Karan é um enigma que eu não deveria querer desvendar.

1425 Palavras

Karan Fico sozinho, apenas eu e a minha amargura, cercado pelo peso esmagador das lembranças que nunca me abandonam. Vou até a cama e me sento, os ombros caídos sob o fardo invisível que carrego todos os dias. Meus olhos recaem sobre as duas fotos expostas. Com mãos trêmulas, pego a primeira e encaro o momento congelado no tempo: minha família, todos juntos, sorrindo em frente à nossa casa. Hoje, aquele lar não passa de escombros. A outra foto, menor e mais pessoal, é de Samira. O sorriso dela, tão sincero, contrasta cruelmente com a ausência que grita em meu peito. Foi ela quem me deu essa foto no dia em que nos conhecemos, quando tudo parecia simples e cheio de promessas. Abaixo a cabeça, pressionando os dedos contra as têmporas. Uma dor afiada me perfura, não apenas no corpo, mas na

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