capítulo 111

771 Palavras

📓 NARRADO POR MARIA DAS GRAÇAS Voltei a esfregar a roupa, a água gelada subindo pelos braços, mas a língua já estava queimando. Não aguentei e virei de novo pra ele, cuspindo sem dó: — “Tu fica falando de Lívia dia e noite, Tonho… mas você deveria mesmo era levantar cedo e arrumar trabalho. Isso sim! Parar de viver nas minhas costas feito peso morto. Eu que lavo roupa pros outros, cozinho resto de osso, vendo quentinha quando consigo, e tu? Fuma cigarro barato e fica me lembrando da ingrata como se fosse salvação.” Ele se ajeitou na cadeira, incomodado. Tossiu, pigarreou, mas não encarou. Eu não parei: — “Sabe o que eu acho? Que tu usa o nome dela como desculpa. Fica repetindo ‘a Lívia isso, a Lívia aquilo’… mas na hora de trazer dinheiro pra dentro de casa, é eu que viro as costas pro

Leitura gratuita para novos usuários
Digitalize para baixar o aplicativo
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Escritor
  • chap_listÍndice
  • likeADICIONAR