Capítulo 3 - Ela

1745 Palavras
Carter narrando Essa semana foi maravilhosa, eu a vi todos os dias. Seus lábios macios e seus beijos tímidos, me deixaram em um estado de transe e paixão. Há muito tempo não gosto de uma pessoa como gostei dela, Samira pode pensar que não a conheço e observo seus movimentos há muito tempo, porém ela está enganada. Sempre que houveram festas na empresa, eu via aquela doce menina tímida, se excluindo dos demais convidados. Quando sua mãe era viva ela participava das festas da empresa e eu pensava em por que motivo ela se excluía de todos, sendo sua família tão animada e comunicativa. Vocês podem pensar que eu era um t****o que persegue meninas tímidas e indefesas. Mas não sou assim, pelo contrário, a atração não era bem o que eu sentia por ela, mas sim, curiosidade. Talvez uma leve lembrança de quem eu era quando mais novo. Agora estou em sua casa, abrindo caminhos para me aproximar mais dessa princesa de coração partido e alma angustiada. Não gosto da atitude de Paul, ele a trata com rancor. Eu sofri a falta de carinho do meu pai. Só que no caso de Samira, ela teve um contato inicial de amor e carinho com ele, eu nunca tive carinho vindo dos meus pais que só pensavam em suas empresas. Agora vejam só, meu pai está cansado do trabalho, minha mãe se sente sozinha e, eu sou o único objeto de manipulação em suas mãos. Para papai sempre fui um joguete em suas mãos dominantes, e ela acha que só porque é minha mãe tem o direito de construir minha vida a seu modo. Não bastou ela me colocar em um colégio interno aos nove anos de idade, agora ela quer escolher uma mulher para mim, casa, roupas, médicos e o c*****o a quatro. um narcisismo incontrolável de ambas as partes. Mas eu não vou deixar suas mãos manipuladoras me tocarem. Não mais, nem que eu tenha que cortar a mesada da mamãe, e lhe dizer todas as verdades que tanto tinha vontade de falar por anos. Saio de meus devaneios e amarguras ao ouvir a voz de Paul. - Desculpe Samira, às vezes ela exagera. - Quando ele pronuncia o nome da filha, sai em tom de desgosto. - Ela só me respondeu uma pergunta, falou a verdade sobre o quadro em questão, não vejo o motivo de sua vergonha. Se ela fosse algo minha teria orgulho dela. - ele me olha espantado por minhas palavras. - Carter, ela não é o que parece. - sua resposta me irrita profundamente. - Paul, nos conhecemos há quatro anos, sei que sofreu muito, mas ela também sofreu e pelo que vejo ainda sofre, não se torne alguém que ela vá odiar. - seu rosto fica pálido. - Não sei do que está falando. - mentir nunca foi o forte dele. - Paul, escute o que digo e vivi. Meu pai nunca quis dizer que me amava, fui levado para fora do país por atrapalhar sua agenda. Fui jogado de escanteio da vida daqueles que deveriam me ter como prioridade. Passei a odiar meu pai, ter nojo de sua figura patética, mas mesmo eu não querendo eu o amo. Mesmo que você maltrate Samira ela tenta te entender. Vi nos olhos dela que ela sente carinho e dor ao te ver. Só lhe digo uma coisa, ela nunca deixará de te amar; mas quando ela perceber que você não vale a pena, ela não vai querer mais você, sentirá tudo aquilo que você demonstra para ela, e aí meu amigo você vai se arrepender de seus atos. - seus olhos estão em um conflito de emoções. infelizmente, ele é duro de mais para aceitar essa dura realidade. - Posso falar com Samira? - seu olhar confuso cai sobre mim. - Para que? - Quero pedir uma tela para ela. Minha mãe gosta de arte abstrata e de pintores desconhecidos, e como o aniversário dela está próximo quero lhe dar esse presente. - ele me explica o caminho do quarto de Samira e eu saio de seu escritório. Bato na porta e ela não responde. A porta aberta se torna um convite para minha entrada. - Samira? - seu pequeno corpo está no meio da cama, seu rosto angelical tem uma expressão triste, seu rosto está molhado por lágrimas. Vejo angústia em sua expressão. Me aproximo de sua cama e ela se mexe algumas vezes, de seus lábios rosados saem frases baixas e palavras misturadas. - Mamãe não me deixe. - o que antes era um sussurro se torna uma frase audível. - Por favor, não me abandone. Ele não me ama. - agora sua frase se torna um grito de amargura. Logo Cíntia e Paul estão parados na porta do quarto. - Me leva mamãe, eu não aguento mais sofrer. - mais lágrimas caem de seu rosto, seu corpo cada vez mais se agita. Pego Sam em meus braços e tento lhe acalmar. - Sam acorde por favor. - Ela chora ainda de olhos fechados. - MAMÃE NÃO VÁ. MAMÃE! - Ela acorda assustada buscando ar. Tenta se soltar de meus braços mas eu não