Juliana estava nervosa, dirigia, mas não falava uma palavra, assim como Bruna ao seu lado permanecia em silêncio. A garota mais nova vestia uma camiseta cinza, calça jeans apertada e usava um chapéu preto na cabeça, sua marca de estilo, a n***a a olha rapidamente e suspira, a pele branca e o sorriso angelical na professora de luta era o que mais chamava a atenção da advogada.
- Hum... É ali.
A voz suave, mas firme da loira faz Juliana suspirar mais alto, cada vez mais percebia que as coisas com a menor iriam ser complicadas. Ela para o carro em frente a um prédio modesto, agora nem sabia o que dizer, as coisas ficam estranhas com as duas sozinhas.
- Está entregue.
- O... Obrigada. _ Bruna tira o cinto e segura firme sua mochila. – Você quer entrar? _ Bruna nem soube como teve coragem de perguntar aquilo, mas a verdade era que queria isso, queria que Juliana aceitasse.
- Hum, não quero incomodar.
- Você... Você não vai incomodar, tem... Acho que tem suco e lasanha, podemos comer, é o mínimo que posso oferecer depois da sua carona, sei que mora bem longe daqui.
Era verdade, o apartamento da n***a era perto do prédio onde Valentina morava, em um bairro nobre, não que o da professora fosse marginalizado, porém era inferior ao seu, ser empresária da lutadora dava lucros, assim como a academia ia muito bem, além de Valentina ser rica.
- Certo, então eu aceito.
As duas descem do carro, algumas pessoas ficaram observando elas entrarem no prédio, assim como o carro luxuoso, as roupas de Juliana também chamava atenção, calça e blusa social, além do seu salto fino de cor preta.
- Ei, Bruna, o Fernando hoje estava animado. _ O porteiro disse assim que viu a garota.
- Caramba, desculpe, Antônio. _ A loira responde, sem jeito.
- Tudo bem, você sabe que eu o adoro.
A professora assente e logo entram no elevador em total silêncio. Juliana se perguntou quem era Fernando, talvez namorado? Ela nunca viu Bruna com alguém, seja homem ou mulher, aquilo a desanimou um pouco, talvez ela de fato não tenha nenhuma chance. Logo o elevador se abre e elas saem, Juliana apenas seguia a garota observando o lugar, era humilde, mas ainda assim aconchegante.
- Pode entrar, vou colocar a lasanha para esquentar.
Bruna diz, mas antes que Juliana responda algo, elas escutam um latido e o som das patas correndo pelo lugar, a professora sorri e se abaixa.
- Oi, meu amor, como você está?
A loira passava as mãos nos pelos do animal, Fernando é um cachorro, o melhor amigo da garota, era vira-lata, os pelos todos preto, aquela constatação fez até a n***a sorrir.
- Oh, esse é o Fernando, meu melhor amigo.
Bruna eleva o corpo de novo e encara a advogada, ela que observava a cena com admiração. O animal se sentou e colocou a língua para fora, era uma desconhecida, mas desde já ele gostou de tê-la ali, por isso latiu.
- Nossa, que rapazinho comportado. _ Juliana acariciou sua cabeça.
- Sim, ele é agitado, mas inteligente e amigo, todos aqui gostam dele.
- Isso é ótimo. _ As duas sorriram e se encaram.
- Vem, se senta aqui. _ A professora aponta para o balcão, onde Juliana se acomoda no assento ao lado.
- Você mora sozinha?
- Sim, às vezes meu irmão vem aqui, mas é difícil, ele mora em outro bairro, costuma aparecer nos fins de semana. _ A menor dizia enquanto pega a lasanha e coloca para esquentar no micro-ondas.
- Legal. _ Foi tudo o que Juliana conseguiu dizer ao admirar a garota se mover pela pequena cozinha.
- Vou logo avisando que é simples, eu que fiz, mas... Não é nada comparado ao que você costuma comer e...
- Ei, saiba que dou maior valor a comida caseira, apesar de eu estar... Confortavelmente bem hoje no quesito financeiro, nem sempre foi assim, batalhei muito para estar onde estou, com meu diploma e emprego, se posso ter o que tenho hoje é por meu trabalho e pela amizade de Valentina, que confiou em mim e me deu a oportunidade.
Bruna a encarou e se encolheu um pouco, ela não queria magoar ou julgá-la, tentou ser sincera, mas talvez tenha falado besteiras, assim como era sempre que estava perto da n***a.
- Desculpa.
A loira se vira para o armário e pega os pratos, Juliana suspira, sempre exagera e é i****a com as palavras perto de mulheres, principalmente perto daquela mulher.
- Bruna...
