CAPÍTULO 35
ESME B. ANGELLE
2 Rue Ambroise Paré, 75010 | 06:45 AM
O teto branco do hospital me fez questionar, por alguns segundos, onde eu havia parado, mas eu me lembrava de um sonho bom, um daqueles que não costumava ter havia muito tempo.
Minha mãe estava lá, eu era uma criança de novo e quando seus dedos acariciavam meu rosto, sabia que ela não ia me abandonar. Ela estava sorrindo, ou pelo menos parecia estar e, por algum motivo, aquilo fez meu coração dolorido se acalmar.
— Esme? — uma voz familiar chamou quando enfim consegui abrir os olhos sem sentir a luz fluorescente incomodar a visão. — Você finalmente acordou… — Bonnie Angelle disse e senti a garganta seca quando tentei falar.
— O que… Aconteceu?
— Você tomou um tiro… — ela disse e pude jurar, por um segundo, que o tom d
