and so it ended

2165 Palavras
Jake: Depois que Amanda e eu saímos do banho, vestimos roupas confortáveis e frescas já que a noite estava quente. Peguei nossos telefones, chave do quarto e a mochila que eu tinha arrumado, fomos até o bangalô que eu aluguei. Não era tão longe do hotel, o caminho era tranquilo e os nossos pés caminhavam pela areia fofinha. Quando entramos no bangalô, logo de cara havia uma sala toda enfeitada com luzes e velas. O aroma era como o de baunilha, Amanda olhava tudo maravilhada. Não era tão grande, o bangalô continha apenas 3 cómodos, cozinha, banheiro e sala, mas mesmo assim era definitivamente aconchegante e confortável. A sala é grande, nela tem um sofá que possivelmente abre e vira cama. Uma mesinha no centro posta como uma mesa de restaurante, dois lugares reservados, a comida servida em bandejas, velas aromáticas, taças e vinho. Exatamente como eu havia pedido. — Meu Deus, o que é tudo isso? - Amanda me olha com um sorriso de canto. — Bom.. eu pensei que a gente podia fazer alguma coisa diferente.. só nós dois, e a gente pode comer e conversar.. - dou de ombros retribuindo o sorriso. — Jake, você não ia me ajudar a estudar? - cruza os braços e eu reviro os olhos. — E vou, por isso trouxe essa mochila - entrego a mochila pra ela - mas vamos comer primeiro! - puxo ela até a mesinha e me sento na almofada que estava no chão. - Vai ficar em pé marrenta? — Você gosta de inventar coisa né? - senta no lugar dela e me olha de cara fechada. — o que aconteceu? você estava um amor até agora! Qual o problema? - encaro ela com a sobrancelha arqueada — O problema é você Jake - bufa - eu nem gosto de sushi.. - diz olhando para tudo que tinha na mesa. — Desculpa, pensei que gostasse.. mas eu posso pedir outra coisa pra você - digo cabisbaixo por não entender a razão dela estar me tratando desta forma. — não precisa, não estou com fome. Só come logo pra podermos estudar. - ela abre a mochila e pega o caderno colocando toda a sua atenção nele. Sem v*****e nenhuma como o jantar, eu estava morrendo de fome, mas com o jeito que Amanda começou a me tratar repentinamente tirou toda a graça da noite. Assim que terminei de comer, sentei ao lado dela e ajudei nos exercícios que ela tinha pedido, foi completamente entediante já que não era nada difícil, ela aprende tudo muito rápido e não demorou para que ela já soubesse fazer tudo sozinha. — Já terminei aqui, a gente já pode voltar pro hotel? - ela me olha — Amanda, não estou entendendo você! Eu te fiz alguma coisa? - pergunto já farto — Não, por que? - me olha sem entender — Eu fiz isso aqui tudo pra você, na intenção de termos um momento juntos onde pudéssemos conversar e nos conhecermos melhor! E do nada você me trata como se nem me conhecesse ou até pior.. me trata como se eu fosse um i****a! - me levanto — Ei, calma. - ela levanta também - Jake, primeiramente.. me desculpa mas não vejo motivos para que você fique bravo.. não faz sentido você querer reclamar de nada, estou te tratando como sempre tratei.. não tenho culpa se você está confundindo as coisas. - ela ri e eu fecho a cara - o negócio era a gente ajudar um ao outro, e não fazermos encontrinhos ou afiar conversa.. não somos nada Jake, acorda né. — Isso só pode ser s*******m - digo em tom de ironia e saio de lá sem nem olhar pela última vez na cara dela. Por que ela é assim? Eu não entendi absolutamente nada! Que m*l tem eu querer construir uma amizade com ela? Que dizer, estávamos a algumas horas atrás gemendo de prazer o nome um do outro, e agora ela age como se estivéssemos naquela maldita aula de história no dia que cheguei na college Oxford. O pior é que eu realmente me compadeci dela quando vi a forma que a mãe tratava ela, eu realmente queria