Mel
A nossa confraternização é hoje, e eu não estou muito animada para isso não. Ainda nem vi a roupa que vou usar, e também nem levantei da cama.
* Amiga? Vou de short mesmo, você vai de que?* - a mensagem de Nataly me desperta.
Levanto da cama, e vou para o meu guarda roupa. Procuro uma roupa confortável, pois vai ser uma festa com piscina, e por mais que eu não vá toma banho lá, eu também quero fica a vontade.
Acho uma macacão jeans que a bastante tempo não o uso, e isso está mais que bom.
Procuro uma rasteirinha e um óculos de sol, e meu look está completo.
Vou para o banheiro, tomo meu banho e vou pentear a minha juba. Meu cabelo está enorme, e nesse verão, tudo que passa na minha cabeça, é corta ele na nuca. Eu odeio calor, e sempre que estou com ele solto, parece que nunca mais vou parar de suar.
Passo uma maquiagem basiquinha, enfio o pé na rasteirinha, procuro uma bolsa, e coloco batom, rímel, Trident, um gloss, uma chuchunha e meu celular.
Vou no grupo da escola ver como eles estão, e está todo mundo animado lá já.
Aí, não acredito que vou chegar na festa, e já vai está todo mundo bêbado.
Reviro meus olhos com o pensamento.
Saio de casa, tranco a porta da sala, e vou descendo direção a rua pra chamar o Uber, e encontro minha amiga de sofrência.
- Amiga...- ela fala assim que me ver descer as escadas.
- Mulher, você está sumida em, o que está acontecendo?.- faço cara de desconfiada e ela rir culpada.
Término de descer as escadas, e ela me espera para poder me dá um abraço.
- Está tudo bem?.- pergunto a abraçando.
- Está sim amiga, estou com o tempo muito corrido, e estou resolvendo as coisas do divórcio.- ela fala, e logo seu rostinho cai.
- Eu te entendo, logo logo sou eu que irei resolver essa situação.- falo torcendo os lábios, e ela sorrir tímida.
- Mais para onde você vai assim toda gata?- Mariane pergunta me reparando de cima a baixo.- quando vai assim volta?- ela sorri animada me zoando.
- Aaah, eu queria mesmo que não voltasse tão cedo.- nos duas damos uma gargalhada e logo depois nos despedirmos.
Vou para o portão pra chamar o Uber, e ela vai para dentro de casa.
Está tão calor hoje, mas graças a Deus o vento está fazendo um ótimo trabalho, se não fosse isso, eu nem sairia do meu quarto hoje, meu edredom estava ótimo com o ar-condicionado trincando.
...
Assim que desço do Uber, entro no salão onde está sendo a confraternização da escola.
Passo pelo portão, e já consigo ver uma área movimentada, o pessoal já estão dançando e alguns na piscina.
- Sua vaca, por que demorou tanto? - escuto a voz da Priscila assim que vou me aproximando mais do pessoal.
- Eu dormi mais que a cama, foi m@l.- me desculpo abrindo as mãos.
- Já pega um copinho pra fica no clima.- Victor me oferece um copo descartável, e eu aceito de bom grado.
- Tá cheio isso aqui já né.- observo as pessoas no meio do salão dançando.- As novinha da tarde já já levanta.- comento, e ele começa a rir.
- É só toca as músicas que eles gostam.- ele também comenta e eu concordo sorrindo.
Encontro mais algumas pessoas que trabalham no meu turno, e paro pra conversar com eles. Depois também falo com algumas pessoas do turno da tarde que eu conheço, e depois fico de boa na mesa com meus amigos, rindo e bebendo bastante.
...
- Aí, onde é o banheiro?- pergunto cortando a Priscila que estava falando m@l da roupa de alguém.
- É ali ô, perto dos engomadinhos.- fala Andressa, e eu olho pra direção que ela me indica.
Tem uma área separada para alguns homens que estão tudo bem vestidos, alguns estão até de terno e gravata. Tem uns homens não muito felizes atrás deles, com os braços cruzados que parecem ser seguranças.
- P0rra, tinha que ser logo ali, quando eu estiver bêbada, vou fazer como pra passar por eles?- bufo irritad@, de ter que passar perto deles.
- Aaah mulher relaxa, ninguém vai reparar em você, esses homens tem cara de gostar de Paniquetes.- Priscila fala, e eu faço careta para ela.
- Eu sei disso ridícul@, estou falando pela vergonha mesmo.- ela sorri debochando.
- Duvido Mel, passa ali com essa sua rab@ e com esse cabelão de enfeite na bwnda, e esse corpo maravilhoso que você tem, duvido que um ali não olha.- Nataly me defende, provocando Priscila.
- Nossa, mais do jeito que você falou, parecia até que você também gosta.- Victor fala sorrindo.
- Eu apenas sou verdadeira, admiro o que é bonito.- Nataly da de ombros e eu dou um mini abraço nela.
- Relaxa amiga, tô acostumada com gente recalcad@.- falo debochando da Priscila, e ela revira os olhos divertida.
- Sério, eu preciso ir no banheiro.- falo me levantando, e indo em direção ao banheiro toda sem graça.
As novinhas já estão lá, jogando a bwnda na direção da área vip, sem vergonha nenhuma. Tem umas que não tem nem peito direito, e eu só olho e balanço a cabeça. Esses cara devem ter só mulherão, loiras, siliconadas, belíssimas, e essas maluc@ se matand0 pra serem notadas, só estão passando vergonh@ mesmo. Pelo menos, essa eu não passo.
Vou no banheiro, faço o que tenho que fazer e depois saio.
Eu estou com tanta vergonha, que nem olho nem para o lado. Porém, sinto uma sensação estranha, como se alguém tivesse me observando, odei0 quando isso acontece, porque eu começo a esquecer como se anda.
Tomara que eu não caia aqui meu Deus.
Sem procurar por olhos curiosos, vou direto para a mesa, e lá já estão todos comendo.
Eu fico com água na boca, quando percebo que tem um pratinho com comida e carne na direção da minha cadeira.
- Que bonitinho, eles lembraram de mim.- falo me sentando de volta na cadeira.
- Eles não bebê, quem lembrou foi o seu pretinho aqui.- Victor fala sorrindo cheio de gracinha, e eu mando um beijo para ele, e as meninas reviram os olhos.
Victor é apenas um amigo, eu brinco com ele porque não vejo maldad3 nas coisas que que fala, acho que é mais zoação mesmo.
Comemos o nosso churrasco de boa, e quando acabamos, nós voltamos a ficar de pé, pois beber sentado pega muito mais rápido, e a essa altura, nós já estamos misturando a p0rra toda.
É cerveja, gin com limonada, Jurupinga, tequila, paw na coxa, tudo que tinha a gente estava mandando pra dentro. Hoje foi o dia que viemos preparados para sair carregados.
- É só eu, ou vocês também estão vendo que o gostoso e maravilhoso do Antony Berrutti não para de olhar pra nossa direção?- diz Priscila toda animadinha.
- Gente, quem é Antony Berrutti?- eu pergunto antes de olha, pra não da na cara que estou procurando o cara.
- Não é possível que você não conhece.- Andressa me olha de boca aberta e eu balanço a cabeça que não.- o cara é só o homem mais rico do estado.- ela fala como se fosse óbvio, e eu fico igual uma idiot@ olhando para ela.
- Amiga, é o de blusa social slim jeans, com botões vermelhos e calça preta, ele esta sentado ao lado do prefeito, e todos estão quase em cima dele. A traz dele, tem uns 3 seguranças, não tem errada, assim que você olhar, você vai saber logo quem é.- Nataly me da as coordenadas, e eu disfarçadamente guio minha cabeça para área vip.
Os meus olhos congelam em um homem lindo, com cabelos castanhos, lisos e penteados para traz, o rosto dele é quadrado, porém seu queixo é um pouco fino, mandíbulas bem contornadas, nariz pontudo, sua blusa um pouco justa, faz seus músculos bem definidos se destacarem através dela, os lábios dele são avermelhados e carnudos, perfeitamente desenhados. E falando em desenho, consigo ver em seu pescoço uma tatuagem surgir por de traz da gola de sua blusa, que o torna ainda mais sexy.
Por mais que ele esteja com um óculos escuros escondendo seus olhos, parece que eu fico hipnotizada com a visão dele, que parece olhar diretamente para mim. A muito tempo um homem não chama tanto a minha atenção assim, nem os caras que peguei nas baladas assim que descobri a traição do meu ex marido, talvez Bruno tenha me feito sentir algo parecido, porém, faz tanto tempo, que eu não consigo me lembra da alguma vez que me senti tão fascinada por uma pessoa assim, ainda mas para uma primeira vez.
- Ele é perfeito.- Priscila diz lambendo os lábios me tirando do transe.
- Pena que ele jamais ira olha para você, não é minha queria.- disse Nataly debochada, e elas entram em uma pequena discussão. Eu no entanto, continuo espiar o homem mais lindo que eu já vi na vida.
- Você gostou mesmo em.- sussurra Victor no meu ouvido, me fazendo quase ter um treco.
- Que susto garoto.- coloco a mão no peit0, tentando fazer meu coração desacelerar.- Eu só o achei bonito.- sorrio com vergonha de ele ter me pego no flagra, admirando o milionário.