- Aqui, espero que goste, vou pegar o suco, é de uva com menta, você gosta? _ A n***a entendeu que o assunto havia acabado, ela respeitou, mas mentalizou que conversariam depois.
- Sim, eu gosto. _ Bruna pega os corpos e coloca em cima do balcão, junto com a jarra. Depois se senta ao lado da n***a.
- Obrigada.
A professora sorri fraco e começa a comer, Juliana faz o mesmo, mas admirava a garota ao seu lado sempre que podia.
- Você é bonita. _ A loira lhe encara com os olhos arregalados. – Quer dizer, claro que você é linda, eu só... Só quis dizer que você é simples, um simples bonito, entende? Que seu jeito simples te faz mais bonita, não que você não seja sem isso, mas... d***a, estou me complicando aqui. _ A menor abaixa a cabeça e respira fundo, a coisa só ficava mais estranha.
- Eu... Entendi, eu acho, obrigada, você... Você também é muito bonita.
Juliana respira fundo, mas foi impossível não sorrir, ela queria que Bruna falasse aquilo olhando em seus olhos. Porém o silêncio depois dessa cena ficou terrível, pois só se escutava o som dos garfos no prato e delas mastigando, era torturante. Quando acabaram, Bruna levanta e coloca as louças na pia, se virando para Juliana em seguida.
- Acho que...
A n***a iria dizer que ia embora, mas quando olhou diretamente para os olhos amarelados da loira sentiu seu coração disparar, ela sentiu aquilo apenas por uma pessoa na vida, talvez aquilo era um sinal, talvez Valentina estivesse certa e ela devesse superar seu passado.
- Juliana... _ A voz da loira era meiga e baixa.
- Você... Você quer sair comigo no sábado?
- Sair? _ Bruna estava nervosa agora.
- Sim, quer dizer, pode ser qualquer dia, não sei, apenas quero... Conhecer você melhor.
A professora respirou fundo e sentiu seu coração acelerar os batimentos, ela diria sim bem alto, porém sua voz saiu mais fraca e baixa do que o normal.
- Hum... Sim, eu adoraria sair com você no sábado.
Juliana sorri, tendo o belo sorriso de Bruna em resposta. Depois disso a advogada se despediu com um beijo longo no rosto da loira, essa que passou a noite toda passando a mão por sua bochecha. A n***a entrou em seu carro e sorriu largo, o cheiro do perfume de Bruna ainda poderia ser sentido dentro do carro. Ela suspirou e deu partida, com certeza aquilo era um bom sinal.
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Talita sorria e sentia seu corpo esquentar cada vez que o rapaz encostava perto do seu ouvido para sussurrar alguma coisa, ela não bebeu, mas sentia-se trêmula com as cantadas dele, era fofo e simples, mas também elegante.
- Que tal irmos para o meu apartamento? _ A garota sugeriu e logo viu ele se afastando, mas puxando seu corpo para perto.
- Você é corajosa, eu posso ser um assassino, e********r, ou quem sabe assaltante. _ A atriz sorriu e aproximou sua boca, roçando lentamente nos lábios do rapaz.
- Oh, querido, com certeza você está indo para o meu apartamento por esse motivo. _ Agora ela leva sua boca para perto do ouvido do garoto. – Eu quero devorar você.
Ele estremeceu, com certeza aquela garota era diferente, era especial, não só por sua espontaneidade, mas por ser tão simples e humilde. Ela contou sua estória a ele, passou por muitas coisas, mas ainda continua sorrindo, mesmo demonstrando força, ela sofria, é uma pessoa especial que precisa de cuidados especiais. Por isso sem esperar mais ele avança contra os lábios da loira, segurando seus cachos com seus dedos firmes. O corpo de Talita encosta no balcão do bar da boate onde estavam, geme com o contato, o suficiente para fazer o corpo do rapaz reagir.
- Vamos sair daqui, eu preciso sentir você corretamente.
Talita gemeu mais alto, sentindo toda a excitação dele perto do seu ventre. Eles saem da boate aos sorrisos, o carro luxuoso do rapaz não demorou a parar na garagem do apartamento da loira, eles entraram e apesar de estar com toda vontade daquilo, ela fez questão de o porteiro ver seu acompanhante, era uma forma de segurança da sua parte.
Não demorou em estarem na cama dela completamente nus, ele entrava e saía na garota com perfeição. Talita tinha as pernas abertas o recebendo gostosamente, gemia o nome dele e ele o dela, gozariam em breve, ele já sentia o s**o da garota o apertar, então abrem os olhos e percebem que ali tinha mais que s**o, mais do que poderiam explicar.
- Beto...
- Talita... _ Então se deixavam estremecer um contra o corpo do outro.