entender o que se passa, queria poder ajudar e quem sabe até acolher de uma forma maior. Após andar sem rumo pela praia não sei por quanto tempo, resolvo voltar para o hotel. Eu estava a espera do elevador quando por acaso encontro Rebeca, ela estava vestida com uma roupa curtíssima e parecia estar um pouco alterada. — hey, Jake - ela me abraça - que bom que está aqui, vem comigo - ela pega em meu braço e me leva em direção ao bar De começo eu não ia ficar ali com ela, eu tentei recusar, mas ela disse que só deixaria eu sair dali depois tomar pelo menos um drink. Durante esse drink ficamos conversando sobre vários assuntos e acabou que eu perdi as contas da quantidade de drinks que tomei, quando me dei conta de que já estava fora de sintonia resolvi ir pro quarto. Quando cheguei la e abri a porta, me deparei com Amanda sentada na cama de braços cruzados e uma feição brava. Eu simplesmente fechei a porta e tentei demonstrar estar o mais normal possível. — onde você estava? - sua voz suave e doce saía como cortes de navalha, era notório o quanto ela estava zangada. - já viu que horas é agora? — virou minha mãe? - tiro os chinelos e coloco no canto do quarto — não, mas tive que ligar para o seu pai já que você me deixou sozinha e sem chave! Se eu fosse depender de você estaria até agora do lado de fora, são duas e meia da manhã! - seu tom de voz aumenta - por que você está cheirando a bebida alcoólica? — por que você está fazendo tantas perguntas? pensei que não quisesse conversar fiado! - Tiro a camisa e o calção ficando apenas de cueca - já está tarde, é bom você ir dormir. — E você vai dormir s*******a do meu lado? - me encara — não! - pego um travesseiro e vou em direção ao sofá me aconchegando ali mesmo - boa noite Amanda. - sem obter resposta pego no sono. Acordo com a luz do sol batendo no meu rosto, respiro fundo e ao me esticar sinto um dor intensa na coluna. Me levanto olhando em volta e só então lembro que resolvi dormir no sofá, olho na direção da cama e vejo que ela está perfeitamente arrumada, procuro por meu telefone e o encontro em cima da mesa junto de um bilhete. "Estarei na piscina junto com sua família, quando acordar vá pra lá. ps: Não haja como um i****a. Bom dia - Amanda" Reviro os olhos com o que li e vejo a hora no meu telefone, me assusto ao ver que já era onze da manhã, então corro para o banheiro e tomo um banho gelado para acordar da e vez. Vesti um calção de banho e uma camisa qualquer, peguei uma toalha seca e fui direto para a piscina. Ao chegar lá me deparei com meu pai e vovó Zoe brincando de bola dentro da piscina, Jas e Amanda estavam deitadas nas cadeiras pegando sol. — Olha só quem acordou, pelo visto a noite foi longa.. - Meu pai diz ao me ver e olho pra ele confuso. — Não seja bobo Jean - Jas ri - Amanda nos contou a surpresa que fez a ela ontem, eu tenho orgulho do grande homem romântico que você é? - levanta e vem até mim me dando um forte abraço — Ah.. ela contou é? - olho pra ela que permanecia da mesma forma desde que cheguei, ela estava com óculos de sol e por mais que não desse para ver os olhos dela, sabia que ela estava olhando para mim - e ela disse qual foi a parte que ela mais gostou? Por que a minha foi quando ela simplesmente fez eu perder a fome.. - dou um sorriso cínico — A minha com certeza foi quando você me deixou esperando do lado de fora - abaixa o óculos me olhando com um olhar mortal. Reviro os olhos mas logo me lembro que minha família estava ali, ao notar os olhares confusos sobre nós, rapidamente me sentei na mesma cadeira que Amanda entre as pernas dela ficando de costas para ela. O clima entre nós estava um pouco tenso, mesmo que ninguém em volta notasse, eu estava desconfortável naquela situação. Jas