permito. - Sam calma. - Quando escuta minha voz, seus braços rodeiam minha cintura e ela chora e soluça tendo tremores. - Sam se acalme maninha. Eu estou aqui. - Samira se solta de mim e abraça a irmã. - Por...Por que você me odeia Cint? O que de r**m eu fiz para você e pro papai? - seus soluços estão mais baixos. - Você não fez nada. - Cintia também chora. - Eu amo tanto vocês dois, e isso não é recíproco de suas partes. - seus soluços passaram e agora ela chora em silêncio. Paul vê a cena sem expressão. Ficamos em silêncio por algum tempo até que Samira fala. - Eu deveria ir com ela. Vocês estariam mais felizes sem mim. - uma lágrima cai de seus olhos. Não, Samira eu não estaria feliz sem te ter pequena. - Não diga isso Samira, nós te amamos- diz Cintia com lágrimas nos olhos. - Saíam do meu quarto. - Ela fala mais tranquila .Nenhum de nós se move. - SAIAM DAQUI AGORA, SAÍAM. - seu pai e sua irmã se retiram, quando vou me retirar ela segura meu braço. - Você poderia ficar? - fico feliz com sua pergunta. - Claro pequena. - me sento novamente na cama e puxo Samira para meu colo. - Veio falar de negócios com Paul? - a menção do nome de Paul vem com amargura. - Sim, como hoje trabalhei no período da manhã vim com ele para conferir alguns relatórios. - sua cabeça no meu peito me dá acesso aos seus belos e cheirosos, cabelos compridos. - Quero tanto ficar na cama chorando minhas pitangas, mas sei que nada iria mudar só por causa de minhas lágrimas. - um suspiro alto de sua parte é escutado. - Por quê não tenta se distrair? Que tal fazer um quadro para minha mãe? - Ela me encara. - Que tipo de quadro? - Um com cores vivas ou talvez somente uma forma abstrata que demonstre poder, riqueza ou a tristeza de alguém. Minha mãe tem esse gosto pela arte. - dou de ombros. Samira sorri para mim e bate em meu braço. - Seu aproveitador, mau chegou já quer um presente. - seu sorriso tímido me aquece. - Sou bom em pedir e receber as coisas. - lhe dou um selinho. - Para quando quer o quadro? - Se conseguir me entregar amanhã. - dou de ombros, o aniversário da minha mãe é amanhã, então à noite ela fará um jantar em sua mansão. - Tudo bem. - Ela se senta com as pernas de cada lado do meu corpo e me beija. Seu beijo que antes era tímido vem necessitado. Acho fascinante a posse que ela tem em seu beijo. A dança quente e ao mesmo tempo carinhosa que nossa língua tem é impressionante. - Eu precisava disso. - Ela fala com a testa grudada na minha. - Eu também - agora sou eu quem começa o beijo. Mas como tudo o que é bom dura pouco ouvimos batidas na porta. Sam sai de meu colo e pede para a pessoa entrar. - Sam tem uma amiga sua lá embaixo. - Cintia diz. - Eu já vou descer, deixa só eu mostrar as fotos de uns desenhos meus para ele escolher. - Ela fala calmamente. - Tudo bem. - Cintia sai e fecha a porta. - Por quê não desceu com sua irmã? - Samira fica ajoelhada entre minhas pernas. - Porque antes de descer preciso de seus lábios mais uma vez. - minha pequena retraída está me surpreendendo. - Com todo o prazer sentirá meus lábios. - mais uma vez nosso beijo é uma mistura de sensações. Quando saímos depois de três outros beijos, vejo na sala uma menina n***a de cabelos volumosos e cacheados. - Não sabia que tinha companhia Sam, se quiser volto outra hora. - a menina fala envergonhada. - Não Vivi, este é o chefe de meu pai. O Sr. Dernis essa é Viviane. - aperto a mão de Viviane. - Prazer em conhecê-la, mas eu preciso ir agora.- me viro para Samira. - Eu tenho que ir. Amanhã nós vemos. - beijo sua testa e vou até o escritório de Paul. - Paul estou indo, até amanhã. - os olhos de Paul estão vermelhos. - Tudo bem, até amanhã Carter. - saio do escritório de Paul e vou até a frente da casa, onde meu carro está estacionado. Dirigi para fora do condomínio de mansões e vou para meu apartamento. Quando já estou em meu quarto já sem minhas roupas, vou para o banheiro. A água morna cai em meu corpo, encosto minha testa na parede fria de azulejos, e fico pensando na bela menina de cabelos compridos e olhos sem brilho. Sinto sua boca na minha, fico relembrando seu gemido de satisfação ao provar minha comida e seu jeito doce e sedutor de falar. Sem perceber estou me masturbando. Faço um movimento devagar de vai e vem em meu pênis ereto. Penso nas pequenas mãos de Samira ô segurando, em sua boca macia e quente ao redor de meu p*u, e assim eu g**o forte, sujando a parede e chamando o belo e melodioso nome de Samira. Não sei como, entretanto estou gostando daquela pequena e indefesa garota.
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