Coringa narrando Meu telefone tocou de novo. E dessa vez, quando eu bati o olho e vi o nome do advogado, minha mão suou mais do que já tava. Atendi no primeiro toque. — Fala, doutor. — Já tô com a Ellen, Coringa. A gente tá voltando pro morro agora. Fechei os olhos por um segundo, como se o mundo tivesse voltado a girar no lugar. Mas ainda com aquele aperto no peito que não me deixava respirar direito. — Passa o telefone pra ela. — falei, já sem paciência. Ouvi um silêncio breve, um som de movimento, e aí veio a voz dela… baixa, embargada, arrastada. — Alô… — p***a, amor, tá maluca? — disparei na hora. — Por que tu não me atendeu, c*****o? Eu fiquei tentando, tentando, quase fui pra p***a do Conselho atrás de você. Que merda é essa? Tava em reunião o quê, a reunião durou quanto t