havia entrado na piscina e meu pai voltou a brincar com vovó Zoe. — Tira a camisa, está muito sol e você vai acabar ficando com a marca da manga nos braços. - me arrepio ao ouvir a voz dela sussurrar perto do meu ouvido. — Não precisa se preocupar! - digo ríspido - acho que vou voltar pro quarto.. - levanto — Jake! - Amanda segura meu braço - da pra parar de agir feito criança? Teus pais me perguntaram o que foi que aconteceu ontem a noite, eu nem soube o que responder.. — Era só ter dito a verdade, simples.. - dou de ombros — Não é bem assim, se fosse só dizer a verdade então por que você não diz? - ela me encara - toda essa mentira é sua e não minha. — Amanda, não estou com cabeça pra suas ignorâncias - bufo — Engraçado que agora a ignorante sou eu - ela cruza os braços e fecha a cara olhando para o outro lado. — Com licença, senhorita aqui está o seu suco de frutas - diz o garçom que chegou perto de nós - tenha um bom aproveito - ele sorri pra ela de uma forma aberta e percebo ser o mesmo rapaz que me entregou a chave do bangalô - a senhorita deseja mais alguma coisa? — Não, obrigada pela gentileza - ela sorri de volta pegando seu suco. — Desculpe a inconveniência, mas é que eu achei você muito bonita.. se importaria de dizer seu nome? - o rapaz diz e eu arqueio a sobrancelha. — Amanda! - dessa vez eu falo - e eu sou Jake, namorado dela. - os dois me olham — Perdão, eu não imaginei que ela fosse comprometida.. mas parabéns pelo bom gosto, tem uma namorada linda. - diz olhando para Amanda que sorria como uma sonsa. - inclusive, me chamo Peter.. — você sempre elogia a namorada dos turistas assim ou faz parte do seu anti profissionalismo? - me aproximo dele já com os punhos fechados — Ei, muito obrigada pelo elogio. - Amanda vem até mim e para na minha frente impedindo de ter a chance de alcançar o rapaz - e agradeço mais uma vez pelo suco, mas já pode voltar ao seu trabalho.. meu namorado já me elogia o suficiente, então não se incomode. - abraço ela por trás com força tentando controlar a raiva inexplicável enquanto via o homem ir embora - Jake.. você está bem? - ela olha pra mim - você está me apertando.. — Desculpa - solto ela - a gente pode sair daqui? - respiro fundo. Sem nem responder ela simplesmente pega em minha mão e me puxa para dentro do hotel, sem esperar o elevador, fomos para o nosso andar de escadas. Assim que chegamos no quarto me arrependi amargamente, pois Amanda começou a reclamar. — O que foi aquilo lá em baixo? Você é maluco? - me sento na beirada da cama e ela para em minha frente de braços cruzados - mas que palhaçada! Fez a maior cena na frente da sua família, depois aquele surto com o garçom.. você é patético! — Amanda! Tem como calar a m***a da boca? - grito - p***a, você que tem agido como uma escrota desde ontem e eu nem sei o motivo - passo a mão no rosto já cheio de toda essa confusão. - quer saber? acho melhor acabar por aqui! — O que? do que você está falando Jake? - me olha confusa - ainda temos mais três dias de acordo.. — Não precisa cumprir, eu vou dizer aos meus pais que terminamos... - levanto e vou até a minha mala - e não precisa se preocupar, te mando a explicação dos exercícios por e-mail ou sei lá como, mas obrigado pela sua ajuda. - abro a mala e começo a jogar minhas coisas dentro — Jake, não seja irracional! Estávamos indo tão bem, o que vai dizer para Jean? ninguém termina um relacionamento sem motivos - vem até mim e fecha a mala - e pra onde você vai? vamos embora somente antes do jantar.. — E o que te importa o que vou dizer ou pra onde vou? não foi você que disse que não somos nada? - encaro ela - não te devo satisfações, deixa que meus problemas, eu resolvo!
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