- Relaxa, eu também gosto de reparar o que é bonito.- ele sorri divertido e eu faço o mesmo. Olho uma última vez para o moreno tatuado, e agora ele esta digitando algo em seu telefone. Tento mudar meu foco para outro lugar, sei que isso é quase impossível, mas procuro me distrair com outra coisa que não seja ele.
Álcool! Isso sempre ajuda.
Começo a beber com o pessoal, até me distrair completamente da presença de um ser humano completamente maravilhoso, a uns 10 metros de mim. A final, com tanta mulher nesse lugar, e sem fala das novinhas quase se quebrando de tanto dança diante dele, duvido muito que perceba minha parecença aqui.
...
Algumas horas depois, o álcool já começou a fazer efeito em mim, e eu começo a acha a festa incrível e animada. Danço e canto junto com as meninas, a gente faz alguns storys para o instaram, e também para o t****k. Na verdade eu fico so fingindo, por que eu não consigo aprender nem as dancinhas mais simples.
- Meu Deus, você não consegue aprender nenhuma, não é possível.- Priscila bufa irritada, e eu dou uma gargalhada.
- Na minha época não tinha essas coisas não, mas coloca um bonde das maravilhas ai pra você ver se eu não vou até o chão.- o efeito do álcool já esta batendo com tudo, e se bobear eu fico até de cabeça pra baixo.
- Ainda bem que a concorrência já foi embora.- Victor fala e eu automaticamente lembro do bonito-sexy-tatuado, e lanço o meu olhar em direção a ele feito bala.
Porém, me decepciono ao ver sua cadeira vazia, e os monstros zangados atrás deles também se foram.
- Aaaah para, que concorrência meu filho, acha mesmo que aquele Deus grego vai querer alguém dessas festa?- pergunta Priscila abrindo os braços, alterada pelo álcool.- não tem concorrência meu amor, e se tivesse, você teria perdido pra qualquer um.- ela sorri debochando dele.
- Não foi isso que você disse a um tempo atrás.- ele revida o olhar de deboche, e ela fica completamente vermelha.
- Provavelmente eu não estava no meu melhor momento.- ela fala tomando um gole de sua bebida tentando disfarçar a vergonha.
- Mentira, você queria ele mesmo, ele que não te quis Priscila.- Andressa dispara rindo, e apontando pra Priscila que parece afundar em seus pés.
- Gente, então essa implicância com Victor e Mel o tempo todo, é na verdade ciúmes?- Nataly fala colocando a mãos na boca, fingindo espanto.
- Vocês estão viajando.- Priscila diz completamente sem graça.
- Pessoal, deixa a menina.- eu falo sorrindo e vou pegar mais uma cerveja na caixa, deixando eles lá zoando.
...
Depois de mais algumas horas de festa, a noite esta começando a cair, junto com os olhos bêbados de quase todos ao meu redor, inclusive o meu.
Eu sinto minha cabeça girar, e começo a ver as pessoas borradas. Forço a vista para tentar ver corretamente, mas a minha visão já foi junto com a minha dignidade. Sinto meu corpo flutuar de um lado para o outro, e eu não consigo parar de sorrir.
- Acho que eu estou bêbada.- o som da minha voz sai completamente embolado, e arrastado, porém, eu tenho quase certeza que eu falei corretamente.
- Eu também amiga.- Andressa me olha com os olhos miúdos também sorrindo, e com a voz arrastada.
- Acho que está na hora de eu ir embora.- eu bambeio em meus pés, e começo a rir feito uma hiena, de absolutamente nada. Como Andressa estava no mesmo nível alcoólico que eu, ela ria igual.
Pronto, zerei meu limite, cheguei ao estagio que eu queria, agora já posso me retirar do recinto.
Começo a me despedir das pessoas bêbadas e risonhas assim como eu, e quando chega a vez de Davidson, que era o único que estava o mais próximo do sóbrio, ele me encara de cima a baixo e fala.
- Você consegue ir embora nesse estado sozinha?- pergunta ele me observando preocupado.
- Amigo, é so colocar a função casa no Uber, não se preocupa.- falo sorrindo para ele.
- Ta bom, mas eu vou te leva no portão para ter certeza disso.- ele fala e como eu não tenho nem forças para discordar, eu aceito a sua gentileza.
Mas, Victor tem algo a dizer sobre isso, já que aparece do meu lado do nada.
- Pode deixar que eu levo ela.- diz ele pegando no meu cotovelo, e me levando para a direção da saída.
Eu olho pra Davidson com um sorriso bêbado nos lábios, enquanto sou arrastada pelo braço, e ele somente balança a cabeça.