, antes de tomar uma atitude. — ele foi me buscar no colégio, acompanhado da Camila, e quando me viu conversando com o Tadeu, foi lá e parecia que iria agredi-lo. — suspirou pensativo. — disse que não deveria está acompanhado daquele "tipo de gente", porque o Tadeu é diferente. O amigo do meu filho, é delicado, talvez um pouco afeminado, porém, confesso que isso nunca me incomodou, ou ao meu filho. Gosto da amizade dos mesmo, Tadeu é muito educado, e uma boa companhia ao Marcos. — sinto muito meu amor. — confesso segurando suas mãos. — preciso trabalhar hoje, mas amanhã quando chegar, iremos a casa dele, me retratarei e você poderá conversar com ele. — Obrigado mamãe. — me abraçou, e beijou meu rosto. — eu amo você, e... — diga meu amor. — peço tocando seu rosto. — não quero mais Gaston vindo aqui. — declarou, e encarei seus olhos escuros, sabendo que não era apenas àquilo. — somos só nos dois amor, e quero que me fale qualquer coisa. — puxo meu menino grande para meu colo, querendo muito que ele me fale tudo. — vou termina com Gaston, já havia avisado que não aceitaria que ele invadisse nossa vida, e isso chegou ao extremo. — não precisa terminar por isso mãe. — o corpo do meu filho tensionou, e faço que ele olhe nos meus olhos. — Marcos. Eu te amo, e essa questão já está resolvida. — aviso, e meu filho me olha com certo desespero. — por favor filho, me fala. — não diz que te contei?! — pediu, e assinto em promessa. — lembra que a senhora me explicou, que as vezes quando estivesse me lavando ou algo do tipo, meu pênis poderia ficar um pouco ereto? — assinto em concordância. — ele ficou perguntando coisas sobre essas situações. — o que?! — meu peito está apertado, e quero afundar no meu próprio desespero. — ele ficou falando que com a minha idade, já conseguia ejacular, e essas coisas. — contou incomodado. — que poderia me ensinar. — o que você fez? — tento controlar o nervosismo. — disse que não tinha necessidade, e ele ficou insistindo. — baixou o olhar nervoso. — ele mostrou o dele. — disse com nojo. — céus. — meu estômago embrulhou. — ele disse que se contasse a senhora, você iria se arrepender. — assumiu que foi ameaçado." Nunca havia me sentido tão desesperada. No mesmo dia, falei com o Tiago — amigo, e advogado —, queria ir a delegacia no mesmo instante, porém, veio o grande desafio, precisava de alguma prova. — apenas a palavra do meu filho, não valeria. — e isso me fez ficar assustada. " — não sei o que fazer Tiago. — declaro assustada. — se encontra com ele, e tenta descobrir algo. — aconcelhou me encarando. — ele é de uma família importante, e se não tivéssemos alguma prova, não fará nem cosquinha. — vou marcar de encontrasse com ele, e irei gravar. — aviso e ele concorda rapidamente. Ele me ajudou a me controlar, e não pular no pescoço daquele desgraçado assim que vê-lo. Sei que será difícil, porém, irei tentar. — oi querida. — Gaston sorriu assim que viu, e quis bater nesse desgraçado até não poder mais. — precisamos conversar. — vejo um pouco de temor brilha em seus olhos. — claro. — sento-se, e me encarou. — você... Seu desgraçado. — não consigo me controlar. — você tentou toca-lo, você... É um maldito doente. — calma Talita! — olhou ao redor, com medo de chamar atenção. — ele deve está confuso, não foi nada disso. — você mostrou esse seu p*u imundo pro meu filho, e o assediou. — acuso, e ele se faz de ofendido. — jamais querida. Só queria conversar com ele, explica que era normal ter ereções na sua idade. — opõe, com pressa. — você é muito dura com a criança, é claro que sentisse mais confortável a falar esse tipo de coisa comigo. — não sou dura com ele. — declaro irritada por ele está distorcendo a conversa. — você está com ciúmes dele, porque estamos construindo um relacionamento fraternal. — acusou, e percebi o que ele estava fazendo. — fraternal é o c*****o. Não quero que aproximosse do meu filho seu desgraçado. — levanto daquele lugar, sabendo que poderia cometer algo que poderia me arrepender. — você está ficando paranóica, não é de hoje que está fazendo essas acusações absurdas." Quando encontrei Tiago, e mostrei a gravação, ele disse que não teria muita utilidade, mesmo assim fui até a delegacia prestar uma queixa, e para minha surpresa, o delegado já tinha uma gravação igualzinha. " — perseguição e calúnia. — o delegado me acusou, após ouvir a gravação. — meu filho poderá contar o que aconteceu. — aviso, porém ele me olha com deboche. — sobre sua influencia, para prejudicar seu ex?! — neguei vendo ele modificar tudo que falava. — Gaston não oficializou a denuncia, porém, podemos mudar isso, se você insistir." Fiquei desesperada, todavia, não é uma chance que aquele desgraçado saísse impune, então passei a investiga-lo por conta própria, e foi quando descobri que ele estava movendo os seus advogados, para pedir a guarda do Marcos. Quando dona Margarida ligou tarde da noite, dizendo que o senhor Hernesto havia se machucado, e estava me chamando, não pensei duas vezes a ir até eles, porque o filho poderia ser um doente, mas o casal de velhinhos eram pessoas maravilhosas.
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