O ar naquela mansão estava diferente. Não era mais a rigidez do controle, mas a tensão sufocante da trégua. Aurora não me odiava menos, mas o beijo e os avanços no banheiro, junto com o resgate de Seu Francisco haviam silenciado o ressentimento dela, transformando-o em algo mais perigoso: admiração. Eu podia sentir a confusão dela, e ela me dava a única paz que eu já havia conhecido. Saimos de dentro daquele banheiro em silêncio. Mas era um silencio carregado. Eu precisava de um banho e ela também. Minha roupa a sujou enquanto eu a pressionava contra a parede. Queria levá-la para o meu chuveiro. Tirar sua roupa e seguir de onde paramos. Mas ainda não era o momento. E como disse. Eu queria estar inteiro para fazer tudo o que desejava com ela. Aurora é minha, e esse é ponto. Quando

