Alexandre narrando Já estou em casa. Nessa p***a dessa casa que hoje parece ainda maior. Mais vazia. Mais fria. Uma mansão de concreto e silêncio. Cada parede que me cerca parece cuspir o nome dela. Ellen. O eco dela ainda pulsa entre essas paredes. O perfume dela sumiu, mas a lembrança ficou impregnada como mofo no teto. Mas se antes isso me causava saudade… agora só provoca ódio. Ódio puro. Ódio denso. Um rancor que atravessa meu peito como uma adaga quente. A raiva que me consome tem cor. Tem cheiro. Tem gosto. E tem nome. Ellen. O nome dela vibra nas minhas veias. Arde como álcool em ferida aberta. Eu passo por essas salas de piso branco e móveis de revista e só consigo pensar em uma coisa: como destruir ela. Como acabar com cada chance que ela acha que tem de levantar a voz cont

