Piloto

1166 Palavras
A torcida gritava meu nome e eu sabia que Diego se aproximava com a bola e mais uma vez era uma jogada crucial. Aos quarenta e cinco do segundo tempo literalmente e nós tentávamos tirar o empate entre os times e garantir nossa vitória. A bola veio em minha direção e naquele momento parecia que tudo era em câmera lenta. Ela veio devagar e eu com uma certa voracidade acertei meu pé em cheio, naquele minuto a torcida parou, um silêncio sufocante, até que ouve uma explosão de vozes e gritos de alegria. A bola havia driblado o goleiro e acertado em cheio a rede. O juiz apita fim de jogo e todos do time me erguem. Isso sempre foi meu combustível, ser a estrela dos ursos de Kennie, nosso time, mas isso brevemente iria sair totalmente do meu controle, e a causa disso tinha nome e sobrenome... Alguns dias depois Eu me levantei da cama com sono. Era minha rotina desde sempre, na mesma casa, no mesmo quarto e na mesma cidade, eu nasci aqui em kennie coast e nunca fui pra outros lugares exceto em viagens de família. Eu havia construído uma reputação desde quando passei para o colégio e o futebol que é a minha grande paixão me ajudou muito, eu era magro alto, feio e invisível até entrar para os ursos que me fizeram ganhar peso e músculos isso me fez um cara bonito e simpático. Tenho 17 anos e moro com minha mãe Eva, uma mulher que eu admiro muito por ter me criado com educação e respeito, da mesma forma com a minha irmã mais nova. Jolie é seu nome. Nosso pai foi preso alguns anos atrás por tráfico de drogas, ele era caminhoneiro. Nos nunca fomos próximos o suficiente até mesmo pra termos um diálogo, até então fui visita - lo somente umas duas vezes em sete anos, mas sempre quando o encontro nos brigamos por conta desse crime que ele cometeu, da forma que eu fui educado não suportava esse tipo de comportamento. De forma geral não tenho nada a reclamar da minha vida, tenho as coisas que preciso e nunca passei necessidade de absolutamente nada, devo tudo isso a minha mãe, que como disse anteriormente me ajudou a construir o que sou hoje. Eu pulo da cama e vou para o banheiro logo ligo o chuveiro e escovo os dentes ao mesmo tempo, vou sentindo a água quente cair e me excitar, eu sempre tive os hormônios bem aflorados, de certa forma até tenho que me controlar. Saio do banho e visto meu uniforme que consiste em camiseta branca com o brasão da escola e calça jeans, coloco minha pulseira, e meu cordão que sempre vai comigo, tem uma pedra que segundo o vendedor que comprei traz sorte, pego minha mochila e vou pra cozinha. – Bom dia dona Eva. -falo dando um beijo em seu rosto. - bom dia irmazinha.- também deposito um beijo em seu rosto. – Bom dia irmãozão. -Jolie diz. – Bom dia filho parece que acordou animado hoje.- ela diz e me assusto com a capacidade dela me conhecer somente pelo meu jeito de falar e agir. – Tô sim mãe, ainda efeito da vitória - sorrio. – Tá com fome?- ela é mesmo um anjo. – Sim mãe e com muita.- digo, minha mãe ri e coloca meu café. Como rápido e saio depressa caminhando rápido pelas calçadas. A escola não é muito longe então chego em uns quinze minutos. vou ouvindo música e pensando na vida, até que vejo a grande fachada de Ever green high school, uma escola bastante conservadora, com grande significado pra essa cidadezinha do interior, era grande e toda pintada de verde escuro e cinza, alguns amigos já me esperam nas escadas. Tenho três melhores amigos, todos conheci em minha pré adolescência até então estamos juntos para tudo, Blaine é meu companheiro das festas e baladas, Diego é mais íntimo companheiro de time e suporte para a minha popularidade e por último Claire que sempre está me apoiando e que considero como irmã. Assim que chego na entrada avisto Claire que vem me abraçar, ela tem os cabelos castanhos claros quase loiros, um pouco mais baixa, tem um corpo de modelo, um rosto alegre e uma conversa que cativa qualquer um. Quando a gente brinca que é irmão todo mundo pensa que é verdade, a única diferença gritante são os olhos azuis acinzentados dela, os meus são quase verdes, meio mel é uma cor maluca. – Ei cabeçao tudo bem? - ela diz rindo e me abraçando. – Tudo ótimo girafa. - A gente sempre brincava assim, seguimos nos abraçando. Encontrei Diego no corredor onde parei e conversamos um pouco, ele é um rapaz muito simpático e galanteador, atribuo isso a sua descendencia latina seus pais vieram da Argentina, ele tem os olhos castanhos, um corpo grande e o cabelo baixinho. Lhe dou um meio abraço e um toque em sua mão conversamos pouco e eu fui pra sala. Eu sou do terceiro ano o mesmo de Claire e Diego, Blaine é do segundo. A aula ia bem até que toca o sinal nos sempre vamos para a cantina pegamos nosso lanche e sentamos na mesa de sempre, logo Blaine chega, sempre querendo chamar a atenção das meninas como um grande pavão que abre suas penas exuberantes, ele é magro tem um corpo legal um cabelo extremamente preto e os olhos castanhos, nos vivíamos brincando, nossa mesa era bem frequentada era como se a escola vivesse em uma hierarquia primeiro o time de futebol, as líderes de torcida e os que possuíam grana depois vinham os Bad boys que implicavam os outros garotos e os inteligentes e bonitos que conversavam com todos logo após vinham os nerds o pessoal alternativo e por último os esquisitos ou chamativos, que sofriam bastante preconceito, eu não tinha nada contra mas não fazia nada pra defende - los. Estávamos voltando para sala, quando aconteceu uma ascidente entre mim e um cara novo foi bem assim: estava conversando com meus amigos destraido e de repente trombo feio com um cara que não me pareceu ser estranho, mas que eu nunca havia visto na escola. – Ei, olha por onde anda o i****a. -eu digo. – Você que não tava olhando, viado -o cara diz. Eu nunca gostei que me chamassem de qualquer nome, mas não sei o que me deu naquele momento e parto pra cima mas felizmente meus amigos me seguram, olho bem em seu rosto ele era loiro e tinha os olhos azuis com um tom esverdeado como o mar, os mesmos olhos que focam em mim junto a uma expressão forte, ele sai a passos largos e firmes.. Era estranho o modo como meu corpo ficou sentindo aquela batida, senti um djavu quando me lembrei daquele rosto, eu já estava paranóico por não saber onde vinha aquela sensação, será que eu devia procurar saber mais sobre esse cara